Que semana para a atividade criminosa no sistema financeiro! Uau, de cair o queixo!
– Visa e Mastercard pagaram a multa para arquivar o caso de formação de cartel.
– Bank of America investigado por manipular taxas de câmbio emergentes versus o dólar.
– JP Morgan foi pego pagando propina para agentes do governo na Líbia.
– Danske bank, o maior banco da Dinamarca admitiu lavar (sozinho) mais de USD 233 Bilhões de dólares.
Vejam, o Danske lavou sozinho mais do que a capitalização de mercado inteiro das Criptomoedas!
Falando um pouco mais sobre o caso do Danske… O banco dinamarquês comprou as operações do Banco Sampo na Estônia no ano de 2007, e já estava cheio de segundas intenções.
Resumindo, o Danske comprou um banco em um paraíso fiscal com a intenção de ser uma grande lavanderia para endinheirados russos. Não faltaram alertas das autoridades Russas e nem do Banco Central Estoniano, que levantaram uma série de bandeiras vermelhas, todas solenemente ignoradas.
Foram 10 anos de farra e mais de 230 Bilhões de dólares lavados, dinheiro ilegal, imoral, desviados de impostos, originados em esquemas de mafiosos, tráfico de drogas, armas…
Ao final do processo, dinheiro limpinho e cheiroso, tudo devidamente bancarizado na acima de qualquer suspeita na Dinamarca. A contabilidade parcial do esquema aponta mais de 10 milhões de transações suspeitas para mais de 15.000 clientes beneficiados com o esquema (15 mil bandidos!!!).
O Danske fez para os criminosos Russos o que o HSBC fez para os criminosos americanos e ingleses, e que o ING (gigante Holandês) fez para os criminosos Europeus. O CEO do Danske renunciou essa semana após o banco admitir o esquema e pasmem… too big to jail… vai responder em liberdade (será o Brasil fazendo escola com a impunidade?)
Na quebra do sigilo bancário de Alberto Youssef, o pivô da lava-jato, foram encontradas nada menos que 39 contas de fachada no Bradesco, 18 no Itaú, 13 no Santander, 11 no Banco do Brasil, 13 na Caixa e 15 no Citibank. TODAS, sem exceção, criadas para lavar dinheiro sujo.
De prático digo o que observo como gestor de recursos: é IMPOSSÍVEL que a quantidade de dinheiro que circulou por essas contas tivesse livre trânsito sem que se soubesse o que estava sendo feito. Sim, estou afirmando que sem uma parceria com os bancos, saquear a Petrobrás jamais teria sido possível.
Seria a exemplar lei europeia frouxa quanto a lavagem de dinheiro? Não. A lei europeia é rígida e extremamente conservadora. Seria o Banco Central do Brasil conivente? Não, o Brasil possui leis muito maduras e restritivas de combate a lavagem de dinheiro.
O que acontece é que o dinheiro sujo precisa ser lavado. A escala do crime é brutal, estimase que deve passar da casa de trilhão de dólares anualmente. A conclusão é que sempre haverá um (ou mais) bancos dispostos a fazê-lo, SEMPRE.
Mas porquê o Bitcoin apanha tanto quando o assunto é crime?
Porque o Bitcoin não tem dono. Acusar o HSBC ou acusar o Danske é apontar o dedo para uma elite que goza de status e bom relacionamento com os governos e se indispor deliberadamente com os donos do dinheiro, como vovó já dizia, é buscar sarna para se coçar.
Apontar para o Bitcoin é como culpar a Deus pelo furacão ou pelo terremoto… É uma retórica inútil.
É fácil apontar a falta de regulação das Criptomoedas como sendo a culpada pela lavagem de dinheiro do mundo porque o discurso faz muito sentido, porém a prática se revela bastante diferente.
Enfim, lavar dinheiro com Criptomoeda é sim possível mas em pequena escala, nada comparável ao atacado do crime promovido pelo sistema bancário. Basta notar que o Bitcoin possui uma capitalização de mercado de aproximadamente USD 100 Bilhões de dólares, ou seja, não dá nem pro começo da demanda mundial por dinheiro sujo.
O Bitcoin é em tese, rastreável de ponta a ponta, o problema maior reside no fato de que sempre haverá uma exchange com espírito de banco, disposta a trocar Criptomoedas por dinheiro convencional para os bandidos…
O dinheiro sujo sempre vai encontrar uma mala do assessor do Temer, uma cueca de político, um sítio em Atibaia ou uma exchange de Criptomoedas em Malta… Porque não um banco na Dinamarca? Não se deixe iludir com o discurso de que o Bitcoin é o vilão da história, pois pelo contrário, todo o ecossistema de Criptomoedas ajuda a diminuir o poder dos tubarões do mercado.
Em tempo, aqui na HashInvest a tolerância é zero!
Invista em Criptomoedas agora! Aposte enquanto ela é apenas uma tendência e se arrisque a ser muito bem recompensado quando o mundo descobrir os benefícios das Criptomoedas no combate a corrupção e a lavagem de dinheiro.