Nossos vizinhos estão passando por maus momentos e esses maus momentos podem ilustrar a importância que o Bitcoin pode ter em sua carteira de investimentos.
Vamos lá… Los hermanos conseguiram o título de ser a única nação do planeta que fez o caminho inverso no desenvolvimento, que saiu do primeiro para o terceiro mundo, que trocou de status de economia desenvolvida para em desenvolvimento.
Até a década de 50 a Argentina estava confortavelmente desfrutando do status de estar entre as 10 nações com maior PIB per capita do planeta, até que resolveram achar que o socialismo era uma ideia a ser levada em conta e o gráfico acima ilustra com clareza os resultados práticos obtidos por Perón, Menem e mais recentemente os Kirchner.
A vida não estava fácil até que um empresário com discurso liberal surge, Mauricio Macri torna-se prefeito de Buenos Aires em 2007 e em 2015 chega ao poder como presidente da república prometendo uma guinada para a direita.
Macri pegou um país a beira do colapso, uma inflação em torno de 40% ao ano (a inflação oficial era muito maior na prática), com fazendeiros estocando grãos porque os impostos sobre a exportação inviabilizavam as remessas internacionais.
Imediatamente após chegar ao poder, Macri derrubou as tarifas de exportação, suspendeu o controle artificial sobre a taxa de câmbio e renegociou títulos públicos.
Tudo parecia caminhar na direção correta até que a grana acabou. A Argentina já tinha dado calote de sua dívida em 2001 e a pressão dos credores foi apontada como o grande fator que derrubou a popularidade de Cristina Kirchner. Obviamente, grande parte da culpa foi transferida ao “malvado” FMI.
Sem dinheiro, Macri precisou passar o chapéu e bateu na porta do “malvado” FMI de novo. Mesmo depois do calote recente, o FMI voltou a emprestar dinheiro porque o discurso liberal de Macri pareceu convencer que a economia do país apontava na direção correta. O tesouro argentino emitiu títulos de 100 anos com juros extremamente atrativos em 2017, e os investidores (apesar do histórico do credor) prevendo a onda de juros negativos se esbaldaram comprando tais títulos.
Acontece que bater na porta do FMI seria queimar o que restava do capital político de Macri junto ao povo argentino. Na lógica do povo, a miséria e o caos econômico era justamente culpa do FMI e suas imposições de austeridade e o atual presidente recorrera novamente ao mesmo “grande mal” para tentar salvar a nação.
Sem capital político, o presidente não conseguiu aprovar as reformas no congresso e nação ficou literalmente travada, pobre, endividada e obviamente, a culpa cai integralmente sobre os ombros da dupla Macri e FMI (soa similar ao Brasil?).
O processo eleitoral argentino funciona com as prévias e as eleições de verdade. Nas prévias, vejam só, os argentinos optaram em massa pela volta do peronismo e Macri tem muito poucas chances de reverter o quadro até Outubro, nas eleições de verdade.
O resultado surpreendeu o mundo, afinal, o que faria uma nação voluntariamente querer voltar para a origem de sua desgraça? Não faz o menor sentido… Mas…
O índice Merval, a bolsa Argentina, está 72% abaixo de seu pico histórico, um dia antes das prévias e o Peso argentino perdeu mais de 45% de valor perante o dólar no mesmo período.
Na tentativa desesperada de reverter o quadro eleitoral, Macri faz uma atrapalhada guinada à esquerda e se traveste de peronista para tentar ganhar votos. Declarou o calote da dívida (faltando 98 anos para seu vencimento) e o calote no FMI (que ele chamou de renegociação de prazos). Está jogando para a torcida, com aumento de salários de agentes públicos e já se fala em congelamento de preços.
Mas o pior é ainda está por vir, no final de semana do dia 01/09 a Argentina implantou controle de capitais, mais um passo rumo ao abismo. Empresas estrangeiras terão limites de remessas de dólares ao exterior e as pessoas físicas não podem comprar mais que 10 mil dólares por mês (por enquanto).
Bom, o caso do Brasil só não é igual ao caso argentino porque o congresso conseguiu derrubar Dilma Roussef antes do caos econômico completo. Goste você ou não de Michel Temer, é preciso admitir que ele resgatou a credibilidade do Brasil perante ao mercado ao conseguir aprovar o teto de gastos e Henrique Meirelles conseguiu quebrar a espinha dorsal da inflação, que estava na casa dos 14% ao ano e subindo.
Mesmo assim o nosso caso ainda é bastante parecido. Os brasileiros elegeram Bolsonaro na esperança que uma guinada à direita junto ao liberalismo econômico de Paulo Guedes seja suficiente para reverter o rumo da crise e principalmente, que a nação possa voltar a crescer e gerar empregos.
Se assim como na Argentina, nosso congresso travar as reformas e paralisar o processo de crescimento, existe uma grande chance de chegarmos em 2022 e o povo voltar a eleger aqueles que nos jogaram ao caos, e o que aconteceu com o Merval e com o Peso certamente se repetirá com o Ibovespa e com o Real, não precisa ter nenhuma dúvida.
Do fundo do meu coração, eu acho que nossas chances são melhores e que nosso quadro tende a ser positivo. A aprovação da reforma da previdência parece dizer que, ao contrário dos hermanos, pode existir alguma esperança nas bandas de cá, mas é sempre bom ter um plano B.
No caos argentino, a Bitcoin renova sua máxima, está no pico de preço histórico.
Veja que mesmo com o “estouro da bolha” de 2017, o Argentino que comprou parte de seu patrimônio em Bitcoin protegeu seu dinheiro e o mais importante de tudo, está imune ao famigerado controle de capitais.
Lembre que acima de tudo o grande mérito do Bitcoin é a incensurabilidade, ou seja, o fato dele ser seu, longe de leis esdrúxulas e deixe que o governo esperneie o quanto quiser.
O Bitcoin é uma excelente alternativa de plano B, seja pelo potencial de valorização (secundário nesse caso), seja por não estar correlacionado a nenhum tipo de caos econômico local, mas principalmente porque ele não está nem aí para limites, imposições, sanções e demais excrescências vindas de governos desesperados.
De pouco adianta aos Argentinos correrem atrás o Bitcoin agora, para fazer o efeito positivo na carteira de investimentos ele já tinha que estar lá. Você não consegue comprar uma apólice de seguro na hora que você bate o carro.
Veja que o índice Merval caiu mais de 30% em um único dia (12 de Agosto após a divulgação das prévias), ou seja, não dá tempo de embarcar quando a crise estoura, é necessário estar protegido com antecedência.
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