Surgida inicialmente com fins militares em 1989, a internet se espalhou pelo mundo, se transformou e transformou o mundo.

Lá nos primórdios, as páginas eram estáticas e não muito interativas. A comunicação entre usuários limitava-se praticamente a e-mails. A partir dos anos 2000 e perdurando até hoje, veio Web 2.0 ou a chamada internet social. Nela, o usuário não é apenas consumidor de conteúdo, mas também criador e parte ativa de um ecossistema.

Existe muita discussão sobre o que podemos melhorar e quais seriam as características da próxima geração, a chamada Web 3.0. Contudo, normalmente os artigos sobre o tema costumam citar inteligência artificial, imersão 3D, ubiquidade (presença em todos os lugares) e, por que não, blockchain e criptomoedas.

Por motivos óbvios, vou falar sobre o último tópico.

Uma das maiores críticas ao modelo atual é excesso de poder e de dados que as corporações têm sobre as pessoas. Elas sabem por onde você andou, com quem falou e, se duvidar, o que pensou. Você conversa sobre férias com um amigo e, no dia seguinte, propagandas de passagens aéreas começam a aparecer.

Além disso, se o Twitter bloqueia um presidente americano que controla um arsenal nuclear, o que nós, meros mortais, podemos fazer?  Por sorte, a natureza descentralizada e incensurável dos blockchains e das criptomoedas podem ajudar a virar o jogo a favor do usuário.

Essas tecnologias permitem, por exemplo, que você faça uma transação financeira para qualquer lugar do mundo sem precisar passar por um intermediário. Pode parecer pouco, mas os impactos vão além da liberdade individual de poder decidir como gastar seu próprio dinheiro. Ao eliminar o intermediário, você não precisa mais preencher e manter atualizado um formulário com seus dados pessoais. São menos informações sobre você disponíveis na rede.

Se a gente extrapolasse esse conceito (eliminação do intermediário) para além de transações financeiras, como troca de mensagens e armazenamento de arquivos, o poder e influência das gigantes de tecnologia diminuiria. Esses dados ficariam armazenados e criptografados em blockchain e não poderiam ser usados para detecção de padrões e aprendizado de máquina se as partes não quisessem.

É por isso que blockchains e criptomoedas são apontadas como tão importantes para a Web 3.0. Estamos falando de devolver para as pessoas o poder sobre seus próprios dados, por mais utópico que hoje isso possa parecer.

Obs: Este artigo é uma réplica da Newsletter da HashInvest disponibilizada por e-mail e publicada aqui com alguns dias de defasagem. Quer receber a Newsletter na íntegra? Assine inserindo o seu e-mail abaixo:


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