Trabalhando na frente de um teclado desde o início dos anos 2000 me permitiram ver todo o tipo de coisa, criar meus próprios conceitos e preconceitos no que se refere às linhas de código.

Em 2014 tive a missão de “ver como funcionava” um tal de blockchain e foi aí que eu conheci o Bitcoin e naveguei por um bom tempo entre as linhas do Ripple. O primeiro pensamento foi aquele que sempre me persegue: “Lá vamos nós conhecer outras linguagens e formas de fazer a mesma coisa”, e foi exatamente o que aconteceu, eu só não sabia que eu estaria padronizando essa forma até os dias de hoje.

A primeira descoberta foi o WebSocket, que eu nunca havia ouvido falar vida e era assim que eu deveria falar com o nó do Ripple. Eu já havia escrito programas que conversavam via TCP mas não tinha ideia que isso já era nativo em alguns browsers.

A experiência foi fantástica, com WebSocket eu poderia numa página manter uma conexão com o meu servidor e mandar dados para o cliente de maneira assíncrona sem a necessidade de pooling! Ponto para a criptomoeda e 20% de preconceito se tornou 20% de entusiasmo em conhecer mais.

Em segundo lugar, era necessário entender como funciona o tal par de chaves (pública e privada) e aí começou uma grande jornada através da criptografia, chaves simétricas, chaves assimétricas, assinaturas e com esse conhecimento adquirido o “ver como funcionava” se transformou em protótipo de produto (chamado inicialmente de ZettaPayments).

Mal sabia eu que o pulo do gato definitivamente viria em terceiro, precisávamos juntar isso tudo de maneira rápida, segura e escalável em um servidor (ou vários?) e foi aí que cheguei no Node.Js.

Para usar essa tecnologia era preciso apenas remover as teias de aranha do esquecido JavaScript e mudar a forma de pensamento de cliente para servidor.

Resultado: o ZettaPayments que posteriormente foi batizado DimDim era um sistema de pagamentos, que usava o blockchain do Ripple, com WebSocket em todas as suas comunicações para ser escalável e assíncrono com criptografia para tudo quanto é lado.

E estavam convertidos os 80% de preconceito em entusiasmo.

Nesse caminho ocorreu o grande choque de realidade: era preciso se comunicar com o sistema bancário. O pensamento inicial era exatamente o oposto: “Lá vamos nós, conversar com OS CARAS da tecnologia” – 0% preconceito, 100% entusiasmo… até a primeira reunião.

Ao explicar a solução desenvolvida em alguns meses nos deparamos com faces confusas e perplexas, dentro dos seus ternos e gravatas. O sistema bancário tradicional se provou estacionado anos atrás, com protocolos antigos, falhas básicas de segurança… servidor para testes? Temos! Funciona? Vai ter essa sorte!

Com a recente entrada dos bancos no mundo das criptos, espero que aconteça com o sistema bancário o que aconteceu comigo e que eles possam passar em seus backends toda a tecnologia e segurança que passam em suas propagandas.

Obs: Este artigo é uma réplica da Newsletter da HashInvest disponibilizada por e-mail e publicada aqui com alguns dias de defasagem. Quer receber a Newsletter na íntegra? Assine inserindo o seu e-mail abaixo:


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