Texto comemorativo – HashNews #100
Vale a pena ver de novo – Luis van den Berg
“Além do Bitcoin” foi uma sequência de uns 8 ou 9 textos que escrevi antes de estruturarmos a HashNews. Foram textos que fiz para distribuir a alguns amigos via WhatsApp, ainda de forma tímida, mas respondendo a demanda de alguns chegados que não sabiam por onde começar.
O ano era 2017, o mercado estava eufórico e ninguém sabia do que se tratava o tal Bitcoin. O texto a seguir pode ser considerado parte da Newsletter 000. Curiosamente, o mercado virou em janeiro de 2018 e não cheguei a publicar os textos finais desse trabalho. Embora antigo para padrões de tecnologia, permanece válido e atual como ponto de partida para entendimento do conceito dessa revolução. Espero que gostem.
Além do Bitcoin III – Uma rota de Fuga
Tudo o que vi e vivi desde 2017
Começo meu texto de número 100 para a HashNews agradecendo aos mais de 1600 lunáticos que a recebem por livre e espontânea vontade.
Hoje a Newsletter é um monte de tra-la-lá sentimental, sem relevância ao tema de investimentos, fique totalmente à vontade para pular.
A HashInvest não é apenas a primeira gestora de Criptomoedas do Brasil, ela é um exercício de teimosia constante.
Em novembro de 2017, às vésperas de iniciar a operação no mercado (a HashInvest começou em agosto para abrir as portas em novembro), fiz um tradicional pitch para aqueles programas de ajuda para start-ups. Primeiro comentário? “Vai dar errado isso aí. Bancos e corretoras nunca vão deixar você crescer”.
Quando fomos escrever a primeira newsletter, datada de 05 de Março de 2018, eu a chamei de 001. Primeiro comentário sobre a primeira Newsletter? “Hahahaha… 001? Tá achando que vai para 3 dígitos, coitado”.
Em outubro de 2018 a morte da HashInvest foi decretada. “Os donos da XP estão abrindo uma Exchange, vai aniquilar seu negócio, a XDEX vai comer o teu lanche, feche enquanto é tempo”. Em março de 2020 a XDEX encerrou suas atividades.
Durante a nossa jornada fomos taxados de pirâmide, bandidos, ladrões e exploradores.
Em 2021 estou ouvindo o mesmo discurso: “Com o ETF na bolsa, XP e BTG distribuindo fundos de Cripto, você será engolido, pare antes que seja tarde”.
A HashInvest é como o próprio Bitcoin. Ela não dá a mínima. Assim como o Bitcoin minera um bloco a cada 10 minutos a HashInvest segue passo após passo dentro de sua proposta, fielmente dentro dos valores e princípios desde o dia em que abriu as portas.
Demos sorte? Provável. Eu prefiro acreditar que apostamos nos cenários de maior probabilidade e acertamos mais do que erramos.
Nesse bull run de 2021 eu pessoalmente cheguei a um ponto em que poderia simplesmente realizar metade do que tenho em Criptomoedas e me “aposentar” tendo uma receita mensal de um bom múltiplo do que ganhava no meu último emprego como diretor de multinacional, mas não, estou aqui tentando convencer você que o Bitcoin é uma forma de liberdade e que as Criptomoedas são uma forma de ganhar dinheiro e comprar…. Mais Bitcoin.
Por quê? Porque acredito em cada palavra que escrevo para você. Talvez esse negócio de Bitcoin seja uma missão. Aquele famoso clichê que diz que quando você faz o que ama não é trabalho… Pois é, é meio que isso.
O Bitcoin me ensinou a ter menos ansiedade (acredite, eu nunca soube esperar). O Bitcoin me deixou muito mais frugal… Ainda aprecio muito bons hotéis e restaurantes, mas meu carro está perto de fazer 10 anos e não estou lá muito preocupado, ando a pé pela cidade e meu atual círculo social são de pessoas cujo dinheiro não é um valor primordial, mas uma ferramenta.
Parece bobagem, mas o Bitcoin me deu tempo, me deu prosperidade, me dá satisfação e orgulho do que faço.
A HashInvest é insignificante no mercado. Ela é pequenina (mas paga suas contas em dia) e promove o Bitcoin, na média, crescendo em clientes, capital sob gestão e novos produtos. Cumprimos um papel de te alertar sobre os cenários da economia, de te lembrar de vender e realizar lucros, de te ajudar a sair da inércia.
O que eu vi nessas 100 edições de nossa Newsletter? Vi aproximadamente 172.000 blocos minerados no Bitcoin e uma porção de narrativas tentando explicar o inexplicável. Vi ciclos de alta, baixa, alta. Vi a ganância destruindo pessoas, vi gente mal caráter sapateando em minha lápide nos momentos ruins.
Vi pessoas ganhando dinheiro e realizando sonhos com o patrimônio gerado nessa casa. Talvez os dois casos mais emblemáticos seja o amigo/cliente que montou um restaurante Japonês com o dinheiro que ganhou aqui, e mais recentemente um amigo/cliente que comprou um belo carro zerinho.
Vi Hashwars, hardforks, vi um halving, vi a febre das ICOs, vi o nascimento do DeFi. Vi moedas nascerem e morrerem. Vi governos banindo, governos incentivando.
Vi promessas como Baakt não darem muito certo, vi a revolucionária Libra do Facebook dar em nada (por enquanto). Vi Paul Tudor Jones comprando Bitcoin. Vi o surgimento de Michael Saylor na comunidade do Bitcoin.
Vi a Atlas Quantum dar um horrível golpe, vimos o Bitcoin Banco nascer, crescer exponencialmente e dar um exit-scam lesando milhares de pessoas.
Vimos o JP Morgan chamar o Bitcoin de fraude em 2017 e montar uma mesa de negociação em 2021. Vimos Buffet chamar o Bitcoin de veneno de rato ao quadrado em 2018 e admitir que tem “raiva do sucesso do Bitcoin” em 2021. Vimos bancos que fecharam nossas contas unilateralmente por trabalhar com Criptomoeda distribuindo fundos de… Criptomoedas.
Em tempo, sim, eu sei que um próximo Urso virá, e aviso para você que muito provavelmente estarei aqui. Como estive ao seu lado na euforia de 2017, na tragédia de 2018, no inverno de 2019, no renascimento de 2020 e no Bull Market de 2021.
Vou encerrar o centésimo texto da mesma forma como comecei, com gratidão a quem confia seus investimentos em Bitcoin e Criptomoedas a minha pessoa, com gratidão a quem lê o que escrevemos, com gratidão aos amigos e parceiros que me suportam nessa missão.
Essa jornada é incrível, desejo saúde e prosperidade para estarmos juntos daqui a mais 4 anos, celebrando a Newsletter de número 200, afinal, somos todos usuários iniciais.
Comprem Bitcoin!