O texto de hoje vai abordar três situações reais. Duas ocorreram comigo e a terceira com uma amiga da família.

A ideia é responder a uma das críticas mais comuns para atacar as criptomoedas.

Antes um pouco de teoria…

O que é Chave Pública e Chave Privada das Criptomoedas?

Para movimentação de moedas digitais, existem duas sequências de caracteres importantíssimas, a chave pública e a chave privada.

A chave pública

A chave pública funciona como um endereço e é como a rede enxerga usuários, ou seja, quem quiser fazer uma transferência utiliza essa chave para identificar o beneficiário.

A chave privada

A chave privada é como uma senha e serve para autorizar transações. Elas são tão importantes que se costuma dizer que, quem tem o controle sobre as chaves privadas, é o dono das criptomoedas.

O banco realmente oferece a segurança?

É comum ouvir críticas no sentido de que pessoas comuns não são capazes de administrar estas chaves privadas e que, por isso, o sistema financeiro tradicional com seus intermediários (bancos), é muito mais adequado para proteger o dinheiro dos cidadãos.

Posso até concordar que tem muita gente que já perdeu dinheiro por não cuidar adequadamente de suas chaves, seja por facilitar ataques de hacker ou por simplesmente perdê-las.

Mas acreditar que o banco está de fato oferecendo segurança, é muita inocência e as histórias abaixo tentam ilustrar isso:

História 1) Saga para dar entrada em um apartamento

Recentemente eu decidi comprar um apartamento e precisei fazer a transferência de entrada no negócio. Como a quantia era 10% do valor do imóvel, excedia o limite de transação diário do banco digital que eu normalmente utilizo.

Entrei em contato com a central de atendimento mais de OITO vezes para que uma transferência de valor atípico fosse liberada, em uma data específica e para uma conta prédeterminada. Os atendentes sempre me garantiam que minha situação seria resolvida. Até hoje, meses depois, ainda estou esperando.

Cansado de esperar, fui fazendo transações menores para um bancão não digital até concentrar o valor desejado. Uma vez com a quantia necessária na segunda conta, precisei ir ao banco para autorizar a transação pessoalmente. Duas semanas e enfim consegui pagar a entrada do apartamento.

História 2) Rebalanceamento de investimentos em criptomoedas

Na mesma época fiz um ajuste dos meus investimentos em criptomoedas e movimentei uma quantia semelhante à entrada do apartamento. Em 3 segundos transferi a quantia para a exchange, mais meia hora de operações e o saque. Em uma hora tudo resolvido (chutando alto) e sem sair de casa.

História 3) O roubo da velhinha

Resumindo, uma senhora que vive de aposentadoria do INSS acreditou em uma ligação telefônica em que diziam que o cartão do banco tinha sido clonado. Ela deveria cortar o seu cartão e entregar para um motoboy que viria buscá-lo. Sem saber que a parte relevante do cartão é o chip, ela teve uma quantidade equivalente a TRÊS entradas do meu apartamento roubadas de um dia para o outro. O gerente do banco não explicou porque os limites diários de operação não atuaram e disse ainda que este tipo de roubo é extremamente comum.

Obviamente a senhora errou ao entregar o cartão e a senha. Mas as proteções do banco deveriam funcionar justamente quando a correntista falha.

Conclusão

Eu movimentei minhas criptomoedas em uma hora, mas perdi duas semanas para conseguir usar os meus REAIS. A senhora, se quisesse movimentar a mesma quantidade que lhe foi roubada, não teria conseguido tanta agilidade. Os bandidos não precisam seguir regras e só não roubaram mais porque o expediente bancário tinha terminado.

Fica aqui minha dúvida sobre até que ponto as medidas de segurança realmente protegem ou somente atrapalham, pois, como o próprio gerente do bancão disse, não se tratou de um caso isolado.

Voltando às criptomoedas, por mais que manter as chaves privadas a salvo demande alguns cuidados, não se trata de ciência de foguete. Medidas simples como não as armazenar em um computador com acesso à internet já resolvem boa parte dos problemas. Além disso, existem ferramentas que simplificam bastante o processo.

Lembre-se disso na próxima vez que te disserem que você não é capaz de cuidar das suas moedas digitais.

PS: Não é porque eu acredito que as pessoas são capazes de cuidar de suas moedas digitais, que não acredito nos produtos que a HashInvest oferece. Pelo contrário. A lógica é a mesma que leva pessoas a comprarem dólares físicos quando vão viajar e a usarem fundos de investimento quando forem investir na moeda estrangeira. Inclusive, hoje você consegue investir em dólares com HashInvest a taxas bastante atraentes.

Obs: Este artigo é uma réplica da Newsletter da HashInvest disponibilizada por e-mail e publicada aqui com alguns dias de defasagem. Quer receber a Newsletter na íntegra? Assine inserindo o seu e-mail abaixo:


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