Em 1490, por influência de Lorenzo di Médici, o padre dominicano Girolamo Savonarola, foi designado para trabalhar em Florença.

Savonarola pregava contra os excessos da Itália renascentista, espalhando sua palavra contra o luxo e tudo que ele considerava “excessos artísticos e sociais”.

Segundo o padre, ele havia recebido profecias divinas que explicavam com clareza a origem da perversão, da corrupção e da libertinagem, passando a pregar os ensinamentos de suas profecias e angariando uma legião de fãs.

Para contrapor ao evento de maior excesso social da época (talvez familiar a nós brasileiros), no carnaval de 1495, os seguidores dele iniciaram o que veio a se tornar uma tradição, que recebeu o nome de Fogueira das Vaidades.

Uma Fogueira das Vaidades vinha a ser uma cerimônia pública para queimar a origem do pecado. Manuscritos, livros, telas, cosméticos, baralhos, instrumentos musicais e roupas “provocantes” eram queimadas publicamente para acabar com a tentação de fazer uma pessoa pecar.

Foram queimadas obras de Dante Alighieri e até mesmo de devotos de Savonarola como Botticelli, que voluntariamente entregou parte de suas obras para queimar e que foram destruídas em nome de um “bem maior”.

Como um despertar da sociedade, a influência do padre foi diminuindo, e o movimento renascentista floresceu com a força das artes, da música e da engenharia.

Esse movimento possuiu um brilho tão forte que, embora de início ofuscado, emanou-se das massas e inevitavelmente prosperou e mudou o mundo em que vivemos, com consequências até os dias de hoje, mais de 500 anos depois.

Em 1498 Savanarola preso, confessou (sob tortura, é verdade) que suas profecias eram obra de sua mente. Morreu enforcado em praça pública, e ironicamente, seus manuscritos queimados no que veio a ser uma última fogueira das vaidades.

A história não se repete, mas rima e felizmente já sabemos como ela termina.

Estamos vivendo o renascimento das finanças e quer seus detratores gostem ou não, por mais insignificante que se esforcem para fazer parecê-lo, o Bitcoin é o ícone maior desse renascimento contemporâneo.

Trumps, Buffets, Dimons, Roubinis focam os esforços em queimá-lo para a todo custo evitar que você caia na tentação de viver em pecado, luxúria e com excessos sociais.

Não faltaram arautos da sobriedade financeira proclamando esse movimento de loucura, bolha, tulipa, fraude e pirâmide.

O quanto antes você acordar e parar de levar seus próprios instrumentos, quadros, roupas e livros para a Fogueira das Vaidades, melhor. O grande beneficiado será você mesmo.

É desse risco que os “Savanarolas de 2020“ querem proteger você…

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