Voltar
Blog da HashInvest

Motivos para você não investir em Bitcoin e Criptomoedas

Postado em 04/10/2019

Nome do Autor luis

O que você vai ler hoje é um compilado de ideias recorrentes no meu espaço dessa newsletter, mas que muitos teimam em não entender porque não é agradável de entender… Nem todo tipo de investimento é para todos e nós da Criptomoeda apanhamos tanto que em muitos casos investir em Criptomoeda e golpe são considerados sinônimos… Alto lá, não é bem assim!

Queira você admitir ou não, somos todos viúvas do 1% ao mês sem esforço. Acabou, fim. Pode voltar? Pode! Claro que pode, mas a perspectiva atual aposta justamente no caminho contrário, o artigo da semana passada mostrou que estamos na era do juro negativo. Na Dinamarca inclusive já existe a hipoteca com juro negativo, em que o cliente é, literalmente, pago para pegar dinheiro emprestado.

Na ânsia de ver o dinheiro crescer as pessoas estão ficando menos críticas com as ofertas milagrosas, em todos os tipos de investimentos. Pessoas se acotovelam para comprar ações de empresas que queimam bilhões de dólares por ano, compram dívida podre de empresas falidas travestidas de renda fixa (porque o juro é bom) e acabam por acreditar em Papai Noel, Opções Binárias e na Fada do Dente.

Quando dá tudo errado, não existe autocrítica… A culpa geralmente vai para o ativo, para o mercado e não para o investidor que não fez sua lição de casa. A tendência é a vitimização…

Não seja assim, por favor. Independente da classe de ativo tem coisa boa e tem coisa ruim. E o pior, mesmo entre as coisas boas (no sentido de confiáveis pelo menos) não cabem generalizações, porque o que é bom para mim pode não ser bom para você e vice versa.

Nessa linha, um ponto que é preciso deixar bem claro a todos, é que Bitcoin e Criptomoeda são uma nova categoria de investimento e não uma religião cega, ou seja, do mesmo jeito que você entrou, se está se sentindo mal e desconfortável com a volatilidade, pode sair e isso não é nenhum demérito para você. Encontre o investimento que seja mais adequado ao seu perfil, mas, por favor, não saia falando mal do mercado como um todo porque esse ou aquele investimento em especial não serviu para você ou o pior, não detone o mercado todo se você deliberadamente se enfiou numa cilada.

Quem entra no nosso mercado precisa estar ciente que os riscos aqui são grandes e a coisa toda pode desaparecer praticamente do dia parta a noite. Sim, seu investimento em Bitcoin pode virar pó, aquela Criptomoeda que cresceu 10.000% em 2017 pode valer ZERO no dia de amanhã. Não estou falando de golpes, estou falando da natureza do mercado e os seus possíveis desfechos.

O que pregamos aqui é que você diversifique. Que ao invés de deixar seu dinheiro rendendo nada no banco, você se torne sócio de boas empresas (comprando boas ações), que invista em bons imóveis (porque é importante ter algum patrimônio físico), que empreenda e colha os frutos do seu trabalho e, por óbvio, que compre um bom punhado de boas Criptomoedas. A proporção em cada categoria é muito particular de cada um, seja pelo tamanho do bolso, seja pelo estômago ou pela expectativa. Não dá pra enlatar uma sugestão de alocação.

O caso que acreditamos na HashInvest para as boas Criptomoedas é a assimetria de risco (martelando esse conceito pela 20a vez em 57 artigos), ou seja, acreditamos que a probabilidade de algumas moedas prosperarem e se multiplicarem em valor por muitas vezes é muito maior que a probabilidade de elas valerem zero. Mas é muito, mas muito importante que você saiba que a probabilidade delas virem a valer zero existe e não é desprezível.

Também é importante você saber que essa possibilidade de multiplicação se baseia justamente no que a mídia e o mercado consideram sua fraqueza, ou seja, a sua imaturidade. É na imaturidade e no tamanho pequeno (quase inexiste em escala global) do mercado de Criptomoedas que reside a possibilidade de multiplicação (por centenas?) de vezes.

O mercado de ações vale aproximadamente 70 Trilhões de dólares, o mercado de ouro vale aproximadamente 9 Trilhões de dólares, dinheiro físico soma 31 Trilhões de dólares. O mercado inteiro de Criptomoeda soma 0,27 Trilhões de dólares. Percebe que existe espaço para muito crescimento?

E esse crescimento é cheio de obstáculos. Quanto menor o mercado (e somos todos “early adoptors”) maior a volatilidade para cima e para baixo. Os preços dos Criptoativos são muito sensíveis às notícias, a um ataque hacker, a um tuíte de Donald Trump, ao Facebook entrando ou saindo do mercado.

Assim como a internet e o smartphone (e em geral grande parte das tecnologias), o Bitcoin está respeitando o chamado “Lindy Effect”. O tal efeito Lindy é tão legal que vale um artigo futuro só para ele, mas em resumo, ele diz que a cada dia de sobrevivência a expectativa de longevidade aumenta, e que a etapa inicial é turbulenta, complexa e com mais chance de morte, mas que uma vez superada…

Pois bem, lá se foram 10 anos de turbulência e o tal Bitcoin me parece mais vivo do que nunca, mais forte do que nunca e o futuro parece muito promissor, porém ainda é cedo e estamos no início do processo que será lento, doloroso com muita variação de preço.

Então, para concluir. Não compre Bitcoin e Criptomoeda para ficar rico do dia para noite e não venha para esse mercado se você não entendeu perfeitamente os riscos associados.

Não sabe avaliar empresas para comprar ações? Compre um bom fundo de ações. Não quer se incomodar com imóveis? Talvez seja o caso de um bom fundo imobiliário. Não sabe avaliar Criptomoedas? Experimente o HASH5.

Compre Bitcoin e Criptomoeda, se assim como eu, você acredita que a tecnologia é promissora, tem o seu lugar certo no mercado e que esse mercado vai crescer. Se os Criptoativos não morrerem de vez (e isso pode sim acontecer), você poderá ser sócio de um mercado Trilionário, algo parecido com ter comprado ações de Google e Amazon no início dos anos 2000.

Veja outros artigos

Blockchain como Infraestrutura o Mercado de Capitais

Blockchain como Infraestrutura o Mercado de C

A maneira como os blockchains e as criptomoedas são percebidos pelos gestores financeiros está evoluindo rapidamente.  Este ramo, que até pouco tempo era renegado e ligado fortemente a hackers e fraudes, teve uma mudança de perspectiva importante no começo deste ano com o lançamento dos ETFs na bolsa americana e, mesmo com esse grande avanço, muito mais está por vir.

Em março a Black Rock, maior gestora de ativos do planeta, lançou o BUILD (BlackRock USD Institutional Digital Liquidity Fund), o seu primeiro fundo tokenizado.

Um token é um “certificado de propriedade” que representa ativos do mundo real (como imóveis, ações, títulos ou commodities) em um blockchain. Ou seja, a infraestrutura de redes como Bitcoin, Ethereum e Solana é usada para representar coisas/estruturas que vão além de moedas.

Em um fundo tokenizado, como o BUILD da Black Rock, a gestora utiliza tokens para representar os ativos do fundo, neste caso específico, Títulos do Tesouro Americano e Dólares Americanos.

O que deixa esta história interessante, é que a Black Rock não é a única interessada em tokenização, notando-se movimentos similares em diversos setores.

Por exemplo, o Tether Limited Inc., empresa que emite a moeda com preço atrelada ao Dólar, lançou recentemente o Tether Gold. Neste caso, cada token emitido representa uma quantidade de ouro armazenada em bancos da Suíça.

A Consultoria McKinsey projeta em seu cenário base que o mercado de ativos tokenizados atingirá um tamanho de quase USD $2 trilhões até 2030.

Dentre as vantagens que levam a esse interesse na tokenização, podemos citar liquidações instantâneas 24/7, maior transparência e eficiência, aliada a redução no custo. Para quem opera cripto, nada demais, mas para o mercado financeiro tradicional, isto traz oportunidades significativas.

Em resumo, a gestão de ativos cripto pode evoluir do simples acúmulo de criptomoedas para a criação de produtos multi-ativos com sua gestão e distribuição ocorrendo através dos blockchains. Blockchains estes que até pouco tempo, eram coisa de bandido.

30 ANOS DO PLANO REAL

30 ANOS DO PLANO REAL

Em 01/07/2024 o Real completará 30 anos de circulação. Na verdade, o plano real, pois tudo começou através de medidas provisórias na qual a moeda era chama de URV, posteriormente convertido para o Real na cotação de 1 para 1.

Temos motivos para celebrar ou não? Aprendemos algo com o passado?

Ao final do regime militar no Brasil e período de redemocratização (na medida do possível em uma frágil democracia, mas ao menos o fim de uma ditadura escancarada) o país passou por diversas crises econômicas desencadeando o pior dos impostos de maneira exacerbada: inflação (no caso hiperinflação). Os governos sempre tiveram o hábito de exaltarem seu governo e culparem algo externo a eles na totalidade. Parece que alguns hábitos nunca se perdem…

A inflação ao final dos anos 1980 e início dos anos 1990 vinha escalonando de forma abrupta e a cada plano que tentava controlar artificialmente a inflação ela voltava com ainda mais intensidade. Logo antes do plano real o Brasil chegou a bater um IPCA (oficial) de 2.500% ao ano. Os mais antigos devem se lembrar de coisas como overnight, remarcação de preços no supermercado diversas vezes ao dia (existia uma profissão que era etiquetador de preços) e a corrida ao supermercado nos dias de pagamento.

Vamos voltar um pouquinho mais…

Durante o governo Sarney foram 3 as tentativas de conter a inflação. Em 1986 foi a vez do plano cruzado, onde a moeda sofreu um corte de 3 zeros e houve congelamento de preços e da taxa de câmbio oficial. Em 1987 foi a vez do Plano Bresser que tentou a já ineficaz estratégia de congelamento de preços. Em 1989 como última cartada do governo Sarney tivemos o Plano Verão em 1989 com um novo corte de 3 zeros na moeda renomeando a moeda para Cruzado Novo, e novos congelamentos de preços e taxas de câmbio.

Já no governo Collor, em 1990 foi o Plano Collor 1 que ficou famoso pelo confisco da poupança popular e criação de novos impostos como o IOF (imposto sobre operações financeiras). Em 1992 veio o Plano Collor 2 com novos congelamentos de preços e agora também o congelamento de salários. E já não bastasse o confisco do plano anterior na poupança popular, a equipe econômica decidiu proibir os depósitos overnight.

Uma coisa comum a todos esses planos foi uma queda artificial (e muito dolorosa para a população) com um repique muito mais acentuado da inflação na sequência.

Em 1994, durante o Governo Itamar Franco, foi implantado o Plano Real. Primeiramente com a URV (CR$2.750 = US$ 1,00 = R$ 1,00). O início da circulação da URV (posteriormente batizada de real) foi em 01/07/1994. O plano real teve suas crises, mas é fato que devolveu a estabilidade mantendo a inflação oficial em patamares inferiores a dois dígitos anuais. Em retrospectiva foi um sucesso!

E agora, 30 anos depois?

Um pequeno exercício da um pouquinho da dimensão do que é a inflação. Nesses trinta anos de “estabilidade”, o não tão poderoso real também perdeu seu poder de compra, às vezes mais rápido, às vezes mais devagar. R$1,00 em 1994 podia comprar uma série de coisas… em 2024 a cédula de R$1,00 não existe mais!

Em 1994 um pãozinho de sal custava R$0,10. Hoje é difícil comprar um pãozinho por menos de R$1,00. Um litro de gasolina custava R$0,55 em 1994 e hoje é difícil abastecer por menos de R$5,50 o litro. E isso vale pro leite, pro ovo e pra banana também…

Um ponto importante e que não pode ser esquecido, é que o descontrole para o monstro da inflação pode ser fatal. É fácil voltarmos ao período de hiperinflação, mas é cada vez mais difícil sairmos dele (olhe nossos vizinhos Hermanos) uma vez que o nosso sistema e ferramentas tradicionais estão desgastadas e perto de um colapso (crescimento da dívida, aumento de carga tributária, PIB praticamente estagnado por décadas e irresponsabilidade fiscal). Ninguém torce por isso, mas sempre que palavras como intervenção, confisco, congelamento voltam a circular o medo do monstro da hiperinflação volta a rondar.

Qual ativo hoje existente e acessível, que não existia em 1994, é imune em seus fundamentos às palavras (confisco, intervenção etc.) e ações de governos que podem acordar o monstro da hiperinflação?

Uma dica: Não é o Bitcoin do banco Itaú!

10 anos de minha primeira iniciativa com Bitcoin

10 anos de minha primeira iniciativa com Bitc

Essa semana me dei conta que em julho faz 10 anos de minha primeira iniciativa para que amigos próximos entendessem e entrassem no Bitcoin, e desde então venho fracassando consistentemente nessa missão.

O ano era 2014 e eu estava apaixonado pela moedinha laranja. Era o chato do Bitcoin, só via Bitcoin, tudo era Bitcoin. Havia recém voltado de Amsterdam de minha primeira conferência de Bitcoin.

Na ocasião, meu sócio que se senta a minha frente foi persuadido a programar um bolão da copa do mundo em Bitcoin, na qual as apostas para participar e os prêmios eram em Bitcoin.

O bolão em si era o de menos, a tentativa era ser lúdico e mostrar o futuro às pessoas queridas, que através de um uso prático, criassem carteiras, transacionassem, enfim, uma brincadeira para quebrar a barreira inicial.

Deu errado.

– “Muito complicado”

– “Faz pra mim, depois te pago”

-“Legal, mas não tenho tempo”

-“Você é maluco”

-“Você precisa arrumar um emprego”

O preço na ocasião? Na casa dos USD 300 (Trezentos dólares), morro abaixo, logo depois de ter ultrapassados os USD 1.000 pela primeira vez durante o stress bancário na Grécia.

Deveria ter parado por aí, mas não… Vem o ano de 2017, lá por julho, e a ideia de montar a HashInvest. Se lá em 2014 a turma ignorou e não veio, então, vamos criar uma ferramenta que permita as pessoas a embarcarem sem sofrer, com baixíssima complexidade, e então começamos.

 Abrimos as portas em novembro e logo em seguida o Bitcoin ultrapassa a marca de USD 10 mil pela primeira vez na história.

Dessa vez logrei algum êxito e o sucesso foi ligeiramente maior que no bolão de 2014. Empolgados pela euforia do mercado e com o noticiário naquele ano, dessa vez alguns bem-sucedidos amigos próximos finalmente entraram no Bitcoin.

Qual era a minha esperança? Que começassem a ler os conteúdos por aqui e que começassem a voar por conta própria. Não foi o que aconteceu.

A única recomendação que dou explicitamente é a de fazer preço médio, o que que ninguém faz é o preço médio. A turma comprou em 2017 e a grande maioria simplesmente deixou lá, sem novos aportes, sem estudar por conta própria e ficaram demasiados insatisfeitos quando o pico de USD 20 mil derreteu pelos anos a seguir, e o pior, agora a culpa era minha.

Em 2019 e 2020 resolvemos que era hora de fazer marketing digital. Investimos em Instagram, conteúdo, linkedin, podcast e os cambau…

Nada efetivo, pouco resultado. Acabou que nos dias atuais temos o mínimo, mas bem diferente do que já foi no passado. As pessoas simplesmente não vieram, logo, vamos ficar por aqui somente para reafirmar que estamos por aqui e estamos vivos.

O preço na época era em torno dos USD 6 mil dólares por Bitcoin, com direito a uma excursão na casa dos USD 3 mil alto no fatídico Corona Day.

Veio mais um bull market, dessa vez em 2021. Vimos o Bitcoin saltar para USD 69 mil dólares e quando a farra se aproximava do fim é que os clientes começaram a chegar…

A gente fala que bitcoin se compra todo dia, no preço médio, mas a pessoa quer comprar depois que a euforia tomou conta da internet… Caímos para a casa dos USD 15 mil e por lá ficamos até meados de 2023.

Com a chegada dos ETFs e dos institucionais, o Bitcoin começou a tracionar mais uma vez um novo All time High na casa de USD 73 mil foi visto há poucos meses nesse ano de 2024, mas diferentemente dos outros Bull Markets, dessa vez o varejo não veio, pelo contrário, quem levou prejuízo entrando no topo de 2021 acabou por “aproveitar a chance” e ir embora de vez.

Hoje, especificamente dia 24 de junho de 2024 enquanto eu escrevo esse texto o Bitcoin “derrete e agoniza” em USD 60 mil.

Dos tais amigos próximos, ainda sou taxado de louco. Recorrentemente o que escuto é que

-“Você teve sorte”

-“Deveria ter te escutado lá atrás, mas hoje está muito caro”.

-“Você ainda tá naquele negócio de Bitcoin?”

-“Ainda tenho aquela grana lá de 2017, ta bom né… Qualquer dia ponho um gole a mais”

Hoje ainda sou o chato do Bitcoin, mas diferentemente do passado, somente quando sou perguntado. Quando não questionado, converso de cervejas, de viagens, do clima, de amenidades em geral, mas só falo de Bitcoin com quem me pergunta.

Mesmo quem me pergunta se recusa a aceitar a realidade. Por mais dados que sejam entregues, demonstrados, a alocação de recursos vai majoritariamente… Para a renda fixa em Reais. É ultrajante e embaraçosa a sensação de incompetência que me acomete.

Vejam os marcos de preço desse texto…

USD 1000, USD 300, USD 10.000, USD 20.000, USD 6.000, USD 3.000, USD 69.000, USD 15.000, USD 73.000, USD 60.000…

Quando estava em USD 1 mil, estava caro demais, e quando estava em USD 300, ainda bem que não entrei nessa fria.

Quando estava em USD 69 mil, estava caro demais, e quando estava em USD 15 mil, ainda bem que não entrei nessa fria.

Quando estava em USD 73 mil estava caro demais…

Todos os anos escrevo ao menos uma newsletter com cálculos detalhados de preço médio, geralmente com aporte mensal e começando em épocas muito ruins (primeiro aporte num all time high por exemplo) e todos os anos demonstro com dados que se você fizer DCA de modo disciplinado a sua probabilidade de multiplicar o patrimônio é significativamente alta e seu risco é relativamente baixo. Fazendo isso você bate TODOS os CDBs, CDIs, Tesouros e índices de bolsa que pode encontrar por aí.

No fim do dia… São 5 os clientes que praticam o preço médio…

Quanto a mim? Começando a pensar com mais carinho na ideia de aposentadoria.  A Hashinvest não é exatamente uma necessidade nessa altura da vida, afinal, dizem por aí que “dei sorte!”.

Gostaria de ter convertido muito mais gente do que de fato converti e passados 10 anos, sinto que está se aproximando a hora de admitir que é bastante provável que eu não seja a pessoa certa para esse trabalho.