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Blog da HashInvest

A promessa dos Smart-Contracts e suas Criptomoedas

Postado em 23/04/2019

Nome do Autor luis

Hoje ponho um pé fora dos investimentos e avanço sobre a tecnologia com objetivo de te fazer entender os tais smart-contracts (e consequentemente porque você deve investir em Ethereum).

No mundo das Criptomoedas as plataformas de contratos inteligentes, os tais smart-contracts são sem dúvida o maior vetor de projetos. Ethereum, NEO, NEM, Cardano, Tron e mais uma infinidade de redes prometem ser a revolução dos contratos inteligentes.

Afinal, o que são os Smart-contracts?

Agora, difícil alguém te explicar o que são os tais smart-contracts sem gaguejar, até porque 99% dos autoproclamados especialistas em blockchain não fazem ideia do que sejam os smart-contracts.

Sem rodeios, um contrato inteligente nada mais é que um programa de computador, ou seja, um código que produz saídas determinísticas a partir de regras programadas. O nome de contrato inteligente é dado porque geralmente as entradas e saídas estão conectadas ao mundo “real”.

Nick Szabo, pioneiro das Criptomoedas e responsável por cunhar o termo na década de 90 ilustrou um exemplo simples de contrato inteligente, a famosa vending machine. Você coloca uma nota de dinheiro (entrada do mundo real), o software reconhece e em troca te entrega uma lata de Coca-Cola (saída no mundo real). Houve uma transação (um contrato) realizada por um software de computador que interagiu com o mundo real.

De uns anos para cá uma tendência tem crescido, as tais APIs (acrônimo para Interface de programação de aplicações), em bom português, quase qualquer informação pode ser consultada via web. A tal API padronizou a forma como máquinas (computadores) podem consultar essas informações na Internet.

Tem API pra tudo, previsão do tempo, cotação de moedas, reconhecimento facial e etc. Os bancos estão abrindo suas plataformas e criando suas APIs para que terceiros criem aplicativos e por aí vai.

No mundo dos smart-contracts as APIs tem um nome diferente, elas são chamadas de Oráculos. Um Oráculo é um serviço que disponibiliza uma informação para a execução de um contrato.

Vamos a um exemplo básico. Suponha que programei um “contrato inteligente” para regar minha planta, ou seja, tenho um computador plugado a um solenoide que está ligado em uma torneira. O programa do contrato diz que toda quarta-feira às 10 da manhã ou todos os dias em que a temperatura passar de 35 Celsius ele deve despejar 200ml de água no vaso (ou seja, ligar o solenoide por 15 segundos e depois desligá-la). Nesse caso, eu preciso de dois “Oráculos”. Um para me informar a hora certa e outro para me informar a temperatura na minha cidade.

IFTTT – Uma pataforma centralizada para smart contracts.

Aplicações dos Smart-Contracts

Agora que você sabe o que é um smart-contract e um oráculo, podemos avançar para o mundo das Criptomoedas. O problema que os smart-contracts em blockchain se propõem a resolver é o da confiança, ou seja, os contratos inteligentes em blockchain se executam alheio à vontade das partes interessadas.

Vamos a mais um exemplo hipotético que ilustra bem a proposta: A compra e venda de um carro. Sempre existe o problema do ovo e da galinha. Se eu pagar o proprietário, existe o risco de ele sumir com meu dinheiro e nunca transferir a propriedade para mim. Do outro lado, existe o risco da transmissão da propriedade para mim e eu nunca pagar o dinheiro ao vendedor.

Suponha que o sistema de registro de propriedades de automóveis esteja conectado a Internet via API. Agora vamos criar nosso smart-contract em blockchain. Ele está conectado a dois oráculos, o sistema bancário e o sistema do Detran.

A regra do contrato será simples: Se às 16:00 houver uma transferência do CPF xxx para o CPF YYY no valor de R$ zzz, altere a propriedade do caro NNN.

Se esse contrato está em blockchain, a questão da confiança foi resolvida. O vendedor pode transacionar com o comprador e as partes não precisam confiança entre si (claro que o exemplo é hipotético e o cara pode sumir com o carro, mas o objetivo é explicar um smart contract).

A premissa é que os Oráculos são honestos, ou seja, a API que fornece dados sobre as transferências bancárias é honesta e nunca vai entregar informações falsas.

O mundo de aplicações é vasto e muita gente vê os smart-contracts como uma revolução que pode dar eficiência e eficácia a contratos que hoje estão no papel. Desde o comércio internacional, fornecimento, aluguel e etc. De fato as possibilidades são inúmeras.

Um exemplo da vida real que gostei bastante foi à aplicação de um contrato inteligente ao mercado de seguros. Esse exemplo não está conectado a nenhum blockchain e é necessária confiança na empresa que criou e mantém o contrato, mas ilustra bem uma aplicação.

Uma companhia aérea francesa criou um aplicativo conectado ao sistema de controle de voos do governo francês (o Oráculo nesse caso). A cada X minutos de atraso no vôo, o contrato libera um novo tipo de compensação ao passageiro sem que esse precise ir atrás de sua reparação.

Como exercício, vamos imaginar esse smart-contract rodando em bockchain. A primeira constatação é que um contrato dessa natureza rodando em blockchain poderia virar “lei” e se tornar obrigatório alheio à vontade das companhias aéreas, pois o contrato se executaria de forma automática.

Imagine que as empresas aéreas sejam obrigadas a fazerem um depósito caução em Criptomoeda para o contrato e este iria transferindo as moedas da propriedade da companhia aérea para o passageiro lesado de forma autônoma, automática e totalmente alheia à vontade do pagador. Certamente seria um tremendo estímulo a pontualidade dos voos ao redor do mundo.

Enfim, o pulo do gato das redes de smart-contracts em blockchain é justamente a execução automática sem a necessidade da confiança ou anuência entre as partes. A Criptomoeda associada à rede serve remuneração pela execução dos contratos, ou seja, para executar um contrato é necessário “pagar” à rede uma tarifa, na Criptomoeda nativa da rede. Daí deveria vir o valor dos tokens associados às redes de smart-contracts.

Então, vamos pegar o exemplo do Ethereum e sua moeda Ether (ETH). O Ether é a Criptomoeda utilizada para remunerar a rede Ethereum pela execução de programas em seu blockchain.

Qualquer pessoa pode programar um código de computador (smart-contract) e fazer o upload desse contrato para o blockchain do Ethereum, que vai exigir um pagamento em Ether (ETH) para que seja executado.

Até o presente momento a demanda por smart-contracts é um sonho e o valor das Criptomoedas associadas a essas redes tem sido dado pela especulação de que um dia haverá uma demanda brutal pelos tais contratos.

É cedo para dizer se haverá ou não essa demanda dessas Criptomoedas, mas todo o conceito por trás dos smart-contracts faz muito sentido e muito provavelmente o processo de automação das coisas só vai andar pra frente.

Na HashInvest você pode investir em ETH diretamente ou em HASH5, o índice que engloba as 5 maiores Criptomoedas do mercado em um único investimento, do qual o ETH faz parte.

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O que é, o que é… 

O que é, o que é… 

…acontece a cada quatro anos, deixa muita gente com os nervos à flor da pele e vai se repetir em 2024? 

Se você curte esportes, a resposta óbvia seria Olimpíadas, mas admito que não sou muito engajado nessa área. Para mim, o evento mais importante de 2024 é o Halving do Bitcoin. 

Este evento reduz pela metade a taxa com que novos Bitcoins são criados e a próxima vez que isto acontecerá será em abril de 2024. Isto porque estes eventos estão programados para ocorrer a cada 210.000 blocos (intervalo em que as transações de Bitcoin são processadas e publicadas).  Como cada bloco é gerado em média a cada 10 minutos, temos 144 blocos por dia. Então, em 1.458 dias ou pouco menos de 4 anos, temos um Halving e, o próximo, cairá aproximadamente em 26 abril de 2024. 

A partir desse dia, serão criados 3,125 Bitcoins a cada 10 minutos, frente aos 6,25 gerados atualmente. Isso significa que a oferta anual de novos Bitcoins será de cerca de 164.250, o que representará uma taxa de inflação de 0,88% (melhor que praticamente todos os países).  

Mas se todo mundo sabe quando e o que vai acontecer, por que tanta expectativa? 

Bom, nas 3 ocasiões anteriores em que tivemos um Halving, tivemos também um ciclo de alta bastante respeitável e que durou em média um ano e meio. 

O primeiro Halving foi em 28 de novembro de 2012 e, na sua sequência, tivemos uma valorização de mais de 8.000%. O preço do Bitcoin passou de USD 12 para mais de USD 1.000 ao final de 2013. 

O segundo Halving ocorreu em 9 de julho de 2016 e foi seguido por um aumento de mais de 2.000%, levando o preço de USD 650 para quase USD 20.000 no final de 2017. 

No terceiro e mais recente Halving, ocorrido em 11 de maio de 2020, o Bitcoin era cotado a USD 8.800. Em abril de 2021, o preço chegou a USD 64.000, ou uma valorização de 800%. 

A justificativa mais comum é de que o Halving causa uma redução na oferta de moedas no mercado, enquanto a demanda permanece constante. Seguindo as aulas de macroeconomia, isto faz os preços aumentarem. Faz sentido, mas a meu ver, demoraria um pouco para sentir os efeitos dessa escassez e a escalada nos preços não seria tão íngreme. Além disso, nos ciclos anteriores que eu presenciei, se falou muito pouco sobre o Halving ou mesmo sobre o Bitcoin em si. 

Por exemplo, o ano era 2016 e tivemos a febre das ICOs, com novas criptomoedas disruptivas sendo lançadas quase que diariamente. Em 2020, vieram os NFTs e os memes que eram vendidos por milhares de dólares. O fato é que ninguém lembrava do Halving e as pessoas estavam muito mais interessadas em outras criptomoedas/blockchains do que no próprio Bitcoin. 

De qualquer forma, seja pela diminuição da oferta, seja por trazer mais atenção para o mercado das criptos e seus projetos, historicamente, o Halving foi seguido por um ciclo de prosperidade para todo mercado das criptomoedas. Tomara que em 2024 não seja diferente.  

As dores do crescimento

As dores do crescimento

Feliz 2024, um ano que promete muitas emoções e alegrias aos stakeholders do mundo Cripto. Para uns mais emoções e para outros mais alegrias… Se você está lendo esse artigo ou simplesmente habita o planeta Terra, de alguma forma mesmo que indireta você está no grupo dos stakeholders. Não adianta mais ignorar ou negar, até os governos já ultrapassaram esta etapa!

As dores do crescimento que são comuns em crianças e adolescentes, independente de qualquer fator exógeno como cultura ou hábitos, costumam se manifestar na fase de maior crescimento ósseo, o chamado estirão.

A dor de crescimento não tem relação científica diretamente ligada às fases de crescimento físico. No entanto, ela é considerada como uma forma de identificar uma dor benigna e diferenciá-la de diversos outros problemas que causam dor em crianças.

Uma analogia dessa dor do crescimento pode ser aplicada como uma luva ao estágio de maturação do Bitcoin e de todo o ecossistema que começou a surgir a partir dele. Não existe uma relação científica e nem se trata de ciência exata. Os detentores do monopólio, seja das leis ou do dinheiro, descobriram que as tentativas de eliminar o Bitcoin e suas consequências ainda na primeira infância foram inúteis e quanto mais tentavam mais nutriam o jovem bebê. As tentativas de matar “o mal” ainda na semeadura foram muitas em diversos países; proibição, discriminação e perseguições   aconteceram de forma reiterada.

O bebê cresceu e superou com louvor as adversidades da primeira infância. Nosso pré-adolescente, teimoso e rebelde (nada diferente dos pré-adolescentes e adolescentes) está crescendo a olhos vistos e não resta outra alternativa ao patriarcado estatal tentar impor limites para manter essa jovem criatura em efervescência dentro do que ele, Estado, considera limites razoáveis dentro dos seus próprios interesses.

O aprendizado dessa conturbada relação entre governos, amigos do rei (aqui incluímos políticos, banqueiros, grandes investidores institucionais etc…) e adolescentes prodígio certamente não é fácil e acarretará em dores do crescimento ao nosso jovem mercado.

Logo na largada de 2024, ao melhor estilo das novelas mexicanas dos anos 80, tivemos a aprovação dos ETFs à vista de Bitcoin na maior economia do mundo. Foi um longo processo cheio de idas e vindas, vazamento de informações, fake news, fake news que não era fake news etc etc etc Fato é que conturbado, dolorido e longo processo a maior economia americana abriu as portas aos grandes investidores institucionais do mundo. O ETF da Blackrock foi um sucesso, isso apenas em comparação ao lançamento de todos os ETFs históricos dos Estados Unidos. Mas não passou de um cartão de visitas do que poderá vir a ser nos próximos anos. Não se supera uma fase importante da vida como a adolescência num passe de mágica, foram apenas criadas as condições para o burocrático e lento processo de migração do dinheiro grande de outros ativos para o Bitcoin. Não existem garantias que o nosso quase adolescente superará a adolescência e se tornará um jovem e saudável jovem adulto, entretanto sabemos que os antigos inimigos (como o governo americano, por exemplo) se tornarão protetores uma vez que um colapso de um ativo (quando relevante) impactará não só os amigos do rei como também os Estados Nações.

No Brasil, de forma menos relevante em termos de impacto no Bitcoin em si, mas relevante para nós tupiniquins, também estamos num processo de amadurecimento institucional e muito provavelmente com dores do crescimento que podem via a ser maiores ou menores. Com o chapéu da pessoa física, tivemos no final de 2023 a sanção da lei de taxação dos “super ricos”, como foi chamada a lei de taxação de ativos no exterior e fundos exclusivos fechados no Brasil. Nessa lei foi incluída uma tributação de 15% sobre os lucros em operações com Criptoativos no exterior. Mas não me pergunte o que isso significa, pois na lei nossos legisladores não sabiam a resposta e decidiram que a secretaria especial da Receita Federal iria regulamentar sobre esse “detalhe”. Já a Receita Federal divulgou um perguntão para esclarecer a respeito dessa nova lei e tem uma pergunta e resposta bastante esclarecedora… segue o print:

Do lado institucional, com potencial impacto indireto para as pessoas físicas, tivemos a aprovação da lei que ficou chamada como marco legal dos Criptoativos (lei 14.478/22) em dezembro de 2022. A lei, conforme decreto posterior da presidência da república, instituiu o Banco Central do Brasil como órgão regulador do setor. O Bacen levou um ano, apenas no final de 2023, para divulgar sua primeira consulta pública sobre o tema. Em resumo, 2024 tende a ser o ano da efetiva regulamentação das empresas do setor no Brasil. Considerando o prazo da morosidade das instituições públicas e uma fase de adaptação e transição, certamente não antes de 2025 teremos uma regulação em vigor.

Enfim, dores do crescimento para todos. As dores do crescimento não são ciência exata, não tem relação científica com o crescimento, mas são dores benignas e inerentes ao processo de evolução e crescimento.

Se você está esperando a adolescência passar para “entrar” nesse mercado, lembre-se que a oferta de Bitcoin é limitada e gradativamente com o dinheiro dos institucionais chegando ocorrerá um desequilíbrio entre oferta e demanda. Cabe a você decidir se quer deixar a janela de oportunidade fechar antes ou depois de você passar por ela, as dores do crescimento não são impeditivas, são apenas um sinal de que a idade adulta está mais próxima…

Feliz e próspero 2024, que você esteja no seleto grupo das emoções com muitas alegrias!

A base de tempo das coisas

A base de tempo das coisas

Se tem algo recorrente em todo início de Bull Market são os falastrões.

Em 2013, quando Bitcoin disparou junto com a crise da Grécia, a narrativa é que todos os bancos europeus iriam colapsar e seria “bitcoin to the mooooon”. Não colapsaram.

Em 2017, as ICOs (Initial Coin Offerings) iriam substituir todas as bolsas de valores relevantes do mundo e as empresas se financiariam de forma totalmente descentralizada direto das pessoas. Não aconteceu, as bolsas centralizadas lentas e demasiadamente reguladas estão aqui e as ICOs viram um supermercado de óleo de cobra.

Em 2021, a narrativa (extremamente imbecil) era do superciclo do Bitcoin, pois assim como a adoção da internet dessa vez a número de usuários e consequentemente os preços seriam em forma de “S” e exponenciariam. Não aconteceu.

Em 2024 a narrativa é que com a liberação dos ETFs e a compra de USD 500 Bilhões pelos árabes iriam promover a chamada “God candle” onde o Bitcoin subiria mais de USD 100 mil em um único dia. Não aconteceu e duvido que aconteça.

Em comum entre todas as narrativas, ciclo após ciclo, o mesmo pano de fundo. Influenciadores digitais “geradores de conteúdo” em desespero por cliques e relevância em meio a iminente perda de hype.

Há 10 anos atrás eu achava que isso era passageiro e que não era possível as pessoas se apegarem as lorotas da internet dessa maneira, tão facilmente. Hoje eu já entendi, é da natureza humana e fico é de olho em qual a lorota da vez. Sempre haverá uma lorota.

Os ETFs em si não são lorota, pelo contrário, possuem de fato o eventual poder de multiplicar o valor do Bitcoin em dezenas de vezes, mas não da forma como foi alardeada pelas paquitas dos gurus com muitos seguidores.

O processo é relativamente lento. São quase uma dúzia de empresas disputando o investimento de fundos de pensão e gestores de recursos e, o investimento dessa turma, nunca é do dia para a noite.

A coisa acontece aos poucos. Uma pequena exposição para medir a temperatura dessa coisa. Se dali a seis meses ou um ano eu me acostumar com a temperatura dessa nova água, quem sabe eu me molhe mais um pouquinho e por aí vai.

A base de tempo para essa turma estar nadando de braçada é lenta, e deve ser lenta, e não tem como não ser lenta. São comitês, votações, deliberações e não o ímpeto de uma pessoa física que segue o influencer X.

No nosso podcast (minuto hash), já fiz 2 programas dizendo que os primeiros meses da negociação dos ETFs são como um caminhão de melancias se acomodando.

Nessa acomodação, a massa falida da FTX por exemplo, aproveitou que o fundo Grayscale, da qual ela era quotista, se converteu em ETF, fechando o deságio e permitindo a saída a valor de mercado. Somente o administrador da massa falida da FTX vendeu mais de USD 1 Bi em apenas 2 dias.

Mas independente disso, o saldo dos ETF foi positivo, e lhes afirmo, que é óbvio que vai se jogar o preço par baixo no curto prazo, o objetivo é formar carteira e ter os ativos. Qual o interesse de se valorizar um ativo que eu ainda não tenho, comprar na alta como gosta de fazer o investidor médio brasileiro???

E no longo? Fundos de pensão e Hedge Funds começam com 0,1% de exposição ao Bitcoin e se ele fizer o que historicamente ele faz, daqui a pouco será 0,5% e em alguns anos, muito provavelmente serão 5% da alocação de patrimônio dos gigantes da gestão de recursos através do globo.

Não descarto a minha própria lorota conspiratória de que eventualmente um pump massivo do preço do Bitcoin seja usado para governos imprimirem dinheiro e arrecadarem impostos sobre ganhos de capital (ler newsletter anterior), mas por favor, eu vendo essa ideia como uma teoria lunática e conspiratória, não como uma verdade.

A verdade é a narrada no paragrafo anterior. Um passo de cada vez, um pequeno percentual de cada vez e todos terão exposição ao nosso mercado, e isso por si só, ao contrário de árabes comprando tudo, representará o crescimento saudável e sustentável do valor do Bitcoin, com base de tempo lenta e chata…

Poucas as vezes estiver mais Bullish com o cenário de 4 anos, que é o mínimo que você deveria olhar para entender e de fato se considerar um investidor em Bitcoin.

A volatilidade só vai reduzir quando o mercado foi muito maior do que é, até lá, nada de novo no front, o bom e velho deja vu, o museu de grandes novidades.

A recomendação é a de sempre, preço médio e constância e a certeza que dessa vez não será diferente. Vender seus BTC baratinhos para os ETFs nesse momento é abrir mão de uma quase certeza, de um evento de altíssima probabilidade de multiplicação de patrimônio com base de tempo em anos (não em dias).

Menos falastrões, incluído o que vos escreve, e mais disciplina, consistência, preço médio e foco com base de tempo em anos.

Bem vindos a 2024!