Em textos passados aqui de nossa Newsletter falei bastante sobre o fluxo de dinheiro institucional que pode entrar no mundo das Criptomoedas e multiplicar por muitas vezes o tamanho desse mercado (aliás, a Bakkt começou seus testes agora no dia 22), mas o varejo também tem o seu poder.
Recentemente falei que a Libra (Criptomoeda do Facebook) pode ser uma oportunidade de tracionar o Bitcoin no varejo e hoje trago melhores notícias para o investimento de longo prazo no Bitcoin e demais Criptoativos, de novo vindas do varejo.
Cada geração tem seus investimentos favoritos. A geração de meus pais se encantava com os imóveis, afinal, tijolo representava segurança e um imóvel é sempre um imóvel.
A turma que está na casa dos 40 está revivendo nesse exato momento aquela euforia que se instalava na Bolsa após os ânimos se acalmarem depois que o Lula assumiu a presidência em 2003 (só lembre que se 2003 está se repetindo, 2008 pode também se repetir…).
Millenials e a geração Z gostam de Criptomoeda. Isso é um fato, isso não é invenção. Basta ver que no Brasil o número de investidores (CPFs) na Bolsa é praticamente o mesmo número de pessoas cadastradas nas exchanges de Criptomoedas, com a diferença que estamos falando de um mercado centenário contra um mercado recém nascido. Ambos possuem cerca de 1 milhão de investidores (um pouco mais).
Saindo do Brasil, jovens americanos, japoneses e sul-coreanos caíram nos encantos do Bitcoin, do XRP, do Ethereum e por aí vai… O investimento em Criptoativos é a escolha dos jovens.
Nessa semana que passou o CEO da Grayscale, uma grande gestora de Criptoativos (com mais de USD 2,8 Bilhões sob gestão) fez sua interação de meio de ano com os investidores e chamou a atenção para um ponto bastante interessante e muito positivo para o Bitcoin e demais Criptoativos, que é a grande transferência geracional de patrimônio.
A geração que os americanos chamam de “Baby Boomers” (nascidos pós segunda guerra mundial), tecnicamente falando de 1951 a 1969 está começando a se aposentar. Essa geração foi a mais bem sucedida em acúmulo de patrimônio e são estimados que eles possuam cerca de USD 68 Trilhões em ativos (investimentos, imóveis, ouro, obras de arte e etc).
Fonte: Seminário da Grayscale
O resumo da história é que nos próximos 25 anos o grosso de dinheiro vai trocar de mãos justamente para os millenials e para a geração Z, as duas gerações que possuem simpatia pelo Bitcoin e demais Criptoativos.
Obviamente não é razoável se esperar que todo esse dinheiro vá para o mercado de Criptoativos, mas do mesmo modo não é de se esperar que a geração Internet não transfira uma boa porção dessa riqueza para o dinheiro mágico da Internet com o qual eles tanto se identificam.
A opinião de Silbert é compartilhada por Max Keiser, um ex-garoto de Wall Street e hoje um senhor que se tornou meio profeta, que recomenda a compra de Bitcoin desde que o mesmo valia menos de 1 dólar. Keiser prevê que o fluxo de dinheiro para dentro do Bitcoin pode vir a ser de 25 a 30 vezes mais rápido do que o fluxo que foi visto no Ouro visto de 2000 à 2011, o grande rally do metal precioso.
Fonte: goldprice.org
O mercado inteiro de Criptoativos hoje está em meros USD 280 Bilhões de dólares, ou seja, mais de 240 vezes menor do que a soma que será transferida para as novas gerações. Pense que 10% desse dinheiro for para dentro do mercado de Criptoativos isso multiplicaria esse mercado em 25 vezes, e 10% chega a ser razoavelmente conservador, esse número pode eventualmente ser ainda maior.
Some esse tsunami de dinheiro com a entrada dos players institucionais e veja o privilégio que é poder entrar nesse mercado enquanto ele é insignificante. As grandes mudanças não vão acontecer do dia para a noite, mas estamos discutindo uma muito promissora oportunidade de multiplicação de patrimônio no longo prazo.