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Blog da HashInvest

Conheça o XRP e saiba por que ele é um dos projetos mais promissores do mundo das Criptomoedas

Postado em 26/10/2018

Nome do Autor luis

Difícil o meio termo, geralmente o XRP desperta extremos de amor e ódio. Eu sou da turma do amor pelo XRP e em homenagem ao Swell, a conferência anual promovida pela startup Ripple anualmente para discutir Criptomoedas, pagamentos e blockchain, que acontece entre 1 e 2 de Outubro, vou dedicar o texto dessa semana a essa Criptomoeda.

Um pouco da História

A empresa por trás dessa Criptomoeda é a Ripple. Aberta em 2012 com o nome de OpenCoin, mudou de nome para Ripple Labs em 2013 e adotou o nome Ripple em 2016. Com a evolução e amadurecimento do mercado e principalmente para evitar a classificação do XRP como valor mobiliário pelo regulador norte americano, em 2018 a startup iniciou um esforço para que o mercado perceba o XRP (Criptomoeda) independente da Ripple (startup de tecnologia de pagamentos).

O XRP foi criado por Jed McCaleb (criador da primeira exchange de Bitcoin do mundo o MtGox) que vislumbrou um algoritmo de consenso sem a necessidade de mineração (o que o diferencia do Bitcoin).

Jed juntou-se a figuras hoje conhecidas no mundo das Criptomoedas como Chris Larsen (Pioneiro dos empréstimos online) e David Scharwtz (programador conhecido no mundo da criptografia com passagens pela NSA e grandes contribuições ao OpenSSL) entre outros para materializar a visão de Ryan Fugger (uma rede de pagamentos P2P baseado na emissão de créditos entre pessoas) e criar o chamado XRP Ledger, que vem a ser o blockchain equivalente da rede Ripple.

Jed brigou com o Ripple em 2014, ficou com uma porção de XRP e fundou o Stellar, basicamente um clone no XRP Ledger, hoje com vida própria tanto em novas funcionalidades como em estratégias e parcerias comerciais.

O XRP Ledger é uma rede P2P (Peer 2 Peer) com consenso descentralizado, capacidade de 50.000 transações por segundo (inicialmente 1500 TPS, recentemente atualizado para 50k), onde uma transação leva tipicamente 3 segundos para ser registrada.

O que é o XRP

É uma Criptomoeda. O XRP é um ativo digital nativo do XRP Ledger. Inicialmente foram criados 100 Bilhões de unidades do XRP e novas unidades não podem ser criadas. Hoje existe um pouco menos, porque cada transação feita com o XRP consome uma fração da Criptomoeda. Para ficar fácil de entender e explicar, considere que são 100 Bilhões de moedas.

Como principais características, é importante dizer que o XRP não possui contraparte, ou seja, o valor dele é atribuído única e exclusivamente a oferta e demanda, e o XRP trafega livremente pela XRP Ledger, não podendo ser congelado, confiscado ou bloqueado em nenhuma circunstância.

Porque o ódio pelo XRP

Ao contrário do Bitcoin que é minerado e tem sua emissão como prêmio ao minerador que trabalhou para validade das transações da rede, o XRP foi simplesmente criado. Seus criadores distribuíram as 100 Bilhões de moedas como bem entenderam e isso gerou muita revolta em parte da comunidade das Criptomoedas.

Isso fez alguns bilionários, entre eles Chris Larsen e o próprio Jed, que mesmo tendo deixado o projeto para trás, ficou muito rico.

Eu pessoalmente acredito que qualquer um é livre para criar sua própria Criptomoeda. Se o Ripple teve a capacidade e a competência para fazer com que o mercado valorizasse o XRP, mérito do departamento de marketing do Ripple.

Vale dizer também que além da enorme eficiência de confirmar as transações em 3 segundos, o XRP Ledger economiza milhões de dólares em energia elétrica quando comparados ao algoritmo de mineração do Bitcoin, o Proof of Work (PoW). Gosto muito do Bitcoin, mas é fato que o PoW remunera as companhias de energia que passivamente colhem os lucros do mercado de mineração. Nesse ponto o algoritmo do Ripple é muito mais esperto.

Finalmente, a moeda é tida contra os valores conceituais do mundo das Criptomoedas, isso por ter sido criada e mantido por uma empresa. Por esse motivo também, o XRP Ledger é acusado de ser centralizado. Isso é uma meia verdade.

Obviamente que durante os primeiros anos da rede, o Ripple foi sim a responsável por disponibilizar a maioria dos nós validadores (computadores que verificam as transações no XRP Ledger). Com o passar dos anos, a Ripple tem tido cada vez menos influência sobre os validadores, e hoje, a maioria desses nós são de responsabilidade de terceiros independentes.

Avançando nos mercados

Desde cedo a Ripple focou no mercado corporativo e bancário, visando facilitar o pagamento de remessas internacionais. Criou softwares de nível institucional. O Xcurrent e o Xvia são softwares para pagamentos internacionais, interconectando instituições e concorrendo com o Swift, até então o padrão para esse tipo de serviço. Os clientes que usam o Xcurrent e o Xvia passam a fazer parte da chamada RippleNet.

A cereja do bolo é o Xrapid, que promove a liquidação desses pagamentos através do XRP usando as exchanges ao redor do planeta. A genialidade do Ripple está em construir uma rede concorrente ao Swift (uma demanda já existente dos bancos e mal atendida pelo concorrente, com bugs, atrasos e suscetível a fraudes), alimentando o sólido e sustentável crescimento da RippleNet para posteriormente introduzir o uso do XRP.

A analogia que gosto de fazer (e se você é meu leitor já viu ela antes) é que a Ripple está construindo estradas para depois vender carros… Já são mais de 100 clientes entre grandes bancos e corporações fazendo parte da RippleNet.

A coisa cresce em espiral positiva. Mais bancos entram para a RippleNet, mais clientes da RippleNet adotam o Xrapid, maior a demanda por XRP, maior o interesse das exchanges em listar o XRP, maior o interesse dos investidores em ter XRP.

O preço do XRP teve seu pico na euforia de 2017, quando cada token chegou a valer mais de USD 3,20. Assim como todo o mercado de Criptomoedas, o preço caiu muito e chegou a USD 0,22 representando uma queda de 93% do ápice e hoje (01/10/2018) negocia na casa dos USD 0,55.

Ao contrário do que é pregado por muitos ditos “especialistas”, não é preciso odiar o XRP para amar o Bitcoin. São projetos complementares e não concorrentes e com grandes chances de conviverem muito bem no longo prazo, aliás, o XRP é uma das apostas mais promissoras para o longo prazo (5 a 10 anos).

Não posso dizer qual o preço certo, se é USD 0,01 ou USD 10,00 mas posso dizer que o projeto reúne estrelas de primeira grandeza no mundo das Criptomoedas, tem avançado de forma consistente no mercado e entrega valor aos seus clientes.

A HashInvest oferece investimentos em XRP em duas modalidades, seja na aquisição direta da moeda ou através do índice HASH5, do qual o XRP faz parte desde sua criação. Não perca a oportunidade de fazer parte de um dos melhores projetos do mercado.

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Memecoins: a piada que chegou à presidência dos EUA 

Memecoins: a piada que chegou à presidência

Com a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, há uma grande expectativa de políticas mais favoráveis do governo americano em relação às criptomoedas (escrevo esse texto antes da posse). No entanto, a única certeza que temos até o momento é o lançamento das meme coins, TRUMP e MELANIA, pelos respetivos homenageados (presidente e primeira-dama). Juntas, essas duas meme coins já chegaram a valer mais de USD 14 bilhões.  

Uma meme coin é uma criptomoeda baseada em memes ou piadas da internet. Geralmente, elas são criadas como uma forma de humor ou sátira, mas algumas acabam ganhando valor significativo impulsionadas principalmente pela comunidade e pelo hype nas redes sociais. Outras celebridades como Elon Musk, Caitlyn Jenner, Iggy Azalea também resolveram lucrar dessa forma.  

Além da possibilidade de ganhos significativos, hoje é muito fácil do ponto de vista técnico criar uma moeda digital. Inclusive, já existem sites como Pump.fun  e Token Tool, que tornam esse processo simples como preencher um formulário online. Contudo, se o processo de criação é rápido, paga-se para que uma nova moeda seja listada por sites e exchanges. O lançamento “sério” de uma moeda custa entre USD 5.000 e USD 50.000. 

Por ser tão fácil e o investimento baixo, segundo agregadores, todos os dias entre 40.000 e 50.000 novos tokens de criptomoedas são criados. Durante períodos de hype, esse número pode chegar a 100.000. No entanto, muitas dessas iniciativas têm poucas horas de vida. 

Obviamente que nem tudo são flores, especialmente para projetos que não tem o homem mais poderoso do mundo e nem o mais rico como garotos propaganda. Ainda segundo a plataforma DREX, a maioria dos projetos de meme coin (89%) tem um valor de mercado entre 0 e $USD 1,000. Apenas 5% das meme coins tinham um valor de mercado acima de $10 milhões em março de 2024. 

Além disso, a volatilidade dos preços das meme coins é um dos aspectos mais marcantes desse segmento. Essas moedas podem experimentar oscilações extremas de valor em curtos períodos. Eventos como tweets de celebridades e notícias de parcerias podem causar aumentos repentinos nos preços. Da mesma forma, quedas igualmente rápidas acontecem quando o interesse diminui ou surgem preocupações sobre a sustentabilidade dos projetos. 

Por exemplo, o preço do Dogecoin ($DOGE) viu um aumento meteórico após uma série de tweets de Elon Musk, apenas para experimentar quedas substanciais quando o entusiasmo inicial esfriou. O que parece estar acontecendo com as moedas TRUMP e MELANIA.  

Por isso, a não ser que você compre uma meme coin por brincadeira ou piada, é muito difícil que acerte o momento certo de entrar nesse “investimento”. Você terá que acertar qual, dentre os milhares de projetos, será colocado em destaque por uma celebridade de alcance global. 

2025 já está voando

2025 já está voando

Parece que foi ontem que o ano de 2024 terminou. 2025 era esperado com muitas expectativas…

E não decepcionou… 2025 começou bastante animado e já vamos completando o primeiro mês do ano. 1/12 do ano já se foi…

Em janeiro todos os olhos do mundo econômico se voltaram ao tio Sam. Donald Trump assumiu a cadeira mais importante da maior potência econômica e militar do planeta num estilo bem caricato e pistola. Assinou pilhas de decretos de todos os tipos, assuntos e gostos… se pautou no auge da arrogância já conhecida e nada diferente daqueles que o elegeram esperava. Não vou me atrever a analisar seus decretos, veracidades, pontos positivos e nem negativos. Vou me ater ao fato do Bitcoin e demais ativos virtuais terem passado em branco no dia 1 do novo mandato de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos.

Entretanto, movimentos de substituição na presidência da SEC (equivalente à CVM nos EUA) e a criação de uma comissão para o desenvolvimento de uma regulação pró-Bitcoin e cia foi suficiente para alavancar as cotações para novos ATH. Já na semana seguinte uma startup chinesa, DataSeek, chacoalhou o mercadoi de ações norte-americano. Em especial a Nvidia e outras bigtechs derreteram. Nenhuma relação direta com o Bitcoin, mas o efeito colateral dos mercados como um todo derrubaram o Bitcoin para baixo dos 100 mil dólares outra vez. Para a tristeza dos haters, rapidamente o Bitcoin se recuperou e voltou a ser transacionado acima dos 100 mil dólares.

Toda essa novela se passou em menos de 30 dias e certamente teremos muito mais nos próximos 11 meses. Essa emoção toda certamente será convertida em volatilidade e na média as expectativas são animadoras. Importante salientar que todos esse movimentos e ruídos são apenas catalizadores de preço de curto a médio prazo. Quando pensamos no protocolo matemático, esses ruídos têm interferência zero no Bitcoin. Preços subindo ou preços caindo o Bitcoin seguirá com sua escassez e sua descentralização. Os fundamentos que levam ao real valor do Bitcoin são justamente a sua escassez e sua descentralização.

Descentralização confere segurança e soberania ao indivíduo enquanto a escassez por protocolo matemático (descentralizado) reverte parte de seu valor em preço. Quanto maior for a demanda por algo escasso maior será seu preço. Quanto maior for o preço de um ativo seguro pelo qual cada indivíduo tem a soberania sobre ele tem um valor incalculável nos dias atuais. Justamente essa frase “nos dias atuais” que faz a procura por Bitcoin aumentar gradativamente retroalimentando esse círculo virtuoso.

No início era coisa de nerd, hoje já superamos o ciclo dos indivíduos e estamos ganhando velocidade no ciclo dos institucionais e talvez entrando simultaneamente no ciclo dos países. E nisso o catalizador que comentei lá no início ganha relevância pois pode acelerar a adoção de empresas e países para constituírem suas reservas em Bitcoin. Enquanto ruídos pontuais como “DataSeek” em nada interferem nesse processo de adoção ou no protocolo do Bitcoin, ou seja, zero influência nos fundamentos.

Enquanto governos e países forem controladores, intervencionistas e gastadores a tendência é de valorização do Bitcoin em relação às moedas fiduciárias (reais, dólares e etc…). Elimine os ruídos e foque nos fundamentos e seja feliz! Que venha o futuro.

O cenário mais provável para o Brasil

O cenário mais provável para o Brasil

Abrimos a segunda metade do atual governo com perspectivas excelentes para quem vive no padrão Bitcoin e perspectivas não tão excelente para quem vive no padrão de Real brasileiro.

Se no dia 7 de janeiro o governo faz propaganda que o déficit primário (leia a newsletter 149 sobre esse tema onde explico que déficit primário em si já é um número mentiroso e pouco útil) de “apenas” 0,1% do PIB, no dia 27 o pesquisador do Insper, Marcos Mendes detalha que ele na verdade foi 9 (NOVE) vezes maior que o divulgado (basta uma breve pesquisa no Google para você ler inúmeras reportagens sobre o tema).

Mas não é só Haddad que está maquiando dados, o IBGE capitaneado pelo autodenominado “comunista” Márcio Pochmann tem sido alvo de um motim, em que altos diretores da instituição protestam e reclamam pela falta de autonomia e uso político da instituição, se dividindo entre carta de repúdio e chegando ao extremo do pedido de exoneração.

O IBGE jura que a inflação de 2024 fechou abaixo de 5%. Nessa altura do campeonato, imagino que você já tenha verificado perante a sua realidade que a inflação real é algo entre 3 a 4 vezes isso.

O mesmo IBGE divulga desemprego nas mínimas, porém esquece de combinar com os russos, que divulgam gastos com seguro-desemprego nas máximas e crescentes.

Junte a esse caldeirão a recente pesquisa de popularidade do governo, no dia 27 de janeiro, em que pela primeira vez o governo é mais mal avaliado do que bem avaliado e apertem os cintos.

Popularidade em baixa encarece a barganha com nosso congresso corrupto, torna os favores dos deputados mais caros e favorece a gastança com viés populista para tentar reverter as questões.

Não se iluda com o refresco proporcionado pelo USD caindo de 6.20 para 5.80, ele tem nome e sobrenome. O nome chama Donald Trump, onde o refresco do USD acontece em meio a acomodação da chegada do novo governo americano e o sobrenome é recesso parlamentar, dando uma trégua ao noticiário fiscal por assim dizer.

Nossa perspectiva local é ruim, muito ruim… Terrível para ser sincero.

Recapitulando, temos na equação um governo corrupto negociando junto a um congresso corrupto, um ministro da fazenda inapto e incapaz, um instituto de estatística corrupto e mentiroso em um cenário pré-eleitoral com a popularidade de um presidente decrescente junto com um tesouro nacional sem ter de onde tirar dinheiro.

Você não precisa ser gênio para avaliar que a situação não é das melhores.

A recente crise do PIX mostrou que o governo não tem mais folego político, forças políticas e apoio popular para aumentar me criar mais impostos, o que perante ao mercado aliviaria a situação dando um espaço teatral aos infindáveis gastos.

Descartando o aumento e criação de impostos no passo necessário para atender ao apetite do feudo por mais dinheiro, restam duas alternativas sobre a mesa.

A alternativa 1 é austeridade, a redução do estado, como por exemplo um grande e significativo corte de privilégios de castas como a do judiciário e dos militares, e uma grande otimização da máquina pública e seus recursos, uma redução de impostos para quem produz e a redução de incentivos ao nada fazer proporcionada através de dinheiro grátis.

A alternativa 2 é imprimir dinheiro, aumentar as regalias dos senhores feudais do alto funcionalismo e expandir o UBI (Universal Basic Income – o auxílio Brasil por exemplo) e assim garantir base de apoio e consequentes votos para 2026.

Explorando um pouco mais a alterativa 2, já são mais de 56 milhões de brasileiros atendidos pelos programas sociais, dos quais são estimados que 42 milhões são eleitores. Some esse número aos 12 milhões de funcionários públicos Federais e a base de eleitores para perpetuar o atual governo parte de 54 milhões de votos, independente do caos.

Lembre-se que a classe média é uma câmara de eco, em que ela prega e protesta com ela mesma. Ela é numericamente inferior, não tem voz perante os senhores feudais. Na prática, além de cômodo, o grande incentivo do governo é arroxar e tirar dinheiro da classe média para expandir regalias do feudo e distribuir dinheiro grátis via UBI. Perde-se um voto em detrimento ao ganho de vários.

A alternativa 1 nos tiraria lentamente do buraco.

A alternativa 2 caminha pelos trilhos da Argentina de Cristina e Alberto Fernandez.

Se você acredita que o governo brasileiro irá optar pela alternativa 1, Tesouro Direto e ações na B3 fazem perfeito sentido.

Se você tende a acreditar que a alternativa 2 é mais provável, a janela para que você tenha Bitcoin está ficando estreita. Nesse cenário, Bitcoin a 20 mil, 40 mil ou 200 mil dólares fará pouca diferença quando comparada a destruição potencial de patrimônio que se desenha até as próximas eleições.

O cenário mais provável para o Brasil, você decide!