Essa semana, ao fazer meu passeio diário por canais de notícia e tecnologia, me surpreendi ao encontrar uma nova combinação de palavras “da moda”. Para deixar claro, quando falo “da moda” me refiro àquelas expressões que caem no gosto de jornalistas e publicitários e que, do dia para noite, começam a aparecer em todos os lugares.

Exemplos destes termos são “gourmet” para se referir a restaurantes que abriram na semana passada mas que já são os melhores da cidade ou “disruptivas” para descrever “startups” (outra palavra da moda), que nunca deram lucro mas que já revolucionaram o mundo. Pois bem, a minha descoberta foi encontrar um startup disruptiva de inteligência artificial em blockchain. Isto mesmo: inteligência artificial em blockchain para resolver todos os problemas da humanidade.

Admito que até então nunca tinha pensado na união destas duas tecnologias, mas em minha defesa posso dizer que elas não combinam muito bem. Isto porque inteligência artificial precisa de grande poder de processamente e blockchains até hoje não se mostraram muito bons nesse quesito. O exemplo clássico é o jogo de gatinhos que sobrecarregou a rede do Ethereum alguns anos atrás. Outra diferença básica está na estrutura destas tecnologias, pois métodos de inteligência artificial normalmente são treinados de forma centralizada e blockchains são descentralizados por natureza. Resumindo, as tecnologias não têm uma afinidade natural.

Logicamente isto pode mudar: com o tempo blockchains processarão mais dados e novos métodos de inteligência artificial surgirão. Mas se isto virar realidade, a manchete está adiantada em alguns anos.

A notícia, no caso, tratava de uma empresa chamada de SingularityNET (startup disruptiva de inteligência artificial em blockchain) que anunciou uma parceria com a Cisco, empresa americana que fornece soluções de telecomunicações. Pesquisando um pouco sobre a SingularityNET, descobri que eles já fizeram também uma parceria com uma divisão da Domino’s Pizza na Ásia para revolucionar a cadeia de suprimentos, porém até hoje ninguém sabe qual foi o ganho real desta união.

Sobre esses anúncios de parcerias, todo mundo sabe como é a dinâmica: a empresa pequena faz um estardalhaço, mas o que será desenvolvido pode não ter a mínima relevância para a empresa grande.

Voltando a SigularityNet, o objetivo é criar um ambiente de comércio e processamento de algoritmos de inteligência artificial para difundir técnicas que hoje estão concentradas nas mãos de grandes coorporações, como Microsoft, Google etc. De fato esta não é uma ideia ruim, pois estas grandes empresas realmente sufocam pequenas concorrentes, que não tem como ofertar seus produtos na mesma escala. Só não entendi porque esse projeto PRECISA ser em blockchain.

É óbvio que não sou contra testar o uso de blockchain com outras tecnologias. Acredito inclusive que desse processo de tentativa e erro, surgirão as futuras gigantes do setor com atuações em áreas que até hoje ninguém consegue imaginar. Por isso, valorizo modalidades de investimento como o HASH5, que removem o viés da opinião pessoal, na construção da carteira de investimentos. Assim, mesmo que eu esteja completamente errado sobre a SingularityNET e a empresa se torne realmente disruptiva e uma gigante pioneira do setor de inteligência artificial em blockchain, os meus retornos virão com o HASH5.

Obs: Este artigo é uma réplica da Newsletter da HashInvest disponibilizada por e-mail e publicada aqui com alguns dias de defasagem. Quer receber a Newsletter na íntegra? Assine inserindo o seu e-mail abaixo:


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