Na edição passada da nossa Newsletter, comentei com vocês sobre as melhorias esperadas para o Bitcoin. Agora é a vez do Ethereum, a segunda maior rede em capitalização do mercado e que ano passado passou por transformações profundas.

Em 2022, tivemos a transição de Proof-of-Work para Proof-of-Stake. Isso significa que o Ethereum não gasta mais tanta energia para funcionar, o custo das operações caiu e a capacidade de processamento aumentou. Então todos os problemas foram resolvidos? Podemos dar férias permanentes para os desenvolvedores? Nada disso. O plano atual de melhorias ainda tem fácil mais uns 10 anos pela frente.

Com essa transição, a mineração (que era semelhante ao Bitcoin) foi extinta. Hoje, a segurança da rede é feita por validadores que depositam Ethers em uma conta de garantia. Quem faz esse depósito, passa a auditar transações. É seguro porque faz mais sentido trabalhar pelo bom funcionamento da rede e ser remunerado, do que arriscar perder o valor depositado.

Pois bem, a lógica acima está funcionando bem, mas tem um detalhe: quem fez o depósito nessa conta de garantia, ainda não podia sacar seu dinheiro e nem a remuneração. É um erro da rede? Tecnicamente não. Na verdade, isso simplesmente ainda não tinha sido implementado. Mas isto está para mudar. Com o update que irá ao ar agora em abril, finalmente será possível sacar o dinheiro (se desejado).

Falando mais do futuro, um assunto que tem gerado bastante interesse é chamado de “Abstração de Conta”. Quando isso virar realidade, um problema antigo e comum a todos os os blockchains será resolvido.

Historicamente, usuários têm dificuldade para gerenciar as suas contas. Se você prestar atenção ao noticiário, verá que é comum escutar relatos de pessoas que foram hackeadas ou que não lembram mais como acessar suas criptomoedas e, supostamente, perderam milhões de dólares. Isso acontece porque não existe nenhuma supervisão. O dono das criptomoedas tem poder total sobre seus ativos e é sócio majoritário da própria desgraça. Logicamente, dá ruim para muitas pessoas.

Com essa “Abstração de Conta”, um script computacional (normalmente chamado de smart-contract) atua como intermediário. Nele, podem ser criadas regras, como pagamentos recorrentes, métodos de recuperação de senha, contas conjuntas e muito mais.

A Visa, empresa que processa mais transações de cartão de crédito no mundo, está de olho nesse sistema e, deve lançar em breve sua solução. Mas a Visa não está sozinha, várias outras empresas estão implementando ideias semelhantes e já se fala até em confirmação pelo celular, o Two-Factor Authentication. Se essa moda pega, um dos principais obstáculos para a difusão dos sistemas baseados em blockchain será superado.

Lógico que existe muito mais previsto para a próxima década da rede Ethereum do que eu citei aqui. Os pilares são: transações baratas, segurança e melhor experiência do usuário. Para quem tiver interesse, o roadmap está disponível aqui.

Obs: Este artigo é uma réplica da Newsletter da HashInvest disponibilizada por e-mail e publicada aqui com alguns dias de defasagem. Quer receber a Newsletter na íntegra? Assine inserindo o seu e-mail abaixo:


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