Desde a ruína do castelo de cartas da FTX muitos questionamentos sobre o universo Cripto tem sido levantados. Mesmo que de certa forma com o alvo equivocado, é saudável que o tema seja amplamente difundido e que lições sejam aprendidas.

Ficamos tristes que tenha que ser de forma dolorosa e traumática, mas parece que se for apenas no alerta antes do terremoto os seres humanos não dão valor.

O primeiro ponto a destacar é que embora o golpe da vez tenha sido em uma das maiores empresas de Criptomoedas do mundo, as Criptomoedas agora são inocentes e o crime não difere de muitos outros que ocorrem diariamente em todo o planeta faz séculos. Em resumo, o golpe basicamente era gozando de uma credibilidade junto às vítimas, o golpista atraia ativos de terceiros para os seus cuidados e passava a utilizar esses ativos para seus próprios interesses sem consentimento dos verdadeiros proprietários. No caso da FTX, digno de um roteiro cinematográfico vencedor do Oscar, dizem que parte dos recursos eram utilizados para financiar orgias regadas a anfetaminas em cenários paradisíacos, financiamento a políticos e compra de posicionamento de personalidades.

Mas sim, um gigante ruiu e com isso levou a credibilidade do mercado institucional embora.

Tecnicamente e filosoficamente nenhuma alteração com esse episódio, mas com o dinheiro de investidores institucionais o baque de preços era inevitável.

E o mundo do dinheiro institucional é cegamente movido por uma regrinha imbecil digna de crianças de quinta série: para eles tamanho é documento. E para muitas pessoas físicas, inconscientemente, também…

A FTX comprou sua respeitabilidade de forma ilegal, assim como ocorre por diversas empresas em diversos setores da economia. Ficou grande e ganhou o status de gigante. Atraiu a atenção e os famosos e reconhecidos fundos de investimento de risco do vale do silício que cobram taxas de administração altíssimas aportaram irresponsavelmente os recursos dos seus clientes na FTX. Digo irresponsavelmente porque ao invés de usarem seu grande intelecto e planilhas quânticas de análises blá-blá-blá eles simplesmente assinam o cheque. Melhor estar dentro em caso de sucesso do que arriscar a perder a bocada… due diligence que é bom ninguém faz (dá trabalho e no final o importante é parecer e não ser). Uma vergonha, um escândalo (mas essa parte ninguém notou). Mas enfim, assim o castelo vai sendo construído… com o reforço de reputação o lobby vai sendo reforçado e aparentemente o castelo de cartas vai se erguendo com bases sólidas presas ao angu quente. Fundos de todo o mundo, assim como aquelas empresas investidoras de risco, com o seu selo lindão de instituição financeira regulada anuncia seus fundos regulados no mercado promissor de Criptomoedas e coloca o dinheiro dos seus clientes aonde??? Acertou… por isso corpos ainda aparecerão boiando na praia e a cascata de cartas do mundo institucional ainda vai balançar bastante… e as pessoas físicas com seu dinheirinho vão junto… a culpa é de quem???? Das Criptomoedas, claro… a turma que não faz o seu trabalho é inocente (contém ironia).

Aqui faço um alerta: em novos mercados, cuidados com os alertas de grandes instituições sobre os riscos dos pequenos… Para fazer a gestão de recursos em Criptomoedas o maior risco está justamente nesses elefantes brancos que não gastam esforços se aprofundando no tema, fazendo due dilligence e vão na onda do oba oba e ainda seguem desdenhando dos pequenos sérios que sabem o que fazem… em resumo: se o assunto é Criptomoedas fuja de nomes como Itaú, XP, BTG e mesmo fundos de investimentos de outras gestoras onde não se tenha acesso à transparência do que verdadeiramente acontece por trás daquelas cotas…. outra alerta, não menos válido é cuidado também com aqueles que “dizem matar a cobra e não mostram o pau”… não basta divulgar que os ativos dos clientes são segregados dos ativos da empresa e que no que é de cliente ninguém mete a mão… tem que mostrar e hoje o melhor meio disso é com uma prova de reservas (auditoria externa). Após o tombo da FTX, muitas Exchanges, inclusive das maiores do Brasil, saíram com publicidade para acalmar seus clientes falando exatamente isso, como elas são seguras… mas ninguém comprovou….

Não creio que a HashInvest seja a única empresa desse setor no mundo a ser honesta e realmente não brincar com os ativos dos clientes. Mas tenho certeza que é a única do Brasil, que desde a sua fundação há mais de 5 anos, apresenta periodicamente e consistentemente relatórios de asseguração de saldos por empresa de auditoria externa independente credenciada à CVM (https://www.taticca.com.br/pt-br/)

Esse evento recente envolvendo a FTX deve provocar uma nova onda regulatória em todo o mundo. No Brasil, inclusive, temos um projeto de lei que já tramitou nas duas casas legislativas e falta apenas a última aprovação na câmara federal para seguir para sanção presidencial. Antes das eleições desse ano esse projeto de lei foi escanteado, porém passadas as eleições e o “escândalo FTX” o projeto de lei está novamente pautado na câmara federal para essa semana do dia 20 de novembro. Regulação não resolverá todos os problemas e não existe bala de prata.  Mas pelo menos ajuda a minimizar e a intimidar os picaretas o que tende a ser positivo para o desenvolvimento do mercado e por isso nós, na HashInvest, somos favoráveis à regulação do setor no Brasil e no mundo (desde que uma regulação positiva como tende a ser a que está em discussão no Brasil).

O Bitcoin e as Criptomoedas têm características inovadoras que permitem a auto custódia. Sempre divulgamos e alertamos que a forma mais segura seria cada um cuidar dos seus próprios ativos e dos riscos de deixar ativos em Exchanges. Porém a auto custódia não é trivial. Melhor do que fazer besteira sozinho é achar um parceiro em que possa confiar: daí nasceu a HashInvest, primeira gestora profissional de Bitcoin e Criptoativos do Brasil democratizando o acesso aos brasileiros a esse novo mercado de grande potencial com transparência e segurança.

Ser honesto, transparente e pensar efetivamente nos clientes tem um preço alto comercialmente. Não prometer retornos, não fazer lobby politicamente, não se prostituir no mercado financeiro e não brincar com os ativos dos clientes fecham portas em nossas caras diariamente, implicam em desafios burocráticos e dedicação constante. Crescemos lentamente e organicamente com base naqueles fieis clientes que compreenderam o potencial e a importância do Bitcoin e Criptoativos em suas carteiras de investimentos e compartilham da nossa trajetória. É devagar, com dificuldades e tormentas, mas sempre em frente… Nós na HashInvest dormimos tranquilos sabendo que sempre existirá o dia de amanhã, que o longo prazo é logo ali após o somatório de um dia de cada vez e nós e nossos clientes lá estaremos quando esse momento chegar (e veremos gigantes que outrora foram inspiração de muitos ficarem pelo caminho… (AtlasQuantum, BitcoinBanco, FTX já são passado).

Obs: Este artigo é uma réplica da Newsletter da HashInvest disponibilizada por e-mail e publicada aqui com alguns dias de defasagem. Quer receber a Newsletter na íntegra? Assine inserindo o seu e-mail abaixo:


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