Pergunta: O que o preço do Diesel no Brasil, o Euro e o Dólar tem em comum?
Resposta: Todos esses itens têm os seus relativos problemas sendo resolvidos na base da emissão de dívida.
Resumindo a história do Diesel bem resumidinho, sem muitas questões técnicas: Como não existe a menor possibilidade de nosso governo inerte e corrupto economizar e cortar os gastos em valor equivalente à redução do preço do Diesel, a solução será imprimir dinheiro (dívida) e nós todos, sem distinção entre os otários batedores de panelinha e os trouxas do “é golpe” vamos pagar essa conta na forma mais cruel que existe, através da inflação.
A inflação é cruel porque no geral a gente não vê. A gente não paga uma guia específica para esse imposto. Ele é como câncer, silencioso e mortal.
Mas o Euro e o Dólar? O mesmo problema. Já escrevi textos aqui explicando que a emissão de dinheiro desenfreada feita a partir de 2008 vai terminar, mais dia menos dia, em inflação.
E todo mundo (que tem grana pesada) sabe disso… veja o que está acontecendo:
O derretimento da bolsa no Brasil na primeira semana de junho somada com a grande valorização do dólar (que quase visitou os 4 pilas de novo) tem muito menos a ver com a palhaçada da greve do que é noticiado, um pouquinho a ver com o cenário eleitoral e muito mais a ver com a Itália…
É, nossa mídia não deu a devida relevância, mas a Itália acabou de constituir um novo governo, por mais paradoxal que pareça, sem intitula “populista de direita” (não, não me pergunte…) e precisa urgentemente reformar a previdência e a lei trabalhista (alguém já viu esse filme antes em algum lugar?). SPOILER: Não, não vai acontecer…
E o que é que a gente tem a ver com isso? Tudo!
Indo direto pelo final da história: Se Itália cai, o Deutsche Bank cai, a Espanha cai, Portugal cai… Bye Bye Euro.
E essa probabilidade hoje (medida pelos “especialistas” do JPMorgan Chase, o gigantesco banco americano) já bate na casa dos 10%. Só por curiosidade, o Deutsche Bank está tão ferrado que passou a contabilizar itens como porta canetas das mesas de escritório e os saleiros dos refeitórios como ativos disponíveis para liquidez dos depósitos.
Mas a questão aqui é que, para um banco do tamanho do JPMorgan admitir publicamente uma chance de 10% de colapso sistêmico é porque o caldo já entornou de vez faz tempo e a gente está sobrevivendo na base do remendo já faz algum tempo.
Resultado prático?
A grana vai portos seguros, ou seja, para o Dólar. Sim, o Dólar é o grande porto seguro da economia mundial, pelo menos até a popularização dos Panda Bonds (dividas emitidas por terceiros, em moeda Chinesa e com a benção do BC Chinês) e da Criptomoeda.
A porrada que levamos na primeira semana de junho aqui no Brasil não é privilégio nosso. De março pra cá o peso argentino derreteu (já pediram ajuda para o FMI), a lira turca derreteu e a taxa de juros por lá disparou de 8 para 17,75% ao ano em questão de poucos dias. Enquanto escrevo, fui atualizar alguns dados e hoje (11/06) o Peso argentino bate o “All time low”, a cotação mais baixa de todos os tempos e juros disparam a 40% a.a.
Na fila estão África do Sul, Chile, México, Indonésia. E se para salvar o Dólar a coisa tiver que ficar mais pesada, caem Índia , Paquistão e mais alguns asiáticos.
E o Bitcoin? O Bitcoin será o refúgio no momento em que o dólar cair.
Mas o dólar não é o porto seguro? É sim, ele é o porto seguro, pelo menos por enquanto.
Ninguém estimula uma economia com trilhões durante uma década e sai limpo da lambança como se nada tivesse acontecido. Como aperitivo, um exemplo prático agora de Junho, em que pela primeira vez em décadas o número e vagas nos Estados Unidos ultrapassou o número de desempregados. Consequências?
Superaquecimento da economia, elevação de salários, elevação de juros por parte do FED (O BC americano) e por fim… elevação de preços em espiral positiva, a tal inflação.
Isso tudo não vai acontecer do dia pra noite, e é por isso que você deve se programar e fazer compras consistentes de Criptomoeda. Aproveite os mergulhos da cotação como de ontem motivados pela limpa que a CFTC quer promover no ecossistema.
O regulador não é do mal, muito pelo contrário, ele só está deixando o ambiente muito mais seguro para que o dinheiro de verdade entre no sistema, e esse dia está cada vez mais perto.
Em poucos anos as Criptomoedas serão promovidas de bolha para o novo porto seguro do dinheiro do mundo.