fbpx
Voltar
Blog da HashInvest

Por que as Criptomoedas estão caindo? – Entenda os motivos do crash do mercado

Postado em 06/07/2022

Nome do Autor luis

Nas últimas semanas o conto de fadas virou uma história de horror, o mercado derreteu e os corpos começaram a boiar.

Nessa altura do campeonato já podemos compreender um pouco da mecânica do atual derretimento e o objetivo do texto de hoje é tentar simplificar o entendimento para o leitor que não está dentro do mercado.

Como diz o ditado, é necessário ter cuidado com os nossos desejos. Um desejo muito presente dos últimos anos era a migração das práticas das financeiras tradicionais para dentro do mundo das Criptomoedas, e basicamente, estamos colhendo os frutos da materialização desse desejo.

Se por um lado o mercado sendo livre, 24 horas e majoritariamente sem regulação é um atrativo, por outro ele atrai pessoas indesejadas… Some amadorismo, picaretagem e ganância e está criado o contexto do atual crash.

A rentabilização das Criptomoedas

De três anos para cá um mundo de possibilidades para gerar juros sobre Criptomoedas surgiu. Desde o Staking (participação na validação de blocos com a tecnologia PoS), passando pelos revolucionários protocolos de DeFi e seus contratos inteligentes e o chamado CeFi (Centralized Finance) com agentes buscando trabalhar a rentabilização de Criptomoedas de seus clientes (no caso a HashInvest se enquadra aqui) utilizando-se das duas primeiras opções e também práticas do mercado financeiro tradicional.

Todas as modalidades de gerar rendimentos em cima das Criptomoedas tem seus pontos positivos e negativos. No lado positivo temos a geração de valor a partir de ativos que geralmente ficaram parados, aumentando a atratividade e o interesse dos investidores.

No lado negativo temos contratos inteligentes mal escritos por programadores ruins e sem auditoria de código, temos staking sem liquidez e criação de tokens, NFTs e criptomoedas a partir do completo nada com valores artificiais.

O fim da festa

Desde novembro de 2021 estamos morro abaixo. Até aí, natural do mercado de Criptomoedas, que é cíclico e todo mundo que trabalha aqui deveria saber disso, mas temos um pequeno problema…

O pequeno problema é que as empresas de CeFi somente mapearam o mercado morro acima, que a coisa somente iria crescer e que nunca voltaríamos atrás.

Todo mundo tem um plano, até a realidade te dar um soco na cara… E quando a maré baixa, fica evidente quem está nadando pelado.

O que estamos presenciando é uma crise de liquidez sem precedentes no mercado das Criptomoedas. A financeirização do mercado travestida de profissionalização construiu um grande castelo de cartas.

O componente amadorismo pode ser observado em equipes sem experiência em gerenciamento de riscos, análise de crédito e mapeamento de cenários, pois basicamente, presumiu-se que o mercado subiria para sempre.

O fator picaretagem reside em operações opacas, pouco transparentes com pouca ou nenhuma auditoria e na prática de parecer lucrativa (ao invés de ser lucrativo).

A boa e velha ganância é a ponta do cliente. Pessoas caindo na velha lorota de promessa de rendimentos (lembre-se que a exceção de renda fixa, simplesmente NÃO EXISTE COMO PROMETER RENDIMENTO)… Mas basta meia dúzia de influencers em redes sociais e figurões milionários endossando práticas impossíveis para que elas seja engolidas como possíveis. A boa e velha… Ganância imbecil.

O colapso da Luna

O colapso da Criptomoeda Luna foi o gatilho que transformou um mercado morro abaixo numa tragédia. Foram evaporados mais de 60 Bilhões (aproximadamente uma Vale do Rio Doce inteira) em 5 dias.

Tentando resumir em poucos parágrafos (esse texto não é sobre a Luna, mas sim sobre o mercado em geral), a ideia da Luna era ser contraparte de uma moeda estável pareada em Dólar chamada UST. Basicamente, a emissão de Luna/UST era controlada por um algoritmo, que monitorava o valor de mercado da Luna objetivando manter estável em 1 USD o valor da moeda UST.

Tudo ia bem quando o mercado era morro acima. Luna valorizava, mais UST poderia ser emitido para um mesmo volume de Luna e o mercado era relativamente estável. Sobrou até dinheiro para a fundação por trás da Luna comprar mais de 80 mil Bitcoin para servir de lastro adicional ao UST.

A ideia de uma stablecoin algorítmica não é ruim, a ideia de criar uma moeda do nada para servir de reserva é que, em perspectiva, parece estar no núcleo do erro. Eles mesmos pareciam saber disso quando começaram a comprar BTC para fortalecer a base.

Tudo isso operando em um blockchain proprietário e remunerando até 10% ao ano para quem mantinha grandes quantidade de Luna e UST nas plataformas de DeFi associadas a ela.

Eis que… O mercado virou. Em uma crise de confiança, uma corrida para resgate de UST fez com que o algoritmo de emissão de Luna fosse obrigado a criar novos LUNA para manter o valor do UST, diluindo o valor da LUNA, causando mais pânico no mercado…

Terminamos essa história com TRILHÕES  de novos Luna emitidos, UST valendo centavos. O LUNA colapsando de mais de USD 100 em seus dias de glória para frações de centavos e mais de USD 1 Bilhão de Bitcoin vendidos a mercado, iniciando o colapso do mercado.

Empréstimos calçados em Criptomoedas

O modelo de negócio inicial era bastante seguro. O mercado somente vai para cima. Eu tenho Bitcoin e preciso de dólares, mas como o mercado só sobe, por óbvio eu não quero vender meu Bitcoin.

Eis que surgem as startups de empréstimo sobrecolateralizado.  Você coloca um Bitcoin lá, eu te empresto, por exemplo, meio Bitcoin em dólares equivalente para você fazer o que quiser. Você me repaga mensalmente a juros atrativos e todo mundo ganha.

Se o mercado caiu, eu te peço BTC adicional ou liquido sua posição a mercado. Tudo bem?

Tudo bem até que a ganância fala mais alto… Porque diabos eu vou deixar o seu Bitcoin parado? Eu vou é rentabilizar os seus BTC… Ao invés de deixar a reserva do cliente parada, eu vou na empresa do vizinho com o seu BTC, pego USD equivalente e travo ele num protocolo DeFi para ganhar dinheiro… Por exemplo… Num tal de Luna, ganhando 10% a.a. em cima da stable UST.

Parece muito inteligente, eu estou ganhando os juros do cliente que não queria vender os seus BTC e estou ganhando juros com a sua margem depositada. Juros sobre o dinheiro alheio, lindo…  Genial, se o mercado fosse apenas para cima.

O mercado ficou complexo. As opções de rentabilização são tantas e tão extensas que o meu exemplo com Bitcoin e USD é apenas lúdico para o seu entendimento.

Se no início de 2020 era fácil conseguir 10% ou 15% ao ano ao final de 2021 essa era uma tarefa que exigia operações muito complexas e criativas, principalmente na captação de reservas.

As plataformas estavam prometendo rentabilizar qualquer coisa desde que você passasse a custódia de suas moedas para lá. Em teoria o seu dinheiro seria emprestado para clientes que não queriam vender outros ativos com garantias sobrando, mas na prática…

Boa parte do dinheiro dos clientes foi emprestada para investidores de risco financiarem empresas de joguinhos de NFT, boa parte foi parar no staking de Ethereum 2.0 que só terá liquidez quando e se o Ethereum migrar para o 2.0, boa parte estava em… Luna.

Em resumo, é como se a aqui na HashInvest ao invés de deixar o seu dinheiro em cold-wallets devidamente auditadas ou em contratos líquidos e não custodiantes (como é o caso do Hash5-Defi) eu usasse o seu dinheiro para investir no mercado com a certeza de que você não sacaria.

Tudo lindo e maravilhoso, num mercado que só vai para cima.

O Colapso do mercado de Criptomoedas em cascata

Com o grande dano causado ao mercado pela grande liquidação de BTCs do LUNA, todos os Criptoativos derreteram em valor. O que acontece quando o mercado cai abaixo de determinados níveis?

Via de regra as pessoas não querem ser liquidadas pelas plataformas, elas querem as suas moedas de volta, principalmente aquele que deixou seus ativos lá para serem emprestados a troca de juros.

O que aconteceu? Esses ativos foram perdidos ou estão presos em protocolos ilíquidos.

Grandes players do mercado com a Celsius, que prometia rentabilizar qualquer coisa que você deixasse com eles suspendeu os saques. São mais de USD 11 Bi de dinheiro de cliente que a Celcius congelou.

Antes de tomar essa atitude, ela queimou no mercado o que tinha de liquido nas mãos, sobrando somente ativos ilíquidos…

Rumores dizem que a BlockFi segue o mesmo caminho, que a empresa que remunerava até 5% a.a. em BTC emprestou esses BTC de clientes para a 3AC, que é um fundo que investia em Startups-promissoras do mercado, entre eles o de NFTs, que colapsou retumbantemente.

A 3AC teve chamadas de margem, não honrou os depósitos e teve posições milionárias liquidadas no mercado. Diz-se por aí que a 3AC não tem BTC para devolver para a BlockFi que não tem BTC para devolver para quem pedir saques.

A Celsius está desesperada atrás de margem para que seu mais conhecido contrato (um dos poucos públicos) não seja liquidado a mercado, vendendo mais de 50 mil BTC caso isso ocorra. A suspensão de saques foi uma medida para evitar chegar a esse ponto.

É um efeito em cascata. Hoje, enquanto escrevo esse texto, a Babel Finance com sede em Hong Kong também suspendeu saques, motivos? Sem liquidez para honrar os saques. O dinheiro dos clientes está enfiado sabe Deus onde, se é que ainda existe.

É um efeito cascata de chamada de margem e cima de chamada de margem e honestamente, ninguém sabe dizer onde vai parar.

Ninguém viu?

É igual o mercado convencional. Todo mundo vê, mas enquanto todo mundo ganha dinheiro, todo mundo acha até bonito.

Otário somos nós que sentamos em cima do dinheiro do cliente. Posso até ser otário, mas durmo tranquilo sabendo que tenho 100% de reservas auditadas aqui comigo.

Os autodenominados maximalistas de Bitcoin são tão fechados dentro de sua ideologia que não foram capazes de entender que fatores externos poderiam (e de fato causaram) danos ao mercado. É como aquele petista que só se informa lendo a Carta-Capital o mínion que se informa através o jornal da Record. Quem só lê o que está alinhado com sua fé está condenado a ser uma pessoa alienada, não foram capazes de entender o que estava em volta, ficam apenas papagaiando para “ficarem longe de shitcoins” quando o problema real não tem nada a ver com shitcoins, mas com a financeirização do mercado.

O que vai acontecer com as Criptomoedas?

Certamente quem sobreviver no mercado ficará mais forte. O gerenciamento de risco do dinheiro de terceiros certamente será levado mais a sério e menos picaretas gananciosos estarão com tantos holofotes.

A gestão de dinheiro será fortalecida por gestores profissionais e promessas irreais de lucros fáceis irão atrais menos gente, porque você pode ter perdido com a desvalorização das moedas, mas quem colocou a reserva da vida em Celsius provavelmente não vai ver nada de volta.

Olhe a volatidade de preços de curto prazo como as folhas da árvore do Bitcoin. Um inverno é capaz de amarelar suas folhas e fazê-las cair, mas sua raiz está firme, sólida e crescendo. Seu caule é robusto forte e vistoso.

Basta esperar a primavera chegar.

Veja outros artigos

A governança de uma rede descentralizada

A governança de uma rede descentralizada

Nessa segunda metade de setembro foi decidido que a próxima atualização da rede Ethereum, chamada Pectra, será menor do que inicialmente planejada. No caso, decidiu-se por postergar a implementação de algumas funcionalidades tidas como muito complexas. 

Ao ler a notícia sobre essa mudança de planejamento, fiquei me perguntando quem tomou essa decisão e como foi o processo. Isso porque, assim como as transações, a governança da rede Ethereum também é descentralizada. Ou seja, não existe um CEO que escolhe quando e quais mudanças vão ocorrer. Por isso, fui tentar entender como e quem determina o destino desta rede. 

No caso, as atualizações que vão ao ar no Ethereum são decididas através de um processo colaborativo e transparente que envolve toda a comunidade. Este processo tem as seguintes etapas: 

  1. Propostas de Melhoria do Ethereum: Qualquer pessoa pode sugerir mudanças criando um documento chamado EIP, sigla que em português significa Proposta de Melhoria do Ethereum. Este documento descreve as especificações técnicas e a justificativa para a alteração. 
  2. Discussão Comunitária: A EIP é revisada e discutida pela comunidade, incluindo desenvolvedores, pesquisadores e outros interessados. Esta discussão geralmente ocorre em fóruns como ethresear.ch, Ethereum Magicians e no servidor Discord de P&D do Ethereum. 
  3. Construção de Consenso: Através dessas discussões, a comunidade trabalha para chegar a um consenso sobre a necessidade das mudanças. Este processo envolve abordar quaisquer preocupações e refinar a proposta. 
  4. Aprovação Formal: Uma vez que há um amplo acordo, a EIP passa por um processo de aprovação mais formal, que pode incluir votos dos interessados e revisões técnicas adicionais. 
  5. Implementação: Se aprovada, as mudanças são implementadas em uma futura atualização da rede. Essas atualizações são agendadas e comunicadas com antecedência para garantir uma transição suave. 

Pode parecer um processo burocrático, mas todo cuidado é pouco quando se modifica uma rede estável, que funciona 24/7 e que movimenta bilhões de dólares por dia. Em sistemas assim, qualquer alteração precisa ser meticulosamente testada e comunicada aos interessados com bastante antecedência.  

Neste sentido, a comunidade da rede Ethereum tem conseguido ser consistente em seguir o processo citado acima e em entregar novas funcionalidades com segurança. Por exemplo, há alguns anos (em 2021), reformularam toda a rede e a migração levou poucos minutos. Desde então, novas atualizações têm sido lançadas normalmente uma vez por ano.   

Seguindo estas diretivas, a atualização Pectra deve ir ao ar no primeiro semestre de 2025 com provavelmente oito EIPs, que devem otimizar o armazenamento de dados e melhorar a forma de armazenamento dos Ethers. 

Você é um investidor racional?

Você é um investidor racional?

Quão racional é você quando o assunto é cuidar do seu dinheiro? Se você assina essa newsletter é porque no mínimo tem algum interesse no tema investimentos, preservação patrimonial e soberania sobre seu dinheiro.

Esse texto não é em hipótese alguma uma recomendação de investimento ou uma carteira recomendada, mas é um exercício válido para a sua reflexão do que você está fazendo com o seu dinheiro e o planejamento que faz para seu futuro.

Antes de começar a responder as perguntas objetivas abaixo, responda a si mesmo se você se autoconsidera um investidor racional e se a sua carteira de investimentos é concentrada em alguma classe de ativos ou em algum ativo em especial. Não precisa ser ferrinho de dentista, mas veja se a sua carteira reflete minimamente ao seu racional (que deve ser utilizado para responder as perguntas abaixo):

  1. Você acredita que existe uma fórmula secreta para ficar rico sem esforço e nem risco?

(  ) SIM

(  ) NÃO

  • Você acredita que empresas estatais listadas em bolsa são livres de influência dos governos e que ela prioriza no retorno ao acionista?

(  ) SIM

(  ) NÃO

  • Você acredita que governos por terem o monopólio da “impressão” de dinheiro podem gastar mais do que arrecadam indeterminadamente que nunca deixarão de pagar as suas dívidas em dia?

(  ) SIM

(  ) NÃO

  • A inflação medida pelo IPCA reflete bem a inflação que você sente no seu bolso dia após dia?

(  ) SIM

(  ) NÃO

  • Você fica feliz quando quer movimentar um determinado valor da sua conta corrente em uma determinada emergência e o banco pede para você comparecer pessoalmente na agência ou esperar 24 horas para poder realizar a transação?

(  ) SIM

(  ) NÃO

  • Você acredita que os gestores de fundos de investimentos nunca incluem “títulos podres” no meio das carteiras dos fundos para beneficiar terceiros que não aos cotistas daquele determinado fundo?

(  ) SIM

(  ) NÂO

  • Você acredita que o gerente do seu banco ou agente autônomo de investimentos faz as indicações para você aplicar seu dinheiro baseado em seu perfil de investidor e não com base nos produtos que mais irão gerar comissões ao vendedor?

(  ) SIM

(  ) NÃO

  • Você acredita que é normal as recomendações de investimentos de longo prazo (para alguns anos no mínimo) mudarem todos os meses e isso não ocorre para manter os clientes girando as suas carteiras pagando mais e mais comissões para o banco ou corretora?

(  ) SIM

(  ) NÃO

  • Você acredita que a lei da oferta x demanda é uma balela e que a escassez da moeda não influencia em seu valor?

(  ) SIM

(  ) NÃO

  1. Você acredita que as moedas fiduciárias (como Real e Dólar por exemplo) tem lastro e coisas que já aconteceram no passado como Plano Collor, confiscos, não pagamento de precatórios entre outras são impossíveis de acontecer nos dias de hoje?

(  ) SIM

(  ) NÃO

Podia fazer muitas outras perguntas para cobrir mais e mais ativos e classes de ativos, mas a ideia é que em 10 perguntas você reflita se a sua carteira de investimentos é compatível com aquilo que você acredita… vamos para as respostas:

  1. Se você respondeu sim, você é um forte candidato para “investimentos” em fraudes como pirâmides. Se você respondeu não e for racional não colocaria nenhum centavo sequer em ofertas tentadoras que são boas demais para serem verdades ainda mais sem risco ou esforço e com garantias de resultados.
  2. Se você respondeu sim você deve concentrar seus investimentos em empresas estatais como Petrobras por exemplo, entretanto caso leia jornais deveria saber o qual prejudicial é a interferência recorrente dos governos em suas empresas e sabendo disso seria racional e prudente se manter afastado desses ativos.
  3. Se você acredita no governo e no papai noel e respondeu sim, mandando para o espaço todos os testes empíricos da responsabilidade fiscal sobre o crescimento e a inflação do país enfie seu dinheiro em títulos públicos para 2050 e não tem mais nada a temer. Já se respondeu não teria um medinho dos títulos públicos em especial os de longo prazo.
  4. Se você respondeu SIM, se entupa de títulos atrelados ao IPCA e me escreva para contar em qual parte do universo você vive. Se respondeu NÃO seria muito preocupante atrelar boa parte dos seu patrimônio em um índice que não representa a sua realidade.
  5. Se respondeu SIM deixe todo seu dinheiro no banco que impede você de utilizar o seu dinheiro mesmo que em uma emergência e isso pela sua própria segurança. Sim existem alternativas caso tenha respondido não.
  6. Se você respondeu SIM, relaxe e nem precisa confiar na gestão do seu fundo. Pode abrir o app do seu banco ou corretora e escolher qualquer fundo da cor que mais gostar.
  7. Se você respondeu SIM imagino que siga à risca as indicações do seu gerente ou do seu agente autônomo, certo? Agora se respondeu NÃO seria muito estranho seguir cegamente essas indicações.
  8. Se respondeu SIM é porque acredita que os fundamentos para o longo prazo são firmes e embasados no angu e, portanto, é natural que mudem todos os meses mesmo que isso acarrete em elevados custos em taxas, comissões e corretagens para você. Se respondeu NÃO e mesmo assim fica girando a sua carteira que tem foco no longo prazo parece que tem algo irracional na sua cabeça.
  9. Se você respondeu SIM e não tem interesse em descobrir a verdade, enfie seus reais embaixo do colchão. Só não vale ficar triste que o dinheiro de toda a sua vida não vai dar para comprar uma garrafa de cachaça na aposentadoria para afogar as mágoas.
  10. Se você respondeu SIM, deixar TODO o seu patrimônio disponível para as vontades dos governos não é uma preocupação.

Se você respondeu NÃO para uma ou mais perguntas acima, não seria racional deixar o Bitcoin e o Hash5 de fora da sua carteira. Quanto mais NÃOs você respondeu, mais racional seria o aumento e concentração da sua exposição ao Bitcoin e Hash5.

E aí, você é um investidor racional?

O que em que o Bitcoin se tornará inútil

O que em que o Bitcoin se tornará inútil

A pujante economia alemã acabou de apresentar mais um PIB de fazer o queixo do mais cético cair. As exportações de carros e maquinário de mecânica de precisão disparam e garantem o vigésimo quinto trimestre de crescimento.

As políticas francesas de fronteiras fechadas e tolerância zero com a imigração ilegal se tornaram um exemplo para a Europa, e passados mais de 10 anos do fim da cruzada contra os fazendeiros e o abandono da histeria climática, o continente é hoje autossuficiente em comida.

Além da Alemanha e França, Espanha, Itália, Polônia, Áustria e demais economias relevantes prosperam com a abundante energia nuclear, barata, eficiente e segura, que foi o motor da industrialização bem-sucedida do velho continente.

A juventude tem emprego e perspectiva, abundância de comida e energia. Dentro desse cenário o que ninguém imaginava se tornou realidade, a reversão da crise demográfica. Mulheres jovens grávidas de seus terceiros e quartos filhos sendo essa a mola propulsora da revigorada indústria da construção civil que não mostra sinal de desaquecer.

Vendo sua hegemonia em risco com a nova renascença Europeia, os Estados Unidos colocaram o plano de superavit em curso.

Austeridade e eficiência foram as palavras de ordem nos anos que se sucederam. Uma lei aprovada que prevê a prisão de 20 anos em regime fechado sem direito a condicional para congressistas que entregassem déficits a partir da estabilização da dívida, hoje abaixo de USD 10 Trilhões e caindo a passos largos foi o incentivo necessário para a tão sonhada renovação do quadro político americano.

Políticos de carreira com décadas de senado e congresso, viciados em dívidas renunciaram voluntariamente a suas carreiras, com medo da prisão.

A dívida está sendo paga e novas emissões de Tesouro não serão necessários pelo décimo segundo ano consecutivo. A inflação é literalmente zero e o benefício da redução de preços trazidos por eficiência e tecnologia que antes eram chamamos de deflação, hoje chegam aos bolsos das famílias.

Se tornou obvio que tecnologia e eficiência reduzem o custo de vida e deixaram de ser usados como muletas para artificialmente expandir o volume de dinheiro, fazendo que com a grande população não percebesse os preços crescentes.

Tanto na américa quanto na Europa, subsídios e o dinheiro de graça para populismo não são mais necessários, e pelo contrário, distribuir dinheiro sem que exista fonte de financiamento é crime.

Há um consenso que tanto o FED quanto o BCE devam ser extintos após o pagamento da dívida, em menos de uma década.

Os impostos são decrescentes a medidas que as economias prosperam. É necessário um percentual cada vez menor de contribuição das populações para manter estados mínimos e eficientes.

A prosperidade encolheu os estados. As pessoas pagam por suas escolas, hospitais, transporte e ainda sobra para poupar. Não há mais brechas para a corrupção.

Localmente, o Brasil vive seus primeiros dias após se restabelecer do colapso. A austeridade em terras locais não veio por bem, veio por mal.

Revoltados com a inércia das lideranças locais, protestos tomaram as ruas diuturnamente por meses. A classe empresarial se uniu e absolutamente nenhuma DARF foi paga. Todas as trocas e compensações financeiras foram feitas fora da moeda estatal.

Para conter a potencial revolta de militares e do judiciário, o governo central se viu obrigado a imprimir o dinheiro para pagamento de salários do alto clero do feudo estatal, levando a nação a uma crise hiperinflacionária sem precedentes, fazendo frente a República de Weimar nos livros de história.

Com o auxílio da tecnologia, naturalmente comerciantes passaram a aceitar qualquer moeda que não fossem reais em seus estabelecimentos. No Sul, era comum ver a preferência de pequenos comerciantes de praia para receber em pesos argentinos. Qualquer coisa que não fossem reais era bem-vinda.

Tardiamente, como o de costume, diante da convulsão social não restou alternativa a não ser clonar as leis americanas.

Em um sinal de boa fé para restauração da ordem, os 11 ministros do supremo foram encarcerados. Militares, que se comprometeram a não interferir na nova assembleia constituinte que emergira do povo e concordaram em abrir mão de seu estado paralelo de justiça, educação, saúde e previdência.

Para ser constituinte foi necessário reputação ilibada, nunca ter passado pela política e ter sido responsável pela geração acumulada de ao menos 100 empregos ao longo de sua carreira.

O Brasil finalmente tem esperança de dias melhores.

De forma geral, temos um novo planeta terra.

No novo mundo, jovens anseiam em empreender.

Funcionários públicos são pouco e ganham salários de mercado.

Sintomas de pensamento socialista são tratados com acolhimento e como a doença mental, como de fato são.

Não existe censura. A liberdade de expressão é plena e as pessoas entendem perfeitamente a lei natural da causa e consequência de seus atos.

O judiciário ao redor do globo é eficiente, pois a inteligência artificial assumiu mais de 90% do trabalho de interpretação objetiva das leis e aos humanos restou o tratamento caso a caso e o bom senso que nunca será ensinado as máquinas.

Corrupção é crime capital, junto com estupro e pedofilia, os únicos casos globalmente aceitos de pena de morte.

O fim da era das dívidas artificias eternamente roladas trouxe abundância, fartura e prosperidade.

Nesse dia, o Bitcoin, caso não tenha sido um dos pilares e principais ferramentas dessa revolução, terá se tornado, temporariamente, inútil.