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Blog da HashInvest

Além do Bitcoin V – O presente

Postado em 03/04/2018

Nome do Autor luis

 Começamos 2017 e tudo certo na Criptolândia, nerds brincando de comprar e vender sua moeda virtual, todo dia surge uma nova moeda com uma nova bandeira, privacidade, revolucionar o mercado da canábis, eliminar os cartórios do mundo, e etc, enfim cada um levanta sua causa e lançam-se moedas digitais todos os dias.

É Março de 2017, Bitcoin responde por 85% de um mercado de 20 bilhões de dólares e ninguém dá muita bola para as moedas digitais quando de repente o preço do Ethereum dispara, a promessa de um computador mundial descentralizado (talvez a próxima grande aplicação para o blockchain depois do dinheiro) cai nas graças dos gurus da tecnologia.

A dominância do Bitcoin cai de 85% para 65% quase que do dia para a noite, Só se fala em Ethereum, meetups ao redor do mundo, grupos de WhastApp surgem e o Ether embriaga a todos como sendo o fim do monopólio de Amazon e Microsoft e suas nuvens de serviços quando na verdade o poder de processamento da rede Ethereum é mais próxima a de uma calculadora científica, mas enfim, é uma nova libertação prometida.

Em abril é o mês do Ripple. A moeda odiada por todos os anarco-libertários do mundo bitcoin por ser controlada por capitalistas do vale do silício de repente salta de fração de centavos e se multiplica em mais de 60 vezes em menos de uma semana. É a promerssa da remessa internacional a custo baixo e em tempo real.

Sul coreanos entram em modo FOMO (Fear of missing out – medo de ficar para trás) e os XRPs são negociados por preços exorbitantemente altos, numa corrida totalmente sem lógica ou nexo, afinal, nenhum fato novo.

Alcalma-se o frenezi do Ripple e em todos os cantos, pessoas buscam problemas para serem resolvidos através do Ethereum. Estamos em Junho e o Bitcoin responde menos de 40% do mercado de moeda digital e todo mundo fala que novas estrelas estão no pedaço.

Capitalização de mercado chega a 70 Bilhões de dólares, uma multiplicação por quase 4 vezes em muito pouco tempo, abre-se a contagem regressiva para os 100 bilhões de dólares em capitalização de mercado, a grande barreira psicológica.

O rally do Ether e do Ripple trazem centenas de milhares de novos participantes para o ecossitema. Muita gente que nem se imaginava perto das moedas digitais começa a olhar com mais cuidado e interesse, e de repente e finalmente, é despertando o interesse dos financistas.

Finalmente economistas, analistas, o pessoal do mundo das ações descobre a existência da moeda digital. Na grande mídia, moeda digital se traduz como Bitcoin. Em um período muito curto de tempo, analistas que enfrentam uma gigantesca concorrência no mundo tradicional tem um mercado imaturo, recém nascido e carente de “especialistas” aos seus pés.

CNBC, Bloomberg e Financial Times inauguram seus editoriais específicos sobre Bitcoin e Criptomoedas, todos os portais relevantes passam a listar a cotação do Bitcoin junto a cotação das bolsas e moedas.

O interesse do grande público é atiçado, todos querem saber que investimento é esse que abriu o ano em menos de 1000 dólares e em junho já havia praticamente triplicado o dinheiro.

Funciona, o interesse é cada vez maior, junto com a ganância, a motivação inicial vem a descoberta da libertação e a cada dia uma nova pessoa tem a epifania da moeda digital e se pergunta “mas como assim não tem banco central?”, “Como assim só eu tenho acesso ao meu dinheiro?”.

Junto com o interesse, a conclusão de que o Bitcoin agora é grande demais para ser ignorado. O monstro cresceu muito rápido, sem dar chances de preparo algum para tentar sufocá-lo. Não é mais possível simplesmente ignorar sua existência e muito menos bani-lo (pelo menos é o que se pensa).

É inútil, mas começa a cruzada dos detratores. Bolha, tulipa, fraude, feio bobo e fedido… Cada vez que um CEO de banco fala do Bitcoin faz lembrar um taxista falando mau do Uber, cada vez que um diretor de banco central fala que Bitcoin não tem valor por falta de lastro, acende em neon vermelho a palavra “mentirioso” em suas testas.

Chegamos a desembro de 2017 e o preço do Bitcoin chega a picos de 19.000 dólares, XRP acima de 3 dólares (!!!). Titãs da indústria se rendem ao Bitcoin, CME anuncia e negociação de futuros, CBOE e Nasdaq saem na esteira, bolsas do Japão, Argentina e França anunciam que negociaram futuros.

Financistas chegam aos montes ao universo cripto, nerds se revoltam e tentam reestabelecer o viés técnico da coisa toda, surgem forks, detratores dizem que os forks vão destruir a coisa toda, mas a verdade é que pessoas normais compram, pais, mães, tias… todos agora querem uma fração de Bitcoin.

Bitcoin reina absoluto, Ethereum se consolida, Ripple faz progressos, Bitcoin Cash é (apesar de tudo) um fork bem sucedido e mantém-se nas top 5 Criptmoedas.

Tudo vai bem, bem até demais até a virada do ano e afinal, o que poderia dar errado?

Tudo poderia dar errado, e parece que deu. A bolha estoura. Nos três primeiros meses de 2018 é sangue correndo nas ruas. A competição dos recém nascidos especialistas em Bitcoin para achar o motivo da derrocada dos preços chega a ser cômica.

Se fala de tudo, desde chineses realizando lucros para comprar presentes de final de ano até as redes sociais banindo toda e qualquer propaganda relativa aos Criptonegócios.

O recém nascido mercado de ICOs sangra com o aperto regulatório mundial e com a imensa quantidade de fraudes. Aqueles que pagaram mais de 100 mil dólares em um gatinho virtual rodando em Ethereum em dezembro agora se punem perguntando onde foi que erraram, do nada aquela barbada perdeu completamente o sentido.

Os “normais” que entraram em dezembro comprando tokens porque Sr. McAfee recomendou no Twitter ou porque viram especial de compre XRP na CNBC agora saem na mesma velocidade em que entraram, preços entram em colapso e estamos na esperial negativa.

Na data em que publico esse post o mercado gira em torno de 270 Bilhões capitalização, uma queda de 2/3 em relação ao seu auge (mas ainda muito, muito mesmo maior que os 20 Bi do início de 2017).

De um lado temos mercados em fúria, “especialistas” descrentes, ICOs sob-tutela do estado, Criptmoedas banidas das redes sociais.

Do outro, avanços tecnológicos como a Lightning Network, parcerias do Ripple com Western Union e Moneygram, Bitpay processando o Bitcoin Cash e indubitavelmente a tecnologia amadurecendo e as bases da coisa toda se solidificando.

E é nesse cenário que começam os meus prognósticos para o futuro.

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O que é, o que é… 

O que é, o que é… 

…acontece a cada quatro anos, deixa muita gente com os nervos à flor da pele e vai se repetir em 2024? 

Se você curte esportes, a resposta óbvia seria Olimpíadas, mas admito que não sou muito engajado nessa área. Para mim, o evento mais importante de 2024 é o Halving do Bitcoin. 

Este evento reduz pela metade a taxa com que novos Bitcoins são criados e a próxima vez que isto acontecerá será em abril de 2024. Isto porque estes eventos estão programados para ocorrer a cada 210.000 blocos (intervalo em que as transações de Bitcoin são processadas e publicadas).  Como cada bloco é gerado em média a cada 10 minutos, temos 144 blocos por dia. Então, em 1.458 dias ou pouco menos de 4 anos, temos um Halving e, o próximo, cairá aproximadamente em 26 abril de 2024. 

A partir desse dia, serão criados 3,125 Bitcoins a cada 10 minutos, frente aos 6,25 gerados atualmente. Isso significa que a oferta anual de novos Bitcoins será de cerca de 164.250, o que representará uma taxa de inflação de 0,88% (melhor que praticamente todos os países).  

Mas se todo mundo sabe quando e o que vai acontecer, por que tanta expectativa? 

Bom, nas 3 ocasiões anteriores em que tivemos um Halving, tivemos também um ciclo de alta bastante respeitável e que durou em média um ano e meio. 

O primeiro Halving foi em 28 de novembro de 2012 e, na sua sequência, tivemos uma valorização de mais de 8.000%. O preço do Bitcoin passou de USD 12 para mais de USD 1.000 ao final de 2013. 

O segundo Halving ocorreu em 9 de julho de 2016 e foi seguido por um aumento de mais de 2.000%, levando o preço de USD 650 para quase USD 20.000 no final de 2017. 

No terceiro e mais recente Halving, ocorrido em 11 de maio de 2020, o Bitcoin era cotado a USD 8.800. Em abril de 2021, o preço chegou a USD 64.000, ou uma valorização de 800%. 

A justificativa mais comum é de que o Halving causa uma redução na oferta de moedas no mercado, enquanto a demanda permanece constante. Seguindo as aulas de macroeconomia, isto faz os preços aumentarem. Faz sentido, mas a meu ver, demoraria um pouco para sentir os efeitos dessa escassez e a escalada nos preços não seria tão íngreme. Além disso, nos ciclos anteriores que eu presenciei, se falou muito pouco sobre o Halving ou mesmo sobre o Bitcoin em si. 

Por exemplo, o ano era 2016 e tivemos a febre das ICOs, com novas criptomoedas disruptivas sendo lançadas quase que diariamente. Em 2020, vieram os NFTs e os memes que eram vendidos por milhares de dólares. O fato é que ninguém lembrava do Halving e as pessoas estavam muito mais interessadas em outras criptomoedas/blockchains do que no próprio Bitcoin. 

De qualquer forma, seja pela diminuição da oferta, seja por trazer mais atenção para o mercado das criptos e seus projetos, historicamente, o Halving foi seguido por um ciclo de prosperidade para todo mercado das criptomoedas. Tomara que em 2024 não seja diferente.  

As dores do crescimento

As dores do crescimento

Feliz 2024, um ano que promete muitas emoções e alegrias aos stakeholders do mundo Cripto. Para uns mais emoções e para outros mais alegrias… Se você está lendo esse artigo ou simplesmente habita o planeta Terra, de alguma forma mesmo que indireta você está no grupo dos stakeholders. Não adianta mais ignorar ou negar, até os governos já ultrapassaram esta etapa!

As dores do crescimento que são comuns em crianças e adolescentes, independente de qualquer fator exógeno como cultura ou hábitos, costumam se manifestar na fase de maior crescimento ósseo, o chamado estirão.

A dor de crescimento não tem relação científica diretamente ligada às fases de crescimento físico. No entanto, ela é considerada como uma forma de identificar uma dor benigna e diferenciá-la de diversos outros problemas que causam dor em crianças.

Uma analogia dessa dor do crescimento pode ser aplicada como uma luva ao estágio de maturação do Bitcoin e de todo o ecossistema que começou a surgir a partir dele. Não existe uma relação científica e nem se trata de ciência exata. Os detentores do monopólio, seja das leis ou do dinheiro, descobriram que as tentativas de eliminar o Bitcoin e suas consequências ainda na primeira infância foram inúteis e quanto mais tentavam mais nutriam o jovem bebê. As tentativas de matar “o mal” ainda na semeadura foram muitas em diversos países; proibição, discriminação e perseguições   aconteceram de forma reiterada.

O bebê cresceu e superou com louvor as adversidades da primeira infância. Nosso pré-adolescente, teimoso e rebelde (nada diferente dos pré-adolescentes e adolescentes) está crescendo a olhos vistos e não resta outra alternativa ao patriarcado estatal tentar impor limites para manter essa jovem criatura em efervescência dentro do que ele, Estado, considera limites razoáveis dentro dos seus próprios interesses.

O aprendizado dessa conturbada relação entre governos, amigos do rei (aqui incluímos políticos, banqueiros, grandes investidores institucionais etc…) e adolescentes prodígio certamente não é fácil e acarretará em dores do crescimento ao nosso jovem mercado.

Logo na largada de 2024, ao melhor estilo das novelas mexicanas dos anos 80, tivemos a aprovação dos ETFs à vista de Bitcoin na maior economia do mundo. Foi um longo processo cheio de idas e vindas, vazamento de informações, fake news, fake news que não era fake news etc etc etc Fato é que conturbado, dolorido e longo processo a maior economia americana abriu as portas aos grandes investidores institucionais do mundo. O ETF da Blackrock foi um sucesso, isso apenas em comparação ao lançamento de todos os ETFs históricos dos Estados Unidos. Mas não passou de um cartão de visitas do que poderá vir a ser nos próximos anos. Não se supera uma fase importante da vida como a adolescência num passe de mágica, foram apenas criadas as condições para o burocrático e lento processo de migração do dinheiro grande de outros ativos para o Bitcoin. Não existem garantias que o nosso quase adolescente superará a adolescência e se tornará um jovem e saudável jovem adulto, entretanto sabemos que os antigos inimigos (como o governo americano, por exemplo) se tornarão protetores uma vez que um colapso de um ativo (quando relevante) impactará não só os amigos do rei como também os Estados Nações.

No Brasil, de forma menos relevante em termos de impacto no Bitcoin em si, mas relevante para nós tupiniquins, também estamos num processo de amadurecimento institucional e muito provavelmente com dores do crescimento que podem via a ser maiores ou menores. Com o chapéu da pessoa física, tivemos no final de 2023 a sanção da lei de taxação dos “super ricos”, como foi chamada a lei de taxação de ativos no exterior e fundos exclusivos fechados no Brasil. Nessa lei foi incluída uma tributação de 15% sobre os lucros em operações com Criptoativos no exterior. Mas não me pergunte o que isso significa, pois na lei nossos legisladores não sabiam a resposta e decidiram que a secretaria especial da Receita Federal iria regulamentar sobre esse “detalhe”. Já a Receita Federal divulgou um perguntão para esclarecer a respeito dessa nova lei e tem uma pergunta e resposta bastante esclarecedora… segue o print:

Do lado institucional, com potencial impacto indireto para as pessoas físicas, tivemos a aprovação da lei que ficou chamada como marco legal dos Criptoativos (lei 14.478/22) em dezembro de 2022. A lei, conforme decreto posterior da presidência da república, instituiu o Banco Central do Brasil como órgão regulador do setor. O Bacen levou um ano, apenas no final de 2023, para divulgar sua primeira consulta pública sobre o tema. Em resumo, 2024 tende a ser o ano da efetiva regulamentação das empresas do setor no Brasil. Considerando o prazo da morosidade das instituições públicas e uma fase de adaptação e transição, certamente não antes de 2025 teremos uma regulação em vigor.

Enfim, dores do crescimento para todos. As dores do crescimento não são ciência exata, não tem relação científica com o crescimento, mas são dores benignas e inerentes ao processo de evolução e crescimento.

Se você está esperando a adolescência passar para “entrar” nesse mercado, lembre-se que a oferta de Bitcoin é limitada e gradativamente com o dinheiro dos institucionais chegando ocorrerá um desequilíbrio entre oferta e demanda. Cabe a você decidir se quer deixar a janela de oportunidade fechar antes ou depois de você passar por ela, as dores do crescimento não são impeditivas, são apenas um sinal de que a idade adulta está mais próxima…

Feliz e próspero 2024, que você esteja no seleto grupo das emoções com muitas alegrias!

A base de tempo das coisas

A base de tempo das coisas

Se tem algo recorrente em todo início de Bull Market são os falastrões.

Em 2013, quando Bitcoin disparou junto com a crise da Grécia, a narrativa é que todos os bancos europeus iriam colapsar e seria “bitcoin to the mooooon”. Não colapsaram.

Em 2017, as ICOs (Initial Coin Offerings) iriam substituir todas as bolsas de valores relevantes do mundo e as empresas se financiariam de forma totalmente descentralizada direto das pessoas. Não aconteceu, as bolsas centralizadas lentas e demasiadamente reguladas estão aqui e as ICOs viram um supermercado de óleo de cobra.

Em 2021, a narrativa (extremamente imbecil) era do superciclo do Bitcoin, pois assim como a adoção da internet dessa vez a número de usuários e consequentemente os preços seriam em forma de “S” e exponenciariam. Não aconteceu.

Em 2024 a narrativa é que com a liberação dos ETFs e a compra de USD 500 Bilhões pelos árabes iriam promover a chamada “God candle” onde o Bitcoin subiria mais de USD 100 mil em um único dia. Não aconteceu e duvido que aconteça.

Em comum entre todas as narrativas, ciclo após ciclo, o mesmo pano de fundo. Influenciadores digitais “geradores de conteúdo” em desespero por cliques e relevância em meio a iminente perda de hype.

Há 10 anos atrás eu achava que isso era passageiro e que não era possível as pessoas se apegarem as lorotas da internet dessa maneira, tão facilmente. Hoje eu já entendi, é da natureza humana e fico é de olho em qual a lorota da vez. Sempre haverá uma lorota.

Os ETFs em si não são lorota, pelo contrário, possuem de fato o eventual poder de multiplicar o valor do Bitcoin em dezenas de vezes, mas não da forma como foi alardeada pelas paquitas dos gurus com muitos seguidores.

O processo é relativamente lento. São quase uma dúzia de empresas disputando o investimento de fundos de pensão e gestores de recursos e, o investimento dessa turma, nunca é do dia para a noite.

A coisa acontece aos poucos. Uma pequena exposição para medir a temperatura dessa coisa. Se dali a seis meses ou um ano eu me acostumar com a temperatura dessa nova água, quem sabe eu me molhe mais um pouquinho e por aí vai.

A base de tempo para essa turma estar nadando de braçada é lenta, e deve ser lenta, e não tem como não ser lenta. São comitês, votações, deliberações e não o ímpeto de uma pessoa física que segue o influencer X.

No nosso podcast (minuto hash), já fiz 2 programas dizendo que os primeiros meses da negociação dos ETFs são como um caminhão de melancias se acomodando.

Nessa acomodação, a massa falida da FTX por exemplo, aproveitou que o fundo Grayscale, da qual ela era quotista, se converteu em ETF, fechando o deságio e permitindo a saída a valor de mercado. Somente o administrador da massa falida da FTX vendeu mais de USD 1 Bi em apenas 2 dias.

Mas independente disso, o saldo dos ETF foi positivo, e lhes afirmo, que é óbvio que vai se jogar o preço par baixo no curto prazo, o objetivo é formar carteira e ter os ativos. Qual o interesse de se valorizar um ativo que eu ainda não tenho, comprar na alta como gosta de fazer o investidor médio brasileiro???

E no longo? Fundos de pensão e Hedge Funds começam com 0,1% de exposição ao Bitcoin e se ele fizer o que historicamente ele faz, daqui a pouco será 0,5% e em alguns anos, muito provavelmente serão 5% da alocação de patrimônio dos gigantes da gestão de recursos através do globo.

Não descarto a minha própria lorota conspiratória de que eventualmente um pump massivo do preço do Bitcoin seja usado para governos imprimirem dinheiro e arrecadarem impostos sobre ganhos de capital (ler newsletter anterior), mas por favor, eu vendo essa ideia como uma teoria lunática e conspiratória, não como uma verdade.

A verdade é a narrada no paragrafo anterior. Um passo de cada vez, um pequeno percentual de cada vez e todos terão exposição ao nosso mercado, e isso por si só, ao contrário de árabes comprando tudo, representará o crescimento saudável e sustentável do valor do Bitcoin, com base de tempo lenta e chata…

Poucas as vezes estiver mais Bullish com o cenário de 4 anos, que é o mínimo que você deveria olhar para entender e de fato se considerar um investidor em Bitcoin.

A volatilidade só vai reduzir quando o mercado foi muito maior do que é, até lá, nada de novo no front, o bom e velho deja vu, o museu de grandes novidades.

A recomendação é a de sempre, preço médio e constância e a certeza que dessa vez não será diferente. Vender seus BTC baratinhos para os ETFs nesse momento é abrir mão de uma quase certeza, de um evento de altíssima probabilidade de multiplicação de patrimônio com base de tempo em anos (não em dias).

Menos falastrões, incluído o que vos escreve, e mais disciplina, consistência, preço médio e foco com base de tempo em anos.

Bem vindos a 2024!