Gostaria de começar essa newsletter agradecendo aos nossos clientes e leitores. Manter-se fiel à sua estratégia e ainda dispender algum tempo lendo nossos materiais em tempos baixistas não é para qualquer um. Mas nós que vivemos não apenas no mundo dos investimentos, mas especialmente em investimentos em Criptoativos, temos a obrigação de mantê-los informados mesmo quando a grande mídia perde o seu interesse no assunto.
Para quem está chegando agora, reforço que na HashInvest pautamos a nossa tese em fundamentos. Dito isso, enxergamos os produtos ofertados por nós como de longo prazo e as movimentações de curto prazo são menos relevantes, principalmente quando decorrentes de uma fala ou outra de uma personalidade qualquer. Se Elon Musk disse isso ou aquilo, por exemplo, tem influência ZERO nos fundamentos.
Os fundamentos estão diretamente relacionados às características únicas, em especial do Bitcoin, e como essas características se inserem nas dinâmicas de mercados e da sociedade.
O Bitcoin e suas consequências podem não dar em nada. Pode ser apenas mais uma invenção brilhante que não passe de um modismo temporário. Quando falamos de futuro obviamente tudo pode. Mas os fundamentos entram justamente para ajudar a quantificar probabilidades de eventos futuros, lembrando que mesmo os eventos de grande probabilidade estão sujeitos a falhas. Dentro dessas análises o comportamento humano e social tem grande importância e nada melhor do que analisar o passado para tentar compreender o futuro.
Pessoas, empresas e governos por séculos lutam por sua independência e soberania. Cada qual em seu nível. Essa característica valia na época de Pedro Alvares Cabral, vale hoje e não vejo motivo para pensar porque seria diferente no futuro. Pensando assim, qualquer coisa que ameace a sua independência e soberania tende a ser tratado como inimigo enquanto se favorecer a sua independência e soberania seria um forte aliado. E se essa qualquer coisa for indiferente à sua vontade? For incensurável? O caminho natural é começar pela negação, passar para o confronto para então seguir a vida da melhor forma possível, pois é inevitável.
O Banco Itaú, maior banco privado do Brasil, passou anos fazendo uma caça às bruxas contra empresas relacionadas às Criptomoedas e aos CPFs de seus sócios alegando toneladas de bobagens principalmente por ser um setor não regulado. O setor segue não regulado e o Itaú, além de distribuir fundos e ETFs de Criptomoedas, já anunciou de boca cheia o lançamento da Itaú Digital Asset. Foi uma grande mudança de entendimento do Itaú? Inevitável.
Que não adianta proibir ou criminalizar o Bitcoin você já sabe. Os governos e bancos centrais também sabem disso. A velocidade de reação dos países pode ser diferente, mas o resultado esperado mais dia ou menos dia deverá ser parecido. É inevitável.
Assim como o Itaú fez sua caça as bruxas com belos discursos recheados de bobagens para então orgulhosamente se apresentar como falso pioneiro no setor, não duvido que alguns (ou muitos países) após as suas caças as bruxas anunciem orgulhosamente seus polos de mineração de Bitcoin com energia renovável que fortalecerá a constituição de reservas nacionais para bla-bla-bla… É inevitável.
No Brasil, o momento é também de briga pelo mercado interno entre as grandes Exchanges nacionais e as Gigantes internacionais. Ao invés da briga estar no campo dos serviços prestados, a incoerência pela luta da soberania está no lobby em Brasília. Nesse assunto por hora nenhuma atualização e aparenteme nte o lobby das estrangeiras está mais forte. Em suma, pouco provável que a lei que regule os Criptoativos no Brasil saia ainda nesta legislatura.
Se para você, ter um mínimo de soberania sobre o seu capital tem algum valor, ainda da tempo de se antecipar aos grandes movimentos corporativos e dos bancos centrais e comprar um punhado de Bitcoin ao preço de um reles mortal.
