Já comentei neste espaço sobre computadores quânticos e a suposta ameaça que esta nova tecnologia seria para as criptomoedas. Na época, fiz questão de deixar claro que o poder de processamento muitas vezes maior não seria somente um risco às moedas digitais, mas a qualquer sistema online que usasse criptografia, ou seja, quase todos.

Além disso, mesmo que ainda bastante distante de aplicações reais, já existem métodos que garantem a segurança das redes até mesmo contra essa nova tecnologia. Assim, as redes atuais teriam que passar por um processo de atualização, mas continuariam seguras.

Para acabar de vez com essa discussão, um artigo publicado recentemente avaliou os meios como um computador quântico poderia ser usado para atacar uma rede pública, como o Bitcoin, e quantos qubits (unidade básica de processamento dos computadores quânticos) seriam necessários para tal.

Esta pesquisa indica que uma das formas possíveis de ataque seria usando um computador quântico na mineração de Bitcoins. Neste tipo de roubo, uma transação poderia ser apagada dos registros após o processamento. No entanto, para tal, a nova tecnologia teria que ter, sozinha, poder de processamento superior a todo o restante da rede, algo ainda não demonstrado viável. Portanto, apesar de possível não se trata de uma ameaça real.

Na segunda forma de ataque, ladrões descobririam a chave de privada (algo como a senha para movimentações) e conseguiriam desviar transações do seu objetivo original. Nesse esquema, o computador quântico teria que ser capaz de encontrar a chave privada entre o instante em que a transação foi publicada e o momento em que ela foi processada pelo blockchain. Um intervalo que normalmente leva entre dez minutos e uma hora. Segundo cálculos dos especialistas, para realizar esse feito em dez minutos, seriam necessários 1,9 bilhões de qubits. Em uma hora, 317 milhões qubits.

A título de comparação, em 2021, a IBM anunciou que conseguiu criar um computador com 127 qubits, valor duas vezes maior que o alcançado anteriormente por outros laboratórios que estudam o tema. Ou seja, para que se torne de fato um risco, teríamos que ter computadores quânticos dois milhões de vezes mais poderosos do que temos hoje. Algo que deve demorar muito para acontecer devido à instabilidade desses sistemas e a dificuldades para utilizá-los em aplicações reais.

Assim, o risco de roubo das suas criptomoedas é muito mais real se você não tiver conhecimento sobre como mantê-las seguras do que se uma tecnologia do futuro, sob a qual ainda nem se tem controle, for utilizada. Felizmente, para o caso mais provável, existem empresas como a HashInvest, que podem te ajudar.

Obs: Este artigo é uma réplica da Newsletter da HashInvest disponibilizada por e-mail e publicada aqui com alguns dias de defasagem. Quer receber a Newsletter na íntegra? Assine inserindo o seu e-mail abaixo:


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