fbpx

“Antigamente, era um ou dois episódios por semana, como complemento nas matinês de domingo. Hoje é um episódio a cada dois anos, com duração de duas horas e meia, orçamento astronômico, som dolby stereo. Progresso ou simples extravagância?

Como herdeiros dos velhos seriados, “Guerra nas Estrelas” e sua continuação atual se permitem explorar não só todos os bafos espaciais conhecidos, mas também outros novos, como a convivência, no mesmo plano, de homens, bichos e robôs.

Falta, porém, o encanto das aventuras interplanetárias de Flash Gordon. Falta, sobre tudo, uma figura mais carismática do lado do bem, todo representado por personagens desinteressantes e sem appeal. E, como programa infanto- juvenil, o espetáculo corre às vezes o risco de parecer meio esotérico (ou talvez apenas monótono), ao misturar estranhas mágicas mentais (a Força) com tecnologia tipo fliperama.

O final, pessimamente concebido, a pretexto de deixar em aberto a história, deixa frustrados todos os expectadores. A continuar assim, dificilmente a série emplacará o século XXI, como espera o produtor George Lucas. Não tem pique para isso – José Haroldo Pereira – Revista Manchete de 09 de Agosto de 1980.”

Qualquer semelhança com o contexto do Bitcoin e das Criptomoedas é mera coincidência. Quem me mandou a foto dessa crítica foi um amigo/cliente/investidor (Igor Fernandes) que disse assim “O cara que escreveu isso deve ser o mesmo que fala que Bitcoin é bolha”.

Adivinhar o futuro é uma tarefa ingrata e a depender da sua previsão, alguém pode estar te esculachando em uma Newsletter daqui a 40 anos…

Mas o que provavelmente aconteceu é que em um tempo em que faltavam efeitos especiais e a  tecnologia era precária, brilhavam no cinema os excelentes “O poderoso Chefão” ou a saga de “Rocky, um lutador”. É confortável, compreensível e óbvia a posição de denegrir o novo, e ao apostar no status-quo José Haroldo aumentou em muito a sua probabilidade de estar certo.

Imagine que você tivesse tido a oportunidade de se tornar sócio da franquia Star Wars em 1980 (ano do lançamento do segundo filme da franquia) ou até mesmo em 1983? Qual teria sido a valorização de seu investimento no longo prazo?

Vamos dizer que você colocou 5% do seu dinheiro nas mãos de George Lucas, o quanto ele teria se multiplicado? E se tudo tivesse dado errado? Você teria perdido pouco, nada que te levasse à falência.

Gostaria que você percebesse também a diferença de comprar uma participação na franquia em 1980 ou em 2019. Qual era a verdadeira oportunidade de multiplicar o patrimônio?

Pois é, a analogia com o Bitcoin é obvia. Desde os economistas da academia até os playboys da Faria Lima gostam mesmo é das suas zonas de conforto, o tal risco é da boca pra fora, e para essa turma o Bitcoin é motivo de chacota, não tem “valor intrínseco”, “sem garantia” (WHAT?!?!). Por quê? Porque ele é novo e desafia o status-quo.

Provavelmente, 9 a cada 10 inovações desse padrão vão estar erradas, mas gostaria de te lembrar que o Bitcoin fez dez anos e continua por aí, cada vez mais robusto, bolha após bolha. Tente esquecer um pouco os picos de euforia e vamos ver alguns números sob uma ótica diferente, veja os preços mínimos ano após ano:

2012 – USD 4
2013 – USD 75
2014 – USD 200
2015 – USD 185
2016 – USD 365
2017 – USD 780
2018 – USD 3200

O Bitcoin não pode ser confiscado, não pode ser censurado e não está sob o controle de nenhum governo. Mas cedo ou mais tarde sou da opinião de que haverá uma migração em massa do dinheiro “convencional” para o digital.

Se você quer multiplicar seu patrimônio você precisa desafiar o convencional, desafiar o status-quo e correr o risco de apostar no Star Wars na década de 1980, por mais que o especialista diga que “não tem pique”.

Compre Bitcoin e Criptomoedas ANTES que elas sejam os grandes divisores de águas da economia.