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Blog da HashInvest

A morte do Bitcoin

Postado em 07/01/2019

Nome do Autor luis

Capa do site Bitcoin Obituaries

Peço antecipadamente desculpas pelo tamanho do artigo de hoje, mas se você investe em Criptomoedas e está com o estômago embrulhado e desiludido com os últimos acontecimentos, esse texto é para você.

O texto a seguir é uma tradução livre do blog escrito por Robert Nielsen. Ao final, retorno com meu breve comentário. Recomendo fortemente a leitura de “A morte do Bitcoin”.

Nos últimos dois anos estive seguindo a estrada acidentada do Bitcoin, desde que ele emergiu como a promessa de uma revolução e grande mudança até colapsar na neblina da fraude e falta de princípios econômicos. Depois de perder 85% de seu valor nos últimos doze meses, o Bitcoin finalmente chegou ao fim da linha? Existe alguma chance de recuperação ou ele está destinado a simplesmente sair de cena?

Algumas pessoas afirmam que o preço do Bitcoin não é importante. Essas pessoas não fazem a menor ideia do que estão falando ou estão tentando minimizar os danos. O preço é extremamente importante. A razão é simples, o Bitcoin não possui uma economia própria.

Por exemplo, eu não sou diretamente afetado pela taxa de câmbio do Euro porque recebo meu salário em Euro, pago meu aluguel, conta de luz, comida e tudo mais em Euro. Então se o Euro cai 10% contra o Dólar, isso não me afeta diretamente porque eu não preciso de dólares (eu sei que isso tem um pequeno efeito indireto sob o ponto de vista de trocas comerciais em uma visão ampla da economia, mas vamos deixar esse ponto de lado). Em comparação veja que quase ninguém é pago em Bitcoin e é muito difícil poder pagar aluguel, luz e etc em Bitcoin.

Toda vez que é preciso gastar é necessário fazer o câmbio de Bitcoin por moedas escriturais. Desse modo, toda vez que o preço cai você precisa pagar relativamente mais pela sua luz, aluguel e etc.

Os fãs do Bitcoin adoram apontar o site Bitcoin Obituaries” para mostrar a resiliência da Criptomoeda. “Olhe, todas as vezes que afirmaram que o Bitcoin morreu, veja como estavam errados!”. Se você olhar o site cuidadosamente você verá que apenas poucos artigos realmente afirmam que o Bitcoin está morto, e que normalmente falam que ele “está morrendo” (e de fato está) ou que ele nunca terá adoção em massa ou será amplamente utilizado (e de fato não será).

Muito melhor é olhar a compilação ultrajante de artigos proclamando novos recordes de preço em breve e o colapso hiperinflacionário das moedas escriturais.

Os fãs do Bitcoin gostam de apontar o número de comerciantes que usam o Bitcoin e de dizer que a infraestrutura é robusta (até mesmo gostam de citar políticos durante a crise financeira alegando que “os fundamentos são sólidos”).

São frequentes as postagens de negócios que estão começando a aceitar o Bitcoin, porém, mesmo nos sites a favor do Bitcoin, existem pouquíssimos relatos de pessoas que de fato usam a Criptomoeda para comprar coisas.

Enquanto são noticiados quantos novos lugares passaram a aceitar o Bitcoin, quase não se tem notícia de quantos continuam aceitando ou de quantos clientes realmente compram com Bitcoin.

Veja que a maioria dos comerciantes converte automaticamente seus Bitcoin em dinheiro, fazendo a aceitação do Bitcoin completamente inútil. Aceitar a Criptomoeda é mais uma peça barata de publicidade pontual do que um elemento do negócio.

Fãs do Bitcoin amam comparar sua tecnologia com a da Internet, embora existam muitos problemas com isso. O primeiro deles é comparar maçãs com laranjas, misturando a tecnologia em si com um caso de uso dela. O Bitcoin possui mais em comum com uma empresa de Internet do que com toda a tecnologia por trás da internet.

Fãs do Bitcoin parecem ter esquecido (ou são muito jovens para lembrar) que durante os anos 90 houve uma expressiva bolha nas empresas de tecnologia, cercadas de promessas milagrosas de mudança radical na forma como vivemos e tudo terminou em absolutamente nada (eu vou deixar o paralelo com o Bitcoin para vocês desenharem). O fato de a internet ser uma tecnologia revolucionária simplesmente não impediu várias empresas de colapsarem.

Webvan, um dos ícones do colapso pontocom…

A maior diferença entre a internet e o Bitcoin é que a internet oferece uma vantagem que ninguém mais pode oferecer. Você pode enviar e receber informação de forma livre ao redor do mundo. As vantagens do e-mail sobre os correios convencionais são evidentes e muito grandes.

A vantagem do Bitcoin não é clara. Se eu quero comprar algo online, eu já tenho a disposição cartões de crédito e débito ou o PayPal. Se eu quero enviar dinheiro, posso fazer através do sistema bancário. A tecnologia já está aí, a única coisa que o Bitcoin tenta fazer é substituir as tarifas bancárias pelas tarifas das exchanges.

Fãs do Bitcoin estão ficando desesperados para defender sua moeda. Alguns dizem que, apesar do colapso, o preço hoje é maior do que era a dois anos atrás.

É óbvio que é, há dois anos ninguém tinha ouvido falar da Criptomoeda e a coisas estavam começando a se espalhar. É assim com todas as startups, surgem do nada e registram um enorme crescimento no início. Por exemplo, eu vou criar minha própria moeda e convencer meu amigo a usá-la e isso representa 100% de crescimento, o que é um número impressionante para eu mostrar ao mundo.

Depois de anos de crescimento infinito o Bitcoin me faz lembrar os políticos dizendo que a crise de 2008 não foi tão ruim assim porque a economia voltou apenas para os níveis de 2003.

Alguns alegam que uma das vantagens do Bitcoin é ser barato, o que não é verdade, o Bitcoin é altamente subsidiado. As transações de Bitcoin só são realizadas depois de confirmadas pelos mineradores. Os mineradores não fazem esse trabalho por caridade, mas porque recebem Bitcoin em troca.

Esse sistema vai funcionar enquanto o preço do Bitcoin estiver alto, pois quando o preço do Bitcoin cair muito, a mineração se tornará inviável e os mineradores passarão a exigir taxas de transação mais altas forçando os usuários a pagar ou então eles desligarão os mineradores. De um modo ou de outro implica custos mais altos ou em serviço mais lento.

A mineração de Bitcoin é um problema em si. Para criar/minerar Bitcoin são necessários computadores especiais com alto poder de processamento. Por razões de escala, esses computadores estão concentrados nas mãos de poucos que frequentemente ameaçam controlar todo o sistema. Para não ficar muito complicado, explico que se 51% do poder de mineração do Bitcoin estiver nas mãos de um único grupo, ele pode efetivamente destruir o Bitcoin.

Outro problema da mineração são os custos, além dos equipamentos, da eletricidade. Se o preço do Bitcoin cair aquém do custo de mineração não será economicamente viável continuar a mineração. Se os mineradores pararem as transações não serão mais processadas. Os preços decrescentes do Bitcoin podem levar os mineradores para a espiral da morte, onde mineradores param porque os preços estão muito baixos, as transações não serão processadas fazendo com que as pessoas abandonem o Bitcoin, levando os preços ainda mais para baixo.

Uma das coisas mais ridículas e inexplicáveis na comunidade do Bitcoin é a ideia de que algum dia o Bitcoin será utilizado por bilhões de pessoas, em especial no terceiro mundo onde não há acesso ao sistema bancário. A ideia de que pessoas extremamente pobres com acesso limitado às necessidades básicas terão acesso à tecnologia e serão aptas a usá-la é risível. É uma ilusão acreditar que o Bitcoin será salvo por pessoas sem acesso à água corrente. As pessoas do terceiro mundo têm preocupações maiores que um sistema de dinheiro eletrônico descentralizado.

Muitos fãs do Bitcoin tem a infeliz ideia que o Bitcoin de algum modo desafia o sistema bancário tradicional. Talvez, essas pessoas não sejam familiarizadas com o funcionamento do sistema bancário, porque mesmo que todos utilizassem o Bitcoin, ainda seria necessário crédito e poupança. Remessas internacionais são uma pequena fração do negócio e mesmo que os bancos percam esse nicho, eles não iriam à falência.

A crise de 2008 seria muito pior se o Bitcoin fosse a moeda mundial e não o Dólar. A bolha imobiliária teria ocorrido da mesma forma, bancos teriam sido igualmente gananciosos e salvá-los seria igualmente necessário. Com certeza o sistema bancário precisa de reformas, mas não é o Bitcoin que irá promovê-las.

Um dos sinais de que o Bitcoin está morrendo é que ninguém usa a moeda. Registros mostram que uma parcela insignificante dos Bitcoin é utilizada de forma diária ou semanal. Meros 10% são utilizados dentro de um mês e mais de 70% não são movimentados há mais de seis meses. Uma moeda que ninguém usa está destinada ao fracasso. Vejam na história, ele nunca atendeu aos critérios básicos de uma moeda e é meramente um investimento especulativo (fique rico rapidamente).

Alguns afirmam que o Bitcoin não importa e que o que realmente importa é o Blockchain. Aparentemente é um novo sistema de registro que mudará o mundo. Talvez contadores estejam empolgados com as possibilidades, mas o publico em geral não está nem aí.

Porque uma empresa gostaria de ver todo seu histórico de registros em uma plataforma pública quando a informação é particular? Afirmar que o blockchain é revolucionário mostra desespero, é como ver um homem se afogando e jogar canudinhos para ele. O Bitcoin está afundando e não será o blockchain que irá salvá-lo.

Outro argumento comum é que o Bitcoin protege contra a inflação ou como proteção contra os malvados bancos centrais que roubam o seu patrimônio através da impressão de dinheiro.

O argumento comum entre libertários e economistas austríacos foi adotado pelos fãs do Bitcoin a partir de 2009 e principalmente com o Quantitative Easing (estratégia de salvamento da economia utilizada pelo banco central americano a partir da crise de 2008) mas perdeu totalmente sua credibilidade. O tal tsunami hiperinflacionário que supostamente destruiria o dólar nunca veio, pelo contrário, a inflação está sob controle como sempre esteve nos últimos 30 anos, que faz dos profetas do apocalipse apenas tolos.

O Bitcoin é essencialmente uma aposta que as moedas (em especial o Dólar) sofreriam com a inflação, se não uma hiperinflação. Como experimento econômico foi interessante, mas o veredito é claro, ele falhou.

A ausência de controle sobre o suprimento de Bitcoin se tornou uma fraqueza e não uma força. A demanda por Bitcoin caiu drasticamente e teria sido necessário congelar ou estabilizar a emissão. Pelo contrário, a emissão continuou e aumentar a oferta em um mercado sem demanda amplifica o problema. A ironia das ironias, o Bitcoin, desenhado por pessoas que desprezam a habilidade de bancos centrais em imprimir dinheiro será morto pelo excesso de emissão de Bitcoin. Ao menos fica uma lição do quão importante é deixar a política monetária a cargo dos bancos centrais para ajustar a emissão de acordo com as necessidades da economia.

Tudo isso sem falar nas fraudes e roubos na comunidade do Bitcoin. “Seja seu próprio banco” foi de slogan para uma advertência contra o roubo, se você não quer ser assaltado, é necessário que você esteja seguro como um banco. Muitos usuários do Bitcoin possuem gastos expressivos com segurança e correm para criar cold-wallets (carteira em papel ou hardware), o que essencialmente significa que o revolucionário dinheiro da internet somente está seguro se estiver fora da internet.

Eu poderia escrever um livro com todas as falhas do Bitcoin e porque ele nunca vai dar certo. Ele teve seus 15 minutos de fama e agora todos foram embora. A comunidade está encolhendo e crescem as tentativas desesperadas de mostrar que está tudo bem.

Moedas precisam de efeitos de rede para se sustentar, se ninguém usa não existem razões para você usar e por esse motivo o efeito de rede do Bitcoin está acabando os preços estão destinados a continuar sua marcha para baixo. Esse foi o último ano que o Bitcoin foi tratado com seriedade. Se o Bitcoin vai desaparecer com um estrondo ou com um gemido eu não sei, mas o fim está próximo.

(fim)

Vamos ao meu comentário… A quem interessar possa, esse texto foi publicado em 5 de Fevereiro de 2015 após um 2014 muito difícil em que o Bitcoin caiu de mais de USD 1.200 para menos de USD 200 em 12 meses (se algo lhe parece familiar é porque é familiar).

Robert capitulou, desistiu do mercado para nunca mais voltar. Deixou na mesa ganhos entre 16 e 100x nos três anos seguintes. Não acreditou no médio prazo.

Da bolha pontocom surgiram Google, Facebook, Oracle e Amazon… Assim como foi na bolha da tecnologia é simplista dizer que tudo acabou para as Criptomoedas. Ao contrário do que o autor afirma nosso estilo de vida foi alterado sim pelo Google e Cia…

Da mineração vem uma das coisas mais belas do Bitcoin, capitalismo na essência. A dificuldade em se minerar um bloco se ajusta para mais e para menos equilibrando o sistema. Se uma parte dos mineradores desiste, a parte que sobra passa a ganhar mais, automaticamente, pelo mesmo serviço, estimulando a entrada de novos mineradores. Se tiver minerador demais, a dificuldade sobe e a concorrência resulta na busca de eficiência ou na desistência dos menos eficientes.

Os ciclos da Criptoeconomia tem se repetido e muito provavelmente se repetirão mais algumas vezes. Compre Criptomoeda hoje, e como me disse um grande amigo, daqui alguns anos vão dizer que você “teve sorte”.

Veja outros artigos

O fim do Real – R$

O fim do Real – R$

Até então, todos os padrões monetários conhecidos tiveram um início, meio e fim. Seria o Brasil uma exceção?

O Brasil adotou um padrão monetário reconhecido nacionalmente com a chegada dos portugueses. Os chamados réis vigoraram no Brasil desde a colonização até 1942, sendo sem dúvidas o padrão monetário de vida mais longa em nossas terras tupiniquins.

Desde então, digo desde 1942, seguimos numa constante alternância de padrão monetário para acomodar as irresponsabilidades sequencias e cumulativas de nossos governantes. Esticam, esticam e esticam até nossas moedas perderem praticamente todo seu valor. Na iminência de arrebentar uma nova moeda nasce ou renasce como se nada tivesse acontecido (menos para a população que empobrece).

Basicamente as irresponsabilidades sequenciais e cumulativas de TODOS os governos se resume em uma origem: A autonomia e liberdade do governo em determinar o valor do dinheiro. Dinheiro estatal não é escasso por definição, pelo menos não esses dinheirinhos da imagem mais acima…

De 1942 a 1967 vigorou o Cruzeiro (Cr$) – 25 anos de sucesso

1.000 réis passara a valer Cr$1,00

De 1967 a 1970 tivemos o Cruzeiro Novo (NCr$) – 3 aninhos

Cr$1.000 passara a valer NCr$1,00

De 1970 a 1986 o Cruzeiro Novo foi rebatizado de Cruzeiro para então mudar ao Cruzado que perdurou até 1989 – só mais 3 aninhos

NCr$1.000, rebatizados como Cr$1.000 passara a valer como Cz$1,00

De 1989 a 1990 o Cruzado virou novo e perdeu mais 3 zeros

Cz$1.000,00 virou NCz$1,00

De 1990 a 1993 o novo cruzado voltou a ser Cruzeiro

NCz$1.000,00 virou Cr$1,00

De 1993 a 1994 o Cruzeiro ganhou importância se tornando Cruzeiro Real, mas nessa perdeu mais 3 Zeros!

Cr$1.000,00 virou CR$1,00

Em 1994 o Cruzeiro Real perdeu o Cruzeiro e muito mais do que 3 Zeros

CR$2.750,00 viraram R$1,00

O Real vem fazendo história, pois acumula no momento em que escrevo esse texto quase 30 anos de história e uma inflação oficial acumulada de aproximadamente 680%.

Um sucesso. Um recorde. Quantos anos faltam para o Real Novo cortar 3 zeros?

Por muitos anos metais e pedras preciosas funcionaram como reserva de valor. Continuam funcionando. Por que? Porque são escassos na natureza. Quanto mais escasso e mais difícil o seu acesso maior o seu valor e melhor é o ativo como reserva de valor. Na história do dinheiro muitos ativos já foram utilizados como dinheiro ou reserva de valor, de conchas, pedras até commodities como sal e especiarias. Esses ativos funcionaram muito bem e mantiveram seu valor através dos tempos até que por um motivo ou outro deixaram de ser escassos e assim perderam seu poder de compra. O contato com outras civilizações ou avanços tecnológicos determinaram o fim da sua escassez. Nesse remoto passado a tecnologia foi a vilã para eliminar o poder de compra desses antigos padrões econômicos. Hoje a tecnologia é a heroína, os tempos mudam.

O Bitcoin é a realização de um feito inatingível e até então apenas idealizado como perfeição para um padrão monetário. O Bitcoin é escasso por definição eliminando por si só o risco de sua extinção (lembra lá da origem da derrocada das notinhas bonitas do início do texto?). Essa é a característica que faz muitos chamarem o Bitcoin de Ouro 2.0 ou Ouro Digital. Isso apesar do Bitcoin ser mais escasso que o ouro, mais divisível que o ouro, mais fácil e seguro de transportar que o ouro e ainda permitir a auto custódia.

Real ou Bitcoin para reserva de valor de longo prazo? 

O custo da sua teimosia

O custo da sua teimosia

A dúvida não vai lhe ajudar, pelo contrário, vai destruir sua capacidade de colher os benefícios do que tentamos lhe vender.

Recorrentemente faço um exercício com simulações, e hoje, trago o investimento mensal iniciado em uma data simbólica, a dia do All Time High do Bitcoin em 2021, em 8 de Novembro de 2021.

Nosso personagem fictício, o Zezão, para o êxtase dos detratores da Faria Lima, resolveu comprar o Bitcoin e Hash5 no pico, na máxima histórica… Para que nenhum “especialista” ou gerente de banco tenha uma desculpa qualquer para desqualificar o argumento.

Teria Zezão se dado mal?

Teria Zezão perdido dinheiro?

Não, nosso herói ganhou 547% (QUINHENTOS E QUARENTA E SETE POR CENTO) a mais com o Bitcoin do que ganhou com o Tesouro SELIC (menos o imposto de renda, o que ampliaria ainda mais essa diferença).

Zezão ganhou mais de 350% (TREZENTODS E CINQUENTA POR CENTO) a mais com o HASH5.

Observe a tabela abaixo, são 27 aportes de R$ 100,00 para nosso exercício:

TOTAL ->   4,116.22   4,891.16   3,100.22   3,110.97
  Hash5 Bitcoin CDI IBOV
08/11/2021         48.10         68.98      129.14      122.86
08/12/2021         60.08         93.47      128.35      119.24
08/01/2022         75.91      108.97      127.37      125.75
08/02/2022         86.69      113.39      126.38      114.73
08/03/2022      102.17      129.65      125.46      115.71
08/04/2022      101.78      129.92      124.24      108.82
08/05/2022      123.43      151.80      123.25      122.47
08/06/2022      167.15      174.65      121.92      118.82
08/07/2022      203.00      228.03      120.68      128.39
08/08/2022      169.87      212.34      119.44      118.78
08/09/2022      188.07      255.40      118.11      117.15
08/10/2022      184.51      256.03      116.86      110.64
08/11/2022      197.95      274.85      115.68      110.69
08/12/2022      208.19      287.33      114.45      119.95
08/01/2023      209.17      286.90      113.30      118.19
08/02/2023      174.04      216.93      111.98      117.11
08/03/2023      191.80      230.49      110.96      120.86
08/04/2023      160.05      182.03      109.78      127.71
08/05/2023      169.52      186.83      108.73      121.43
08/06/2023      177.79      198.68      107.52      111.49
08/07/2023      182.77      174.26      106.44      108.22
08/08/2023      167.62      176.89      108.05      101.29
08/09/2023      192.04      199.34      104.18      111.59
08/10/2023      182.28      178.69      103.19      112.70
08/11/2023      151.95      144.29      102.27      107.97
08/12/2023      125.33      118.10      101.58      101.24
08/01/2024      114.96      112.92      100.91         97.17

Os valores da tabela é o valor em 19/02/2024 (data em que escrevo esse texto) para o aporte efetuado no dia 8 de cada mês, iniciando no All time High.

Algumas observações pertinentes no tema HASH5 vc Bitcoin

P: “Ain, mas o HASH5 foi muito pior que o Bitcoin”.

R: Foi. O Bitcoin se comportou melhor no Bear Market, mas observe a tendência dos números nos últimos 4 meses. O HASH5 tende (não posso te garantir que vá) a desempenhar melhor nos touros. Foi assim nos últimos 3 ciclos, muito possivelmente será nesse também.

              Note também que minha explicação para isso é que a ganância e irracionalidade tendem a empurrar moedas de baixa capitalização de mercado para cima em meio a euforia. HASH5 é uma ferramenta de captura desse movimento de especulação através da diversificação e Bitcoin é a propriedade privada suprema. A perfeita noção disso e das diferenças é fundamental.

Estamos em estágios iniciais de um potencial novo Bull Market e as coisas tendem a ficar surreais a medida que o mercado se aquece. Por surreis eu digo que o Bitcoin sobe muito e via de regra, o mercado de altcoins se torna um hospício.

Passando um pito em você

Conto nos dedos os clientes que adotam a ÚNICA estratégia que defendemos publicamente em nosso conteúdo, que a estratégia do preço médio com diligência e disciplina. Batemos nessa tecla há mais de 6 anos, e nada…

Me faltam dedos para cotar os clientes que choram que só perdem dinheiro, que nunca foram felizes com o Bitcoin e com o Hash5 e que delegam a culpa para a HahInvest. Fizeram preço médio com diligência e disciplina? Não, não fizeram.

Quem se identificar com essa segunda parte aqui, muito provavelmente vai esperar um novo All Time High para voltar a comprar, e deixou muito lucro e uma potencial mudança de vida sobre a mesa.

É simples, mas não fácil

Veja que para ganhar mais de 5 (CINCO VEZES) o que a renda fixa lhe rendeu, mais do que 5 (CINCO VEZES) o que a bolsa de valores lhe rendeu, não tem absolutamente nenhum segredo.

É disciplina e um pouco de estômago. O estômago é para aguentar os poucos meses de prejuízo. A disciplina é saber que isso faz parte e manter os aportes de forma cadenciada.

Comprar um pouco por semana ou por mês. Não ficar olhando preço, trabalhar aportes como um relógio, não é ciência de foguete!

Mas não, você quer acertar a alta e a baixa. Você tem medo de comprar e perder.

Trago más notícias, o resultado não é do dia para a noite e não se materializa em uma semana, o resulta é composto no longo prazo e ele é incrível.

Em janelas de 4 (quatro) anos os resultados são praticamente obscenos, são inacreditáveis… Se até o maluco que aportou um monte uma vez na vida tem seus momentos de alegria, tente imaginar o sujeito disciplinado com constância e aportes de preço médio.

A melhor parte? Está prestes a acontecer de novo!

A pior parte? Você não vai ter a disciplina de fazer o preço médio, de novo! Vai reclamar de novo! Vai comprar uma vez em um dia específico, vai ver o preço cair a vai se por a reclamar.

Não vai ganhar 5 (CINCO VEZES MAIS) que bolsa ou renda fixa em um período de pouco mais de 2 anos aquele que é fraco, medroso e, principalmente, indisciplinado.

E o Zezão? Zezão vai mudar de vida.

E esse outro Zezão aqui que vos escreve, já falei e repito, esse é meu último Bull Market como uma entidade pública que tenta ajudar as pessoas com uma receita muito simples. Chato, claro que é chato… Quem não quer que seja do dia para a noite?

Menos Lobo de Wall Street, mais paciência para sentar a apreciar a grama crescer, ao seu tempo!

O que é, o que é… 

O que é, o que é… 

…acontece a cada quatro anos, deixa muita gente com os nervos à flor da pele e vai se repetir em 2024? 

Se você curte esportes, a resposta óbvia seria Olimpíadas, mas admito que não sou muito engajado nessa área. Para mim, o evento mais importante de 2024 é o Halving do Bitcoin. 

Este evento reduz pela metade a taxa com que novos Bitcoins são criados e a próxima vez que isto acontecerá será em abril de 2024. Isto porque estes eventos estão programados para ocorrer a cada 210.000 blocos (intervalo em que as transações de Bitcoin são processadas e publicadas).  Como cada bloco é gerado em média a cada 10 minutos, temos 144 blocos por dia. Então, em 1.458 dias ou pouco menos de 4 anos, temos um Halving e, o próximo, cairá aproximadamente em 26 abril de 2024. 

A partir desse dia, serão criados 3,125 Bitcoins a cada 10 minutos, frente aos 6,25 gerados atualmente. Isso significa que a oferta anual de novos Bitcoins será de cerca de 164.250, o que representará uma taxa de inflação de 0,88% (melhor que praticamente todos os países).  

Mas se todo mundo sabe quando e o que vai acontecer, por que tanta expectativa? 

Bom, nas 3 ocasiões anteriores em que tivemos um Halving, tivemos também um ciclo de alta bastante respeitável e que durou em média um ano e meio. 

O primeiro Halving foi em 28 de novembro de 2012 e, na sua sequência, tivemos uma valorização de mais de 8.000%. O preço do Bitcoin passou de USD 12 para mais de USD 1.000 ao final de 2013. 

O segundo Halving ocorreu em 9 de julho de 2016 e foi seguido por um aumento de mais de 2.000%, levando o preço de USD 650 para quase USD 20.000 no final de 2017. 

No terceiro e mais recente Halving, ocorrido em 11 de maio de 2020, o Bitcoin era cotado a USD 8.800. Em abril de 2021, o preço chegou a USD 64.000, ou uma valorização de 800%. 

A justificativa mais comum é de que o Halving causa uma redução na oferta de moedas no mercado, enquanto a demanda permanece constante. Seguindo as aulas de macroeconomia, isto faz os preços aumentarem. Faz sentido, mas a meu ver, demoraria um pouco para sentir os efeitos dessa escassez e a escalada nos preços não seria tão íngreme. Além disso, nos ciclos anteriores que eu presenciei, se falou muito pouco sobre o Halving ou mesmo sobre o Bitcoin em si. 

Por exemplo, o ano era 2016 e tivemos a febre das ICOs, com novas criptomoedas disruptivas sendo lançadas quase que diariamente. Em 2020, vieram os NFTs e os memes que eram vendidos por milhares de dólares. O fato é que ninguém lembrava do Halving e as pessoas estavam muito mais interessadas em outras criptomoedas/blockchains do que no próprio Bitcoin. 

De qualquer forma, seja pela diminuição da oferta, seja por trazer mais atenção para o mercado das criptos e seus projetos, historicamente, o Halving foi seguido por um ciclo de prosperidade para todo mercado das criptomoedas. Tomara que em 2024 não seja diferente.