Como qualquer software, o código do Bitcoin sofre alterações com o passar do tempo e, depois de quase quatro anos, teremos uma nova atualização relevante em novembro de 2021, salvo imprevistos.

A aceitação dessa nova versão foi bem sem graça. Não tivemos discussões acaloradas no Twitter e nem grupos dissidentes criando moedas alternativas para “resgatar os valores originais do Bitcoin“.

Para você que está chegando agora e não está entendendo, mudanças no Bitcoin costumam ser polêmicas.

Para dar só um exemplo, em 2017 uma atualização chamada de Segwit 2.0 gerou tanta polêmica, que foi cancelada em cima da hora e culminou com a criação do Bitcoin Cash, moeda que até hoje está entre as maiores em valor de mercado e frequentemente faz parte do índice HASH5.

O nome dado à nova versão o Bitcoin é Taproot, que em tradução livre seria algo como “raiz com eixo principal” em português.

Este nome se refere ao processo como uma transação complexa poderá ser quebrada em partes menores, que misturadas ao “eixo principal” da transação, gerarão uma transação simples no final.

Não é exatamente fácil de explicar, mas neste processo, diversos detalhes que hoje são visíveis, poderão ser ocultos e a quantidade de dados a serem armazenados também cairá.

Quando ativada, as consequências diretas serão o aumento da privacidade e a redução o tempo de processamento. Para quem quiser mais detalhes, sugiro acessar este link.

Eu disse “quando ativada” porque isto deve ocorrer somente em novembro. O que tivemos até agora foi a indicação de que 90% da rede concorda com esta nova versão, processo que leva em torno de duas semanas e foi concluído com sucesso no dia 12 de junho. Este período de quase 5 meses até novembro, servirá para que os servidores sejam preparados para que transição ocorra sem problemas.

Um detalhe importante desta atualização é que ela é compatível com a versão atual em operação. Isto significa que, mesmo que nem todos os servidores adotem as modificações, não teremos as cisões (forks) na que já ocorreram no passado. Cabe então aos desenvolvedores decidirem se vão usar ou não as novas funcionalidades.

Para investidores de ativos tradicionais, pode parecer estranho que modificações no Bitcoin sejam tão polêmicas ou demorem tanto tempo para entrarem em operação, mesmo depois de uma ampla maioria indicar o seu apoio. No entanto, atingir o consenso em um sistema descentralizado e com tantos interesses distintos não é simples.

Em contrapartida, estas melhorias tornam o Bitcoin mais preparado para novas aplicações e expandem as possibilidades futuras, características importantes para qualquer investimento em uma tecnologia que já tem US$ 1 trilhão em valor de mercado.

Obs: Este artigo é uma réplica da Newsletter da HashInvest disponibilizada por e-mail e publicada aqui com alguns dias de defasagem. Quer receber a Newsletter na íntegra? Assine inserindo o seu e-mail abaixo:


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