Já estamos em 2022, mas fiquei devendo a retrospectiva sobre os temas que dominaram as nossas discussões envolvendo as tecnologias e tendências que cercam as moedas digitais no ano que passou. Aproveitando a oportunidade, busquei algumas estatísticas consolidadas do ano e me arrisquei em algumas previsões.
ETH vs Concorrência
A eterna espera pela versão 2.0 do blockchain mais valioso para a execução de smart-contracts (Ethereum) favorece às redes concorrentes. Os problemas de sempre de baixa capacidade e alto custo por transação fizeram com que plataformas alternativas como Binance Smart Chain, Solana, Polkadot e Cardano tivessem crescimentos exponenciais e passassem inclusive a fazer do índice HASH5. Falei sobre isso em um texto ainda em junho.
Spoiler Alert: pelo planejamento atual, as modificações que devem causar redução efetiva dos custos da rede Ethereum devem chegar só a partir de 2023. Então, estas redes alternativas vão continuar em destaque.
DEFI
As chamadas Finanças Descentralizadas bombaram e devem continuar crescendo. Segundo o site DeFi Pulse, no começo de 2021, esses sistemas geriam algo entorno de US$ 27 bilhões e, em novembro, o valor já superava US$110 bilhões. Para quem quiser mais detalhes sobre o que sã
o estas aplicações, sugiro a leitura da coluna do Luis do começo de 2021.
Spoiler Alert: A possibilidade de geração
de renda passiva usando criptomoedas é incrível e irá atrair cada vez mais investidores. O mais legal é que esses “juros” recebidos são oriundos das taxas cobradas pelo aluguel dos ativos, ou seja, não dependem da vontade de Bancos Centrais. Inclusive, você pode investir nesse mercado promissor com a HashInvest através do novo produto HASH5 DEFI.
NFT
O “certificado de propriedade digital” em blockchain, vulgo NFT, foi a grande febre do ano, mesmo com todos os avisos de “bolha”. Para você que está chegando agora, estou falando de memes, fotos, clipes de música e até tweets sendo vendidos por milhões de dólares. Até times de futebol brasileiros entraram na onda.
Falei sobre esse tema lá em junho e, de lá para cá, este mercado só cresceu. O gráfico abaixo, mostra o volume negociado pelo marketplace OpenSea, especializado em NFTs. Sim, esta plataforma chegou a negociar mais de US$ 3 bilhões somente no mês de agosto.
Spoiler Alert: não consigo imaginar que os valores atuais desse mercado se mantenham por mais um ano e a baixa liquidez dos ativos será implacável. Quando ficar claro que não existe mercado interessado em recomprar as “peças de arte”, vai ter muito especulador se livrando dos seus NFTs por qualquer preço.
CBDCs
As Central Bank Digital Currencies (CBDCs) ou moedas digitais dos Bancos Centrais deixaram de ser tabu. 86% dos Bancos Centrais do mundo admitem estar estudando o potencial e 14% já lançaram projetos pilotos. Disparado na frente dos outros países temos a China, com o Yuan Digital já tendo sido utilizado em transações que somam mais de US$ 9,7 bilhões. Discuti alguns pontos mais técnicos sobre este assunto agora em novembro.
Do ponto de vista de modernização do sistema financeiro, as CBDCs podem trazer vantagens como aumento da maior velocidade na conciliação das transações e agilidade no envio de remessas internacionais. Elas são competição às criptomoedas? Para mim, nenhum governo consegue ser mais eficiente que a iniciativa privada e empreendedores. Além disso, a desvalorização forçada das moedas nacionais atinge às CBDCs do mesmo jeito com que atingem que o “dinheiro físico”. Logo, nada a temer.