O medo, quando falamos de investimentos, pode ser o melhor proxy para riscos. Risco nada mais é que uma medida das incertezas em relação ao futuro, uma mensuração das potenciais perdas. Uma análise de riscos de uma carteira visa justamente identificar as principais incertezas envolvidas e uma forma de mitigá-las, ou ao menos compensar entre ativos determinados riscos.

Por muitos anos, apesar de tecnicamente estarem explícitos nas letrinhas miúdas (por obrigação regulatória) que ninguém lê (mas marca o x que está ciente e concorda, também por obrigação regulatória), os riscos foram resumidos à volatilidade dos ativos. Ativos ou produtos de maior volatilidade sempre foram classificados como ativos de risco pelas corretoras e bancos. As pessoas, de menor envolvimento com o mundo do mercado de capitais e investimentos, praticamente foram doutrinadas a pensar que risco é sinônimo de volatilidade.

A volatilidade pode sim apresentar riscos e esse é um medo comum de principiantes em renda variável. A renda variável por óbvio varia. No curto prazo é muito difícil manter uma constância de acertos em previsões de movimentações de preços e este é o motivo pelo qual normalmente visamos o longo prazo para ativos variáveis. No longo prazo, com base em fundamentos, o ativo mesmo com oscilações pelo caminho tende a seguir a uma direção, tendo tempo para se recuperar de fatores atípicos ou pontuais que podem impactá-lo pelo caminho.

Em momentos de calmaria, o risco oriundo da volatilidade costuma ser o mais relevante, principalmente para os leigos. Entretanto, em momentos mais turbulentos, seja economicamente, politicamente ou pela razão que for, outros riscos passam a merecer mais atenção até do que a volatilidade. O risco de crédito pode fazer a falsa ilusão da segurança da renda fixa sucumbir (vide Americanas recentemente). O risco de contraparte pode fazer um saldo na tela virar pó (calote por exemplo)… O medo de perder dinheiro pela volatilidade da espaço ao pânico de perder tudo. As vezes é melhor correr o risco de perder um pouco no curto prazo em troca de uma segurança de que não irá perder tudo de uma só vez (seja por um calote de um título público, um escândalo em uma empresa privada que pode levar suas ações ou títulos de renda fixa a praticamente zero ou até mesmo um confisco).

Nem tudo é 8 ou 80 e por este motivo sempre a melhor escolha é a da moderação, do equilíbrio. Por mais difícil que possa ser pensar coletivamente nos seus investimentos, isso é uma necessidade. O Bitcoin e Criptomoedas tem seus riscos, são voláteis, porém hoje são os únicos ativos disponíveis e acessíveis para qualquer um com propriedades de proteção contra os diversos riscos do mercado financeiro tradicional. Eu, infelizmente, vejo bastante turbulência no Brasil (e Mundo) de hoje e ainda sem uma luz no fim do túnel… volatilidade virou café pequeno!

Compre Bitcoin e durma bem.

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