Para me atrever a dar palpites sobre o futuro, temos que conhecer minimamente o passado. Vou tentar de forma rápida dar uma visão geral do nascimento da moeda digital como a conhecemos. Não quero um compromisso com todos os eventos e nem entrar nos detalhes de todos eles, apenas o básico e o superficial para você ter uma ideia da origem de tudo isso.

Começamos na gênese da coisa, no movimento “Cypherpunk” da década de 80, em que um bando de nerds extremamente inteligentes começa a achar que a privacidade e a liberade de expressão são sim direitos básicos de todos e, que através de suas habilidades em computação, podem trabalhar por um mundo melhor, muitos deles sob o lema “o código é lei”.

Nick Szabo e Adam Black por exemplo (candidatos a serem ou ao menos conhecerem quem é Satoshi) estão na ativa e seguir seus tweets é sempre fonte de informação preciosa.

Voltando a moeda digital, em 2008 foi publicado e assinado por Satashi Nakamoto um whitepaper que trouxe ao mundo o Bitcoin, a primeira aplicação do Blockchain.

Era de se esperar que esse coisa morresse como nasceu, nos porões do geeks e nerds comedores de pizza fria, aliás, nerds esses com compraram duas pizzas por 10.000 Bitcoins em 22 de Maio de 2010, pizzas sem as quais o Bitcoin não teria chego onde chegou, saiu barato!

Mas não foi assim. A meia dúzia de gatos pingados que compreenderam o significado da coisa se transformarem em verdadeiros evangelistas, e quando a ideia é forte e enconmtra demanda é questão de tempo. Só por curiosidade, prodígios como Vitalik Butterin (um adolescente na época) já estava na área, quando co-fundou em 2011 a Bitcoin Magazine.

No início, Bitcoins eram negociados em fóruns e por email, restritos a minúscula comunidade, até o surgimento das primeiras exchanges. Em julho de 2010 o Mt.Gox, um portal criado para negociar itens de jogos de RPG pivotou e listou o Bitcoin pela primeira vez. Agora seria possível comprar e vender Bitcoins em uma bolsa, formato que basicamente utilizamos até hoje.

Nossos agradecimentos a Jed MacLeb por fundar a exchange número um, outro gênio, que apesar de sua personalidade forte, contribui muito para a comunidade. Ele foi um dos pioneiros do peer-to-peer (e-Donkey), do Ripple e atualmente do Stellar.

O MtGox chegou a negociar sozinho mais de 70% do volume de Bitcoins, faliu em 2014 deixando milhares de pessoas no prejuízo (já nas mãos de um novo dono, Sr. MacLeb já tinha partido pra próxima). Não quero amenizar o tamanho nem a dor causada pela quebra do MtGox, apenas justificar o ocorrido. Provavelmente seus executivos não fizessem ideia do tamanho e da proporção que a coisa toda tomaria, e o negócio cresceu sem as devidas providências de segurança, governança e boas práticas.

Essa quebra acabou por gerar o termo “Goxed” utilizado para quando você é vítima de uma exchange insolvente (vários casos até hoje).

Enfim, começaram a surgir diversas moedas. Litecoin, Namecoin, FeatherCoin, Ripple, e muitas dezenas de moedas, algumas ainda por ai, outras desaparecidas. Exchanges viraram um negócio, aliás, que negócio, com o Binance por exemplo sendo a startup mais rápida a se tornar unicórnio (valor acima de USD 1 Bi) na história (2017). Mineração também virou um negócio bilionário e cresce a pleno vapor, nas mãos da gigante chinesa Bitmain, da coreana Samsung e da não menos pop N-Vidia..

O que era inimaginável aconteceu, fabricantes de semicondutores dedicados a fabricar chips para minerar moeda digital.

Crises pontuais historicamente fizeram o Bitcoin surgir como alternativa a moedas locais, a crise grega fez o Bitcoin passar de 1 (mil) dólares plea primeira vez, completamente impensável na época (2013).

Pessoas começaram a embarcar, sites de noticias começaram a falar, agências especializadas como Coindesk ou Cointelegraph nasceram, mais e mais exchanges começaram a abrir ao redor do planeta e novas aplicações começaram a surgir, BOOM…

Está criado o ambiente para que a moeda digital se proliferar, totalmente a margem do sistema financeiro convencional, que ignorou completamente esse movimento, não deu seu devido valor, subestimou o inimigo e deixou o “monstro” se criar.

Muita coisa aconteceu e não coube nesse no meu resumo “relâmpago”, mas enfim chegamos ao início de 2017 (ano em que fundamos a www.hashinvest.com.br). Nosso próximo capítulo começará em 2017 e vem até os dias atuais.

Obs: Este artigo é uma réplica da Newsletter da HashInvest disponibilizada por e-mail e publicada aqui com alguns dias de defasagem. Quer receber a Newsletter na íntegra? Assine inserindo o seu e-mail abaixo:


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