Atendendo a um pedido especial, o texto de hoje fala sobre como ficam seus investimentos com a HashInvest em episódios de totalitarismo e autoritarismo ditatorial, como infelizmente presenciamos nas semanas que antecedem esse texto.
Caso de coisas como vistas no Canadá por exemplo, onde as contas bancárias de doadores de recursos para o comboio de caminhoneiros que protestavam a favor da liberdade foram confiscadas, com direito a decreto de estado de emergência e tudo mais.
Não precisa nem ir longe… Essa semana que passou, aqui no Brasil, num rompante digno de um ditador, um togado supremo determinou o bloqueio do aplicativo de mensagens Telegram (já voltou atrás)… Enfim, o que acontecerá se um ser supremo e iluminado decidir confiscar seus investimentos?
Agora, imagine que o Brasil seja sancionado de modo similar a Rússia por “negligência climática” ao falhar em “salvar a Amazônia”. Basta que a mídia mundial resolva achar que isso é uma verdade para que milhares de NPCs coloquem a bandeirinha do Brasil ao lado de seus nomes nas redes sociais e que nossa vida vire um inferno sem direito a contraponto.
Você acha que seu dinheiro no banco está a salvo? Enfim, seus Reais são de fato a coisa mais frágil em sua carteira e não precisamos voltar além de 1989 para você saber do que estou falando, o tema de hoje são os ativos digitais, como eles ficam?
Por óbvio que não posso ser hipócrita. A auto custódia em cold-wallets é sempre a alternativa mais imune a esse tipo de coisa. Ponto final. É muito bonito defender a auto custódia, mas essa discussão é via de regra superficial. Existem inúmeros aspectos a serem mapeados, como por exemplo a sucessão, em que provavelmente será necessário adicionar um terceiro ao esquema de segurança, o que coloca por terra boa parte dos argumentos de seus defensores.
Suas moedas com a HashInvest, atualmente, estão em um meio termo interessante, numa situação significativamente mais confortável do que em exchanges e muito mais confortáveis que em ETFs ou fundos de investimentos convencionais facilmente censuráveis.
Cada alternativa possui seus pontos a favor e seus pontos contra. A escala funciona assim, do melhor para o pior e vou explicar um pouco cada ponto.
1 – Auto-custódia
A favor: É ideal para quem tem tempo e intimidade com a tecnologia. Se você sabe o que está fazendo e vai cuidar de suas chaves com segurança a auto custódia em carteiras frias é a solução ideal.
Contra: Muita gente não sabe o que está fazendo, não faz a guarda das chaves de modo a conseguir recuperá-la num futuro ou guarda sem segurança, em arquivos frágeis, carteiras duvidosas. O brasileiro médio definitivamente não está habilitado para fazer auto custódia.
2 – Carteira Administrada (HashInvest)
A favor: Se você não tem tempo ou intimidade com a tecnologia é uma excelente solução. O seu gestor irá comprar, cuidar e vender duas moedas de modo profissional sem nenhuma complexidade.
Contra: Existe um intermediário e um custo associado ao serviço.
3 – Exchange
A favor: São as ferramentas mais completas para comprar e vender. Não existem custos de custódia associados.
Contra: São relativamente complexas. Requerem um bom entendimento do funcionamento do mercado, livros de compra, livros de venda, profundidade de mercado, slipgage e etc. Frequentemente protagonizam escândalos envolvendo rombos, ataques hacker e mais recentemente censura de fundos pelas próprias exchanges. São os grandes alvos das autoridades.
4 – ETFs
A favor: Não existem pontos a favor. Fazendo uma tremenda ginástica intelectual, talvez o fato de ser comprável a partir das plataformas das corretoras seja uma vantagem.
Contras: Custos altíssimos mascarados e pouco transparentes. Facilmente censuráveis por estarem integrados ao sistema financeiro tradicional.
5 – Fundos
A favor: Nenhum ponto a favor.
Contra: Tempos de cotização extremamente dilatados, estrutura de custos pouco transparente e cara financiada pelos clientes. Pagam altas comissões aos agentes pelo trabalho comercial. O pior do mundo das Criptomoedas associado ao pior do mundo legacy. Facilmente censuráveis por estarem integrados ao sistema financeiro tradicional.
Falando sobre a censura e o confisco de dinheiro
Atualmente de Fundos e ETFs podem ser bloqueados instantaneamente de forma online com a senha do juiz executor utilizando o sistema chamado SisbaJud (antigo BacenJud). Se sua preocupação é o bloqueio de bens, fuja de Fundos e ETFs.
No Brasil o mercado de Criptoativos ainda não é regulado. Diversos projetos que falam sobre a regulação estão em discussão e a coisa avança até que em velocidade razoável, mas ainda não temos uma clareza maior.
Ao que tudo indica, a responsabilidade está sendo passada ao Banco Central, que já tenta delegar parte do pepino para a CVM, que frequentemente lava suas mãos. Caso se confirme, é muito provável que exchanges passem a integrar o SisbaJud e o confisco e bloqueio venha a ser feito de modo similar aos fundos e ETFs, diretamente nas corretoras.
Quanto a gestoras como a HashInvest, a definição se dará apenas depois de a regulamentação final estiver redigida com clareza. No modelo de carteiras administradas individuais (que é o que operamos), temos uma procuração dos donos das moedas (clientes) para mover os fundos conforme os termos dos serviços contratados, o que não necessariamente implica em exclusividade da gestão desses fundos.
Certamente que uma eventual entrada da HashInvest no SisbaJud irá exigir uma reformulação do modelo de custódia, o que seria mercadologicamente avaliado quando esse dia chegar, mas hoje, em Março de 2022 e no futuro próximo, esse bloqueio automático não é possível.
Um pedido de bloqueio judicial convencional possui prazos que um cliente devidamente esclarecido pode usar a seu favor quando e se for o caso.
Saque em Criptomoeda
Uma função pouco utilizada pelos nossos clientes é o saque em Criptomoeda. A HashInvest permite o saque de seus investimentos em BTC, ETH ou USDT. Qualquer investimento pode ser convertido para uma dessas moedas e movidos para a carteira do cliente.
Em caso de cheiro ruim, noticiário ruim e expectativas de medidas autoritárias, esse pode ser um recurso valioso a ser utilizado pelos nossos clientes.
Nosso viés a favor da liberdade
A HashInvest existe com o propósito de democratizar o Bitcoin e o investimento em Criptomoedas a qualquer pessoa, não importando do seu grau de conhecimento do mercado de criptomoeda, intimidade com a tecnologia ou tempo disponível, este último, o principal motivos pelo qual temos muitos clientes.
Engenheiros, médicos, advogados, desenvolvedores preferem usar seu tempo livre com suas famílias, hobbies e descanso ao invés de ficarem logados numa Exchange fazendo trades.
Existe uma grande diferença entre um banco e a HashInvest. Nós não estamos ao lado do Estado, nós estamos ao lado das pessoas.
Dentro da linha da legalidade, sempre que houver a remota possibilidade de favorecer aos clientes em detrimento do Estado, haverá essa postura, e esse é um compromisso de todos dentro de nossa empresa.
Por fim, em um cenário hipotético que inviabilize a operação das HashInvest, uma decisão proibindo ou criminalizando os Criptoativos por exemplo. Suas moedas que estão conosco são… Suas. Haveria a transferência de nossa custódia para uma carteira sua, seja numa Exchange fora, seja numa cold-wallet, mas enfim, não haverá perda de patrimônio devido a confisco.
Próximos capítulos
Hoje eu invadi o tema do Gerson, que acompanha de perto cada passo que se dá no sentido da regulação. Hoje, clientes HashInvest podem dormir tranquilos com seus Criptoativos aqui custodiados, o mesmo não pode ser dito a quem optou pelos caros e pouco eficientes produtos ofertados na B3.
Sempre fomos e sempre seremos transparentes e estamos perfeitamente cientes de que os cenários que definem a regulação dos Criptoativos mudam a cada dia. Qualquer mudança nesse cenário que possa ter impacto sobre qualquer cliente será devidamente comunicada, debatida e esclarecida.