Dediquei o texto da semana passada a detonar o Blockchain e esse texto é uma sequência natural daquela argumentação.

Para recapitular (ou resumir para quem não leu) o grande argumento é que a beleza dessa coisa toda de Criptomoeda não é o blockchain em si, a beleza está no fato de não ser necessário confiar em um terceiro para armazenar um registro em banco de dados (o tal blockchain).

O idioma inglês tem uma palavra ótima para isso, “trustless”, que significa “sem confiança” no sentido em que não é necessário confiar em alguém. Como em português isso gera uma percepção horrível de que o negócio não é confiável, inverto a lógica e chamarei de “rede de confiança” no sentido em que ela é confiável por sí, onde o código fonte é a lei.

E porque o surgimento da tal “rede de confiança” é lindo, belo, inovador, e (a palavra que mais odeio no dicionário nerd moderno) disruptivo?

Simples e óbvio! Porque redes de confiança tem a possibilidade de colocar em xeque-mate os monopólios centralizados. Vamos ao raciocínio de hoje…

Amamos o Netflix, o Uber, o Booking, o AirBnB, o Spotify e por ai vai a lista das tech-stars sem as quais nossa vida hoje em dia ficaria pior. E o que essas gigantes da tecnologia tem em comum?

São monopólios centralizadores dos quais somos dependentes e via de regra, não estamos nem aí com o fato de serem monopólios centralizadores, afinal, pedir um taxi é um parto sem o Uber, alugar uma casa de temporada sem o AirBnB é uma epopéia, o Spotify e o Netflix foram os grandes responsáveis pela redução do até então crescente índice de pirataria ao redor do planeta.

Até ai tudo muito bem, então qual é o potencial problema?

Invariavelmente na história da humanidade o dono do monopólio centralizador não resiste às tentações dos poderes a ele concedidos e mais dia menos dia haverá algum tipo de censura.

O Google, Facebook e Twitter censuram deliberadamente a minha atividade. Não posso anunciar Criptomoedas nessas redes. O escândalo da Cambrige Analytics mostrou que o Facebook vai decidir (quem pagar mais é claro) quem será o próximo presidente do Brasil nas eleições de Outubro (desculpe, mas não, não será a Globo dessa vez, kkkk).

Acho ótimo o Netflix usar algoritimos para me sugerir o que eu devo assistir, mas me incomoda o fato de que o mesmo Netflix pode decidir o que eu NÃO vou assistir (nem que eu queira). Imagine o Uber decidindo para onde você NÃO pode ir nem que você queira?

Não são realidades nem tão distantes e nem tão imaginárias e lunáticas quanto possam parecer (basta ver a barbeiragem que o Spotify fez banindo o “discurso do ódio”… meia playlist de Rock ficou fora do ar por alguns dias).

E o seu bolso?

Sim, tem bastante bilionário rindo a toa, as suas custas…

Ninguém usou e abusou mais do poder do monopólio centralizador do que os Bancos! Os bancos censuram os serviços financeiros que eles deveriam democratizar.

Bancos escolhem quem é cliente bom e quem é cliente ruim. Bancos impõe restrições para você sacar mais de 1 mil reais no caixa automático ao mesmo tempo que lavaram 400 milhões de dólares para o PCC somente em 2017.

Nos Estado Unidos, uma transferência ACH (equivalente a nossa TED) leva até 5 dias úteis (propositalmente atrasado). Aqui no Brasil a TED que te cobram 15 pilas sai marginalmente por ZERO para qualquer banco conectado ao SPB (Sistema de Pagamentos Brasileiro), ou seja, todos os bancos.

HSBC é lider em lavagem de dinheiro mundial (Fonte: Swiss Leaks), aqui no Brasil Itaú e Bradesco tremem diante da eventual delação de Antônio Palocci. Na Austrália, nessa semana, o maior banco do país foi autuado por… lavagem de dinheiro.

Como consequência maior dessa lambança toda (tudo, absolutamente tudo nessa vida tem limites) surge o Bitcoin, justo no auge de uma crise extremamente aguda vivida em 2008.

O Bitcoin liberou o mundo dessa censura dos bancos e dos governos sobre o dinheiro das pessoas comuns – e cresceu às margens e debaixo dos olhos de governos, bancos e reguladores a ponto de não ter volta, afinal, o Bitcoin é uma rede de confiança e hoje, computacionalmente falando, difícil de desligar.

Redes de confiança burlam a censura e libertam seus usuários de monopólios centralizadores.

Aviso ao Uber, Netflix, AirBnB e companhia. Usem seus poderes com responsabilidade e ninguém vai se importar com seus monopólios centralizadores, ficaremos até felizes em pagar sua justa remuneração por excelentes serviços.

Caiam na tentação da censura e vejam o florescer de alternativas rodando sobre redes de confiança, paralelas e incensuráveis (mesmo que tecnicamente não sejam melhores).

Assim como o Bitcoin libertou o dinheiro da censura dos bancos e dos governos, você pode ver que começam a nascer outros sistemas baseados em redes de confiança:

– O Steemit é uma rede social que nasce para te libertar da censura do Facebook.

– O Ethereum promete contratos livres de censura.

– O Storj e o SIA são sistemas de armazenamento livres de censura.

O único jeito do Bitcoin e das Criptomoedas sumirem seria os governos e bancos voltarem atrás com impostos, corrupção, tarifas, restrições, securitização de crédito, derivativos em excesso, etc etc etc… te libertarem da jaula onde financeiramente fomos presos, ou seja, não existe a menor possibilidade.

Tenho um palpite forte que propaganda anti Criptomoeda por parte de Governos e bancos ainda vai crescer muito (muito mesmo) e que será um enorme tiro que vai sair pela culatra.

Considere-se um privilegiado em ter acesso ao Bitcoin e as Criptomoedas enquanto somos menos de 2% da população, com preços extremamente descontados e convidativos. Desculpe parecer um disco riscado, mas essa é uma oportunidade única em nossas vidas.

Obs: Este artigo é uma réplica da Newsletter da HashInvest disponibilizada por e-mail e publicada aqui com alguns dias de defasagem. Quer receber a Newsletter na íntegra? Assine inserindo o seu e-mail abaixo:


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