Voltar
Blog da HashInvest

Simplificando o entendimento de Microstrategy

Postado em 26/12/2024

Nome do Autor luis

Muito tem se falado sobre o script de Michael Saylor utilizando Bitcoin como alavanca de sua empresa.

Como ele mesmo gosta de chamar, a Microstrategy se converteu em uma tesouraria de Bitcoin disponível para quem quer exposição alavancada e mais volatilidade no ativo.

Sua estratégia atende, não exclusivamente, mas principalmente aos agentes do mercado tradicional que querem exposição ao Bitcoin, mas que não possuem mandatos para a compra de Bitcoin puro, não possuem mandato para a compra de ETFs, mas que possuem mandatos para compra de ações e alguns somente e exclusivamente títulos de renda fixa.

Entre outras coisas, até semana passada não existia um mercado suficientemente líquido de opções de Bitcoin (a Blackrock lançou o mercado de opções de seu ETF IBIT) e adicionalmente, muitos agentes que não gostam ou não acreditam do Bitcoin não possuem veículos apropriados para ir contra a valorização dele (short), e podem se utilizar das ações da Microstrategy para essa finalidade.

O texto de hoje tem objetivo de ser simplista e explicativo e não rigoroso, quero que você entenda o método e os conceitos e não os meandros intricados e detalhes técnicos das operações.

Sendo assim vou economizar termos complicados do financês e vou simplificar as coisas para entendimento. Se você se interesse por detalhes do tema, o próprio site da Microstrategy tem muito material para seus estudos.

Como a Microstrategy financia sua aquisição de Bitcoin?

De três formas distintas.

Através do uso de seu caixa (menor quantidade), como foi o caso da primeira aquisição de Saylor em outubro de 2020, comprando quase 17 mil BTC.

Através da emissão de novas ações (quantidade intermediária, porém significativa como foi o caso da compra dos mais de 27 mil BTC por mais de USD 2Bi no início de novembro desse ano).

Através da emissão de dívida (debêntures) conversíveis, que parecem ser o xodó do mercado (principal volume e método utilizado).

O que são debentures conversíveis?

São dívidas emitidas por uma empresa, por um prazo determinado, pagando juros, nesse caso, pré-determinados.

Ao final desse prazo, o comprador dessa dívida pode optar por receber seu dinheiro nos termos combinados ou receber ações da empresa (conversibilidade), sendo que o preço por ação é combinado no ato da emissão da dívida.

A opção de rever em dinheiro ou em ações é do comprador da dívida e não da empresa que emitiu a dívida.

Como funciona o script da Microstrategy?

O uso de recursos próprios e emissão de ações são relativamente óbvios, vou me concentrar em explicar a emissão de dívida.

Ela anuncia uma emissão de dívida com um juro e prazo estipulado e vai ao mercado em busca de compradores.

Ela ajusta o volume da emissão de dívida à demanda, geralmente superior a oferta inicial.

A Microstrategy vai ao mercado e entesoura Bitcoin, anunciando o preço médio de compra, o novo volume total de Bitcoin que possui e o preço médio final de seu estoque de Bitcoin.

A primeira rodada de aquisição usando esse método foi em outubro de 2020 e para atrair os investidores foi oferecido um juro anual de 0.75% ao por um prazo de 5 anos. Foram captados 650 milhões de USD.

No dia em que escrevo esse texto, 25 de novembro, ele anunciou que captou mais de 5,4 Bilhões de USD, pasmem, pagando juro de 0% (ZERO) durante cinco anos, com os quais ele comprou 55 mil BTC.

Mas porque diabos alguém compra uma dívida que paga juro zero?

O pulo do gato é que as debentures são conversíveis em ações o preço de conversão é acertado no momento da emissão da dívida.

Quando Saylor fez sua primeira emissão o preço de conver~são das ações em 2025 era de USD 39.80. Hoje elas estão negociando a USD 400. Quanto está valendo ano que vem?

Na emissão de hoje, com a ação valendo USD 400, com vencimento em 2032, o preço de conversão é de USD 204,33.

Percebem o pulo do gato? Até 2032 as ações podem cair praticamente 50% e ainda seguram o valor de face da dívida, é praticamente irresistível.

O uso dessas dívidas no mercado são vários. Adicionam volatilidade aos monótonos fundos que só podem operar renda fixa colocando um tempero muito interessante através de sua negociação em mercados secundários (os donos da dívida podem negociar essas dívidas e ajustar seu valor pelo preço atual da ação e sair fora de suas posições realizando lucros ou minimizando prejuízos).

Entendendo o Bitcoin Yield

O “Bitcoin Yield” da MicroStrategy é uma maneira simples de entender quanto valor a empresa está gerando para seus acionistas através do seu investimento em Bitcoin.

Se trata de uma medida que compara o valor total do Bitcoin que a MicroStrategy possui com o valor total de ações que a empresa tem no mercado.

A cada rodada de compra de Bitcoin a ação da MicroStrategy tem subido significativamente mais o preço de suas ações do que o valor do próprio Bitcoin e essa medida tenta capturar esse ganho de desempenho, ou seja, o valor gerado ao acionista para cada Bitcoin comprado.

É muito difícil explicar racionalmente esse efeito e é mais difícil ainda saber se a distância entre o valor da Microstrategy e o valor de sua tesouraria em BTC tende a convergir para o valor em BTC, se vai ampliar indefinidamente ou vai encontrar um valor justo pelos serviços de tesouraria e hub financeiro fornecidos pela Microstrategy.

Ninguém nesse momento é apto para cravar o que vai acontecer.

O que pode dar errado?

Muita coisa pode dar errado.

A primeira dela é nossa amiga volatilidade do Bitcoin. Se o preço do Bitcoin colapsar abaixo de determinados valores a Microstrategy pode ser obrigada a vender Bitcoin para quitar as suas dívidas.

Quanto maior o preço médio de aquisição da Mcirostrategy, maior o risco de que ela precise vender Bitcoin para honrar suas dívidas.

Hoje o preço médio de aquisição da MicroStrategy é em torno de USD 57K por Bitcoin e ela possui 386.700 BTC em tesouraria ao passo que ela deve até 2032 aproximadamente USD 12,2 Bi.

Em preços de hoje USD 95k por Bitcoin, uma confortável folga. Para causar dores de barriga aos portadores da dívida da Microstrategy o Bitcoin precisaria retornar para algo em trono de USD 31k.

Outro fator seria a queda do preço das ações da Microstrategy seja por qual motivo o mercado encontrar. Se as ações caírem abaixo dos valores de conversibilidade, os credores exigirão seu pagamento em dinheiro e não em ações, forçando a Microstrategy a vender seus BTC. O mercad nem sempre é racional e não interessa o seu “lastro”, em eventos de cisne negro, as coisas caem porque caem e fim.

Finalmente, riscos regulatórios. Ninguém sabe ao certo como será tolerado pelos reguladores a máquina de dinheiro infinita de Michal Saylor. Eu emito dívida, compro BTC, minha ação dispara fazendo extremamente atrativo eu emitir mais dívida e comprar mais BTC.

O que eu acho

Primeiramente, concordo com Saylor, o melhor ativo disponível no mercado é o Bitcoin e isso não se discute.

Em sabendo disso, por que não comprar o próprio Bitcoin?

Você pode argumentar que o modelo de dívida da Microstrategy protege o valor mesmo com juro zero. Isso é uma meia verdade, a primeira porque para participar diretamente da emissão da dívida você precisa ser investidor institucional e segundo que em cenários extremos, não tem dinheiro para pagar todo mundo e o principal pode não estar tão protegido assim.

Ao investidor sardinha resta comprar ações da Microstrategy na crença que o Bitcoin Yield explicado anteriormente sempre cresça sempre e se mantenha alto.

Assim como vimos no filme da GBTC, o fundo de Bitcoin que negociou com descontos até virar ETF, acredito que as ações da Microstrategy tendem, no longo prazo a convergir para o valor de sua tesouraria em Bitcoin ou algo muito próximo a isso.

Conceitualmente falando, tenho muitos problemas com a concentração de Bitcoin na mão de um único agente.

Em cenário extremos, muita gente vai se machucar. Exemplos radicais? Se Saylor morre e seu sucessor não é tão bitcoiner assim? Se o governo dos EUA exigirem o confisco dos BTC de Saylor por ser empresa regulada? Enfim, toda concentração desse tipo gera riscos que precisam ser entendidos.

Para finalizar, lembre que tudo é lindo e cheiroso no Bull Maket, é quando o Urso chega que descobrimos a verdadeira convicção das pessoas, a depender da sede de Saylor por mais dívida e o uso de sua metodologia em velocidade irresponsável pode não tolerar as tradicionais quedas de até 80% do Bitcoin em fim de ciclo e tornar o urso severamente mais agudo.

Sou velho e conservador, na dúvida, opto pelo bom, velho e conservador Bitcoin puro.

Veja outros artigos

Memecoins: a piada que chegou à presidência dos EUA 

Memecoins: a piada que chegou à presidência

Com a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, há uma grande expectativa de políticas mais favoráveis do governo americano em relação às criptomoedas (escrevo esse texto antes da posse). No entanto, a única certeza que temos até o momento é o lançamento das meme coins, TRUMP e MELANIA, pelos respetivos homenageados (presidente e primeira-dama). Juntas, essas duas meme coins já chegaram a valer mais de USD 14 bilhões.  

Uma meme coin é uma criptomoeda baseada em memes ou piadas da internet. Geralmente, elas são criadas como uma forma de humor ou sátira, mas algumas acabam ganhando valor significativo impulsionadas principalmente pela comunidade e pelo hype nas redes sociais. Outras celebridades como Elon Musk, Caitlyn Jenner, Iggy Azalea também resolveram lucrar dessa forma.  

Além da possibilidade de ganhos significativos, hoje é muito fácil do ponto de vista técnico criar uma moeda digital. Inclusive, já existem sites como Pump.fun  e Token Tool, que tornam esse processo simples como preencher um formulário online. Contudo, se o processo de criação é rápido, paga-se para que uma nova moeda seja listada por sites e exchanges. O lançamento “sério” de uma moeda custa entre USD 5.000 e USD 50.000. 

Por ser tão fácil e o investimento baixo, segundo agregadores, todos os dias entre 40.000 e 50.000 novos tokens de criptomoedas são criados. Durante períodos de hype, esse número pode chegar a 100.000. No entanto, muitas dessas iniciativas têm poucas horas de vida. 

Obviamente que nem tudo são flores, especialmente para projetos que não tem o homem mais poderoso do mundo e nem o mais rico como garotos propaganda. Ainda segundo a plataforma DREX, a maioria dos projetos de meme coin (89%) tem um valor de mercado entre 0 e $USD 1,000. Apenas 5% das meme coins tinham um valor de mercado acima de $10 milhões em março de 2024. 

Além disso, a volatilidade dos preços das meme coins é um dos aspectos mais marcantes desse segmento. Essas moedas podem experimentar oscilações extremas de valor em curtos períodos. Eventos como tweets de celebridades e notícias de parcerias podem causar aumentos repentinos nos preços. Da mesma forma, quedas igualmente rápidas acontecem quando o interesse diminui ou surgem preocupações sobre a sustentabilidade dos projetos. 

Por exemplo, o preço do Dogecoin ($DOGE) viu um aumento meteórico após uma série de tweets de Elon Musk, apenas para experimentar quedas substanciais quando o entusiasmo inicial esfriou. O que parece estar acontecendo com as moedas TRUMP e MELANIA.  

Por isso, a não ser que você compre uma meme coin por brincadeira ou piada, é muito difícil que acerte o momento certo de entrar nesse “investimento”. Você terá que acertar qual, dentre os milhares de projetos, será colocado em destaque por uma celebridade de alcance global. 

2025 já está voando

2025 já está voando

Parece que foi ontem que o ano de 2024 terminou. 2025 era esperado com muitas expectativas…

E não decepcionou… 2025 começou bastante animado e já vamos completando o primeiro mês do ano. 1/12 do ano já se foi…

Em janeiro todos os olhos do mundo econômico se voltaram ao tio Sam. Donald Trump assumiu a cadeira mais importante da maior potência econômica e militar do planeta num estilo bem caricato e pistola. Assinou pilhas de decretos de todos os tipos, assuntos e gostos… se pautou no auge da arrogância já conhecida e nada diferente daqueles que o elegeram esperava. Não vou me atrever a analisar seus decretos, veracidades, pontos positivos e nem negativos. Vou me ater ao fato do Bitcoin e demais ativos virtuais terem passado em branco no dia 1 do novo mandato de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos.

Entretanto, movimentos de substituição na presidência da SEC (equivalente à CVM nos EUA) e a criação de uma comissão para o desenvolvimento de uma regulação pró-Bitcoin e cia foi suficiente para alavancar as cotações para novos ATH. Já na semana seguinte uma startup chinesa, DataSeek, chacoalhou o mercadoi de ações norte-americano. Em especial a Nvidia e outras bigtechs derreteram. Nenhuma relação direta com o Bitcoin, mas o efeito colateral dos mercados como um todo derrubaram o Bitcoin para baixo dos 100 mil dólares outra vez. Para a tristeza dos haters, rapidamente o Bitcoin se recuperou e voltou a ser transacionado acima dos 100 mil dólares.

Toda essa novela se passou em menos de 30 dias e certamente teremos muito mais nos próximos 11 meses. Essa emoção toda certamente será convertida em volatilidade e na média as expectativas são animadoras. Importante salientar que todos esse movimentos e ruídos são apenas catalizadores de preço de curto a médio prazo. Quando pensamos no protocolo matemático, esses ruídos têm interferência zero no Bitcoin. Preços subindo ou preços caindo o Bitcoin seguirá com sua escassez e sua descentralização. Os fundamentos que levam ao real valor do Bitcoin são justamente a sua escassez e sua descentralização.

Descentralização confere segurança e soberania ao indivíduo enquanto a escassez por protocolo matemático (descentralizado) reverte parte de seu valor em preço. Quanto maior for a demanda por algo escasso maior será seu preço. Quanto maior for o preço de um ativo seguro pelo qual cada indivíduo tem a soberania sobre ele tem um valor incalculável nos dias atuais. Justamente essa frase “nos dias atuais” que faz a procura por Bitcoin aumentar gradativamente retroalimentando esse círculo virtuoso.

No início era coisa de nerd, hoje já superamos o ciclo dos indivíduos e estamos ganhando velocidade no ciclo dos institucionais e talvez entrando simultaneamente no ciclo dos países. E nisso o catalizador que comentei lá no início ganha relevância pois pode acelerar a adoção de empresas e países para constituírem suas reservas em Bitcoin. Enquanto ruídos pontuais como “DataSeek” em nada interferem nesse processo de adoção ou no protocolo do Bitcoin, ou seja, zero influência nos fundamentos.

Enquanto governos e países forem controladores, intervencionistas e gastadores a tendência é de valorização do Bitcoin em relação às moedas fiduciárias (reais, dólares e etc…). Elimine os ruídos e foque nos fundamentos e seja feliz! Que venha o futuro.

O cenário mais provável para o Brasil

O cenário mais provável para o Brasil

Abrimos a segunda metade do atual governo com perspectivas excelentes para quem vive no padrão Bitcoin e perspectivas não tão excelente para quem vive no padrão de Real brasileiro.

Se no dia 7 de janeiro o governo faz propaganda que o déficit primário (leia a newsletter 149 sobre esse tema onde explico que déficit primário em si já é um número mentiroso e pouco útil) de “apenas” 0,1% do PIB, no dia 27 o pesquisador do Insper, Marcos Mendes detalha que ele na verdade foi 9 (NOVE) vezes maior que o divulgado (basta uma breve pesquisa no Google para você ler inúmeras reportagens sobre o tema).

Mas não é só Haddad que está maquiando dados, o IBGE capitaneado pelo autodenominado “comunista” Márcio Pochmann tem sido alvo de um motim, em que altos diretores da instituição protestam e reclamam pela falta de autonomia e uso político da instituição, se dividindo entre carta de repúdio e chegando ao extremo do pedido de exoneração.

O IBGE jura que a inflação de 2024 fechou abaixo de 5%. Nessa altura do campeonato, imagino que você já tenha verificado perante a sua realidade que a inflação real é algo entre 3 a 4 vezes isso.

O mesmo IBGE divulga desemprego nas mínimas, porém esquece de combinar com os russos, que divulgam gastos com seguro-desemprego nas máximas e crescentes.

Junte a esse caldeirão a recente pesquisa de popularidade do governo, no dia 27 de janeiro, em que pela primeira vez o governo é mais mal avaliado do que bem avaliado e apertem os cintos.

Popularidade em baixa encarece a barganha com nosso congresso corrupto, torna os favores dos deputados mais caros e favorece a gastança com viés populista para tentar reverter as questões.

Não se iluda com o refresco proporcionado pelo USD caindo de 6.20 para 5.80, ele tem nome e sobrenome. O nome chama Donald Trump, onde o refresco do USD acontece em meio a acomodação da chegada do novo governo americano e o sobrenome é recesso parlamentar, dando uma trégua ao noticiário fiscal por assim dizer.

Nossa perspectiva local é ruim, muito ruim… Terrível para ser sincero.

Recapitulando, temos na equação um governo corrupto negociando junto a um congresso corrupto, um ministro da fazenda inapto e incapaz, um instituto de estatística corrupto e mentiroso em um cenário pré-eleitoral com a popularidade de um presidente decrescente junto com um tesouro nacional sem ter de onde tirar dinheiro.

Você não precisa ser gênio para avaliar que a situação não é das melhores.

A recente crise do PIX mostrou que o governo não tem mais folego político, forças políticas e apoio popular para aumentar me criar mais impostos, o que perante ao mercado aliviaria a situação dando um espaço teatral aos infindáveis gastos.

Descartando o aumento e criação de impostos no passo necessário para atender ao apetite do feudo por mais dinheiro, restam duas alternativas sobre a mesa.

A alternativa 1 é austeridade, a redução do estado, como por exemplo um grande e significativo corte de privilégios de castas como a do judiciário e dos militares, e uma grande otimização da máquina pública e seus recursos, uma redução de impostos para quem produz e a redução de incentivos ao nada fazer proporcionada através de dinheiro grátis.

A alternativa 2 é imprimir dinheiro, aumentar as regalias dos senhores feudais do alto funcionalismo e expandir o UBI (Universal Basic Income – o auxílio Brasil por exemplo) e assim garantir base de apoio e consequentes votos para 2026.

Explorando um pouco mais a alterativa 2, já são mais de 56 milhões de brasileiros atendidos pelos programas sociais, dos quais são estimados que 42 milhões são eleitores. Some esse número aos 12 milhões de funcionários públicos Federais e a base de eleitores para perpetuar o atual governo parte de 54 milhões de votos, independente do caos.

Lembre-se que a classe média é uma câmara de eco, em que ela prega e protesta com ela mesma. Ela é numericamente inferior, não tem voz perante os senhores feudais. Na prática, além de cômodo, o grande incentivo do governo é arroxar e tirar dinheiro da classe média para expandir regalias do feudo e distribuir dinheiro grátis via UBI. Perde-se um voto em detrimento ao ganho de vários.

A alternativa 1 nos tiraria lentamente do buraco.

A alternativa 2 caminha pelos trilhos da Argentina de Cristina e Alberto Fernandez.

Se você acredita que o governo brasileiro irá optar pela alternativa 1, Tesouro Direto e ações na B3 fazem perfeito sentido.

Se você tende a acreditar que a alternativa 2 é mais provável, a janela para que você tenha Bitcoin está ficando estreita. Nesse cenário, Bitcoin a 20 mil, 40 mil ou 200 mil dólares fará pouca diferença quando comparada a destruição potencial de patrimônio que se desenha até as próximas eleições.

O cenário mais provável para o Brasil, você decide!